Renhónhó renhónhónhó e...é isto:
«Até poderia considerar que foi fora de jogo, mas vejam que o fiscal de linha está a quatro ou cinco metros do lance... Depois levámos cartões amarelos em jogadores nucleares logo muito cedo e isso condicionou a minha equipa. O mesmo critério não foi utilizado com o adversário.»
Enfim, portanto, um par de cartões amarelos ( e contra o Benfas é sempre tudo bem assinalado).
O blogue está a ficar com um tom cansativo e sem graça.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
A ler
Isto não parece, mas tem a mesma hubris da fiscalidade verde. É o velho conceito hegeliano da força como critério de correcção.
Na fiscalidade verde, proposta por um governo que se diz faraó da competitividade, acrescentaram manhas de toiro sobrero.
As grandes mentiras da civilização ( 5)
"As mulheres são iguais aos homens".
É uma boa supressio veri. Por exemplo, a Ana Gomes e o Marques Mendes são iguais, mas a Jenna Dewan-Tatum e o Diogo Feio são diferentes.
Sim, já sei, vocês referem-se às capacidades. Eu também.
Asco
Ouvir, ontem, na AR, o nome de Manuela Ferreira Leite elogiado pelos mesmos que lhe chamaram velha desleixada em 2009, foi quase tão repulsivo como ouvir isto.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Não vejo mais porque acabei de jantar e o riso não é avisado
Pacheco Pereira, Quadratura, agora mesmo: "Costa é frouxo, este PS é como o de Seguro, não diz o que faria de diferente"".
Censura precisa-se
Isto não pode ser publicado. Guardem na gaveta, caramba.
Somos uns estupores, é o que somos: "As pessoas são boas, estão é muito estuporadas".
Somos uns estupores, é o que somos: "As pessoas são boas, estão é muito estuporadas".
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Por causa dos tremoços
Sou ambivalente nisto. Só tenho smartphone ( nem telemóvel normal tinha) há uns meses e nunca dei por nenhuma restrição à minha liberdade. Durmo o mesmo, como o mesmo, leio o mesmo, converso o mesmo. Alargando um pouquito a pesquisa, já referi no Depressão Colectiva o caso de casais que acabam por sms. A Carla dirá que também se acaba ao vivo e a cores. Claro. Escuro.
Qualquer modificação tecnológica tem impacto social. Quando o comboio uniu as duas costas dos EUA, os bisontes ficaram à beira da extinção. O estar distraído ao pé de alguém não necessita de smartphone. O meu longo registo disciplinar, na escola, depois na tropa ( chegava a ausentar-me quando dava a formatura na parada) e, finalmente, no sofá, onde me sento ao pé da minha mulher, prova-o. Porquê então a ambivalência? Por causa dos tremoços.
Esta tecnologia não é apenas uma derivação, ela cria espaços intensos que excluem o parceiro do lado de forma perversa. A simples distracção ou alheamento é limpa: não estou cá. O smartphone diz: estou com outro(s). O abandono do banco de jardim já não é necessário, o espaço fica reduzido a uma mera conveniência ainda maior do que no tempo dos silêncios constrangedores. Na esplanada também já não há pretexto para mandar vir um prato de tremoços.
Masoch teria escrito à mesma o Venus im Pelz se tivesse um smartphone: só há escravos ou tiranos, nunca companhias.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Isto tem de ser muito bem explicadinho
O que Paulo Pena não escreve, talvez porque não lhe convém, é que havia, e há, muita mais gente acima do tecto dos 100.000 euros. Seja como for, há ali um momento de transição defensiva, como dizem os caboucos da bola, que tem de ser muito bem clarificado.
O que não necessita de explicação é a teoria da justa repartição de sacrifícios: um bertoldo de black tie num clube de Oxford a citar o Winston será sempre um bertoldo de black tie.
Palavra de honra ???? (5)
O bom do Bergoglio, o cavaleiro contra o capitalismo internacional, o lord protector dos oprimidos, afinal não vale nada porque não inclui os homossexuais e os divorciados.
São bons, são muito bons
Desde que isto se soube, a SIC-N tem passado uma reportagem sobre o personagem.
O assunto até é irrelevante, mas os profissionais não conhecem domingos. Jardins, passarinhos, voz off cool breeze a subentender um mal-entendido, o personagem amável e engravatado vítima de uma cabala. Nada de sorrisinhos desdenhosos, trocadilhos trocistas e assim.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
As grandes mentiras da civilização ( 4)
"Quem não é radical aos 20 não é democrata aos 40".
