quarta-feira, 12 de julho de 2017

Uma coisa em forma de assim


"Oremos para que o idiota só muito raramente se sinta feliz. Também, coitado, há-de ter, volta e meia, que sentir-se qualquer coisa".


Ora vamos então lá ver o que diziam os presidentes de  Sporting e FCP, pacíficos como os mais borraçudos  e pacatos dos sendeiros,  em pleno período de bruxaria corrupta do Benfas:


Temos, portanto, que, só por alturas de Maio do corrente ano, com  a peleja já  decidida a favor dos encarnados, se descobriu de sopetão: corre há anos uma  pilhéria ingente perpetrada pelo Benfas. Não julguemos com severidade a falta de azougue. Por coincidência, é só por issso,  os retardados demoraram anos a perceber a revelação.

E o que decidiram os compinchas em alegre copo de três?  Denunciar às autoridades  a vil trama, entregando provas irrefutáveis da moscambilha? Não. Optaram por um talk-show, pingado e próstatico, estribado em emails  surripiados que sabiam muito bem não poder constituir prova, avisando sempre que o melhor estava para vir. E veio: no último episódio ofereceram ao país a biografia do bruxo Nhaga.


É certo que se se vier a verificar a menor das faltas do Benfas, o nosso vice-presidente, o sr.Vieira, terá de ser responsabilizado e o clube também: no Glorioso somos todos por um e um por todos.
E também  é claro que podíamos discutir  o talk-show, mas, se o fizermos, desviamos a atenção  dos adeptos de SCP e FCP de tão  entrudada bambochata. E isso não queremos, não senhor.







sábado, 13 de maio de 2017

Ser do Benfica : como prometido, não retiro uma vírgula.


Sou do Benfica como gosto de ser em tudo  ao qual estou ligado: com liberdade. A minha liberdade não acaba nos protestos contra a Le Pen, o Trump ou os dementes leninistas de Caracas; não acaba nos direitos dos imigrantes ou dos refugiados; não acaba quando asseguro o meu perímetro de liberdade negativa.
Ser do Benfica não é ser do Vale e Azevedo (todos os que se lhe opunham eram traidores odiosos); não é ser  do sr. Mendes, do sr. Quique Flores (uma ser tão  amável quanto incompetente) ou do sr. Rui Vitória(  também parece ser excelente pessoa) , que põe a equipa  a jogar um futebol deprimente.


Ser do Benfica  é pertencer a uma comunidade imaginada (ainda que o Bataille não fosse do Benfas). A comunidade dos que querem ser os melhores  no campo, dos que jogam muito mais do que os outros. Não é ser dos que vencem. Atenas era melhor (tanto assim que foi copiada) , mas Roma venceu. É ser ateniense. Ou, como no hino do Piçarra, ser o maior de Portugal.

Também é ser grato. Ao sr. Bruno de Carvalho e à sua corte. Se tudo correr bem, quatro anos, quatro títulos.