domingo, 6 de agosto de 2017
quarta-feira, 12 de julho de 2017
Uma coisa em forma de assim
"Oremos para que o idiota só muito raramente se sinta feliz. Também,
coitado, há-de ter, volta e meia, que sentir-se qualquer coisa".
Ora vamos então lá ver o que diziam os presidentes de Sporting e FCP, pacíficos como os mais borraçudos e pacatos dos sendeiros, em pleno período de bruxaria corrupta do Benfas:
FCP, 2016: " Se eu não acreditasse, não estaria aqui nem ele nem eu",
Sporting 2016: "Vamos ser campeões em todas as modalidades".
Temos, portanto, que, só por alturas de Maio do corrente ano, com a peleja já decidida a favor dos encarnados, se descobriu de sopetão: corre há anos uma pilhéria ingente perpetrada pelo Benfas. Não julguemos com severidade a falta de azougue. Por coincidência, é só por issso, os retardados demoraram anos a perceber a revelação.
E o que decidiram os compinchas em alegre copo de três? Denunciar às autoridades a vil trama, entregando provas irrefutáveis da moscambilha? Não. Optaram por um talk-show, pingado e próstatico, estribado em emails surripiados que sabiam muito bem não poder constituir prova, avisando sempre que o melhor estava para vir. E veio: no último episódio ofereceram ao país a biografia do bruxo Nhaga.
É certo que se se vier a verificar a menor das faltas do Benfas, o nosso vice-presidente, o sr.Vieira, terá de ser responsabilizado e o clube também: no Glorioso somos todos por um e um por todos.
E também é claro que podíamos discutir o talk-show, mas, se o fizermos, desviamos a atenção dos adeptos de SCP e FCP de tão entrudada bambochata. E isso não queremos, não senhor.
sábado, 13 de maio de 2017
Ser do Benfica : como prometido, não retiro uma vírgula.
Sou do Benfica como gosto de ser em tudo ao qual estou ligado: com liberdade. A minha liberdade não acaba nos protestos contra a Le Pen, o Trump ou os dementes leninistas de Caracas; não acaba nos direitos dos imigrantes ou dos refugiados; não acaba quando asseguro o meu perímetro de liberdade negativa.
Ser do Benfica não é ser do Vale e Azevedo (todos os que se lhe opunham eram traidores odiosos); não é ser do sr. Mendes, do sr. Quique Flores (uma ser tão amável quanto incompetente) ou do sr. Rui Vitória( também parece ser excelente pessoa) , que põe a equipa a jogar um futebol deprimente.
Ser do Benfica é pertencer a uma comunidade imaginada (ainda que o Bataille não fosse do Benfas). A comunidade dos que querem ser os melhores no campo, dos que jogam muito mais do que os outros. Não é ser dos que vencem. Atenas era melhor (tanto assim que foi copiada) , mas Roma venceu. É ser ateniense. Ou, como no hino do Piçarra, ser o maior de Portugal.
Também é ser grato. Ao sr. Bruno de Carvalho e à sua corte. Se tudo correr bem, quatro anos, quatro títulos.
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