Esta é uma das mais difundiadas e apreciadas. Pressupõe uma refrescante concepção da radicalidade: coisa de miúdos.
É engraçado que o ponderado Rudolph Hoss comandou Auschwitz aos 42 anos. Já o sensato Beria, com 41 anos, depois da conferência de Zakopane ( Gestapo-NKVD), ordenou o massacre de Katyn.
Enfim, trocar o pequeno livro de Mao pelo pequeno livro de instruções do Mercedes Coupé não é motivo para estabelecer leis de psico-história, co' a breca...
In the rear with the gear
Não extinguem porque isto é pessoal político. A promessa foi feita, mas levou-a o vento.
Muito gostaria de saber quem são as novas chefias ( "governo da sociedade") da EMA.
Muito gostaria de saber quem são as novas chefias ( "governo da sociedade") da EMA.
"Isto é tudo político"
O futebol de brincadeira já nem me incomoda, há muito que Jesus é amigo da minha condição cardíaca, há muito que necrosou a paixão. Pior é a estupidez organizada.
O desgraçado do Carvalhal, ao tempo no Sporting, foi crucificado porque num jogo não fez a terceira substituição. O Zé Broncas, ontem , em Braga, com uma equipa estoirada e milhões sentados no banco, nem a segunda fez.
Ninguém lhe perguntou nada, ninguém quis saber, siga a banda.
domingo, 26 de outubro de 2014
Gastrónomos bimby
A velha relha do Miguel Esteves Cardoso elogiou ontem as sardinhas fresquinhas do nosso mar servidas por um restaurante da Fonte da Telha.
É pena é estarmos em pleno defeso da sardinha.
É pena é estarmos em pleno defeso da sardinha.
Lindo
Vai ganhar a esquerda, o partido dos pobres e dos trabalhadores honrados. Pelo menos , no meio da porcaria, do luxo e da ostentação, a esquerda ( rir) brasileira lá deu alguma coisa ao povo.
Esperam-se orgasmos controlados ( os virtuais já cá cantam) na TSF, SIC-N e Tvi 24.
sábado, 25 de outubro de 2014
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Eterno retorno
Ou não é?
Este senhor foragido está ligado àquela coisa antiga do jogo do bicho e do Lello?
Este senhor foragido está ligado àquela coisa antiga do jogo do bicho e do Lello?
Palavra de honra????? (3)
Diz José Manuel Portugal, director de desinformação da RTP: "Não temos de convidar toda a gente".
Sim, de facto, não lembraria a ninguém convidar a Fenprof para um programa sobre a educação.
Sim, de facto, não lembraria a ninguém convidar a Fenprof para um programa sobre a educação.
As grandes mentiras da civilização ( 3)
"Precisamos de mudar de paradigma".
O paradigma é um desgraçado. Desde que o Kuhn o pôs fora de casa, o infeliz passa vida a mudar. Já viveu nas vinte rotundas feitas pelo presidente da Junta, no aeroporto de Beja, na 3878374689ª reforma da Educação, nos vibradores a energia solar, enfim, um virote.
Deixar o paradigma sossegado era uma ideia, mais vale morrer de bibe que de casaca, como dizia o Mário.
O paradigma é um desgraçado. Desde que o Kuhn o pôs fora de casa, o infeliz passa vida a mudar. Já viveu nas vinte rotundas feitas pelo presidente da Junta, no aeroporto de Beja, na 3878374689ª reforma da Educação, nos vibradores a energia solar, enfim, um virote.
Deixar o paradigma sossegado era uma ideia, mais vale morrer de bibe que de casaca, como dizia o Mário.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Palavra de honra??????? ( 2)
"Os indicadores sociais de pobreza estavam a diminuir "( Pedro Adão e Silva).
Hummm...o Pacheco Pereira vai dedicar-lhe umas palmatoadas no próximo artigo de sábado sobre a independência da Catalunha.
Ou então isto já é efeito Costa por antecipação. São magos, são magos...
Hummm...o Pacheco Pereira vai dedicar-lhe umas palmatoadas no próximo artigo de sábado sobre a independência da Catalunha.
Ou então isto já é efeito Costa por antecipação. São magos, são magos...
Palavra de honra??????
"O PS acabou por estar no centro do debate, com os restantes partidos da oposição e da maioria a acusarem os socialistas de não assumirem uma posição sobre a reestruturação de dívida nem de apresentarