Sou do Benfica como gosto de ser em tudo ao qual estou ligado: com liberdade. A minha liberdade não acaba nos protestos contra a Le Pen, o Trump ou os dementes leninistas de Caracas; não acaba nos direitos dos imigrantes ou dos refugiados; não acaba quando asseguro o meu perímetro de liberdade negativa.
Ser do Benfica não é ser do Vale e Azevedo (todos os que se lhe opunham eram traidores odiosos); não é ser do sr. Mendes, do sr. Quique Flores (uma ser tão amável quanto incompetente) ou do sr. Rui Vitória( também parece ser excelente pessoa) , que põe a equipa a jogar um futebol deprimente.
Ser do Benfica é pertencer a uma comunidade imaginada (ainda que o Bataille não fosse do Benfas). A comunidade dos que querem ser os melhores no campo, dos que jogam muito mais do que os outros. Não é ser dos que vencem. Atenas era melhor (tanto assim que foi copiada) , mas Roma venceu. É ser ateniense. Ou, como no hino do Piçarra, ser o maior de Portugal.
Também é ser grato. Ao sr. Bruno de Carvalho e à sua corte. Se tudo correr bem, quatro anos, quatro títulos.
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