segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Obrigado, Dr Cavaco

Falhada a revolução e o segundo resgate, o seu crime foi não ter demitido a meio do mandato  um governo com o apoio  parlamentar de uma maioria absoluta. Não estranhem, a ditadura  democrática  portuguesa tem um entendimento  peculiar sobre a legitimidade  governamental.
Foi um PR anti-histérico num país de histéricos  e devemos-lhe isso.

4 comentários:

  1. Pois, é como os entendimentos peculiares que a "democracia portuguesa" tem tido sobre a "saída limpa".

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  2. Caríssimo Filipe, como é óbvio o crime que lhe apontam foi o menor deles: estavam todos à espera (tanto à Direita como à Esquerda) que D. Aníbal de Boliqueime protagonizasse em Belém uma "reprise" revista e aumentada de São Bento. Frustração geral, portanto. Aguardemos por Marcelo e a sua presidência eólica.

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  3. Cavaco não é sexy. É o sorriso das vacas, é o bolo-rei e por aí fora. Não gostei particularmente da defesa acirrada que fez da sua reforma e não considerei bem explicado o “affaire Fernando Lima”.
    No entanto, não sendo uma pessoa “aspiracional” e apesar de algumas gaffes, revelou no essencial todo o Sentido de Estado que a função exigia.
    Faça-se um simples exercício académico: imagine-se no lugar de Presidente os contendores que o acompanharam nas eleições
    2005 - Manuel Alegre, Mário Soares, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e Garcia Pereira.
    2010 – Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes, José Coelho e Defensor de Moura.

    Com qualquer destes personagens de opereta na presidência seria fácil imaginar Portugal como uma Venezuela sem petróleo mas, vá lá, mais divertida.

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  4. Num futuro não muito distante vamos ouvir :VOLTA CAVACO PORQUE NOS ESTAVMOS BEM COM A TUA PRESIDENCIA MAS NÃO SABIAMOS.

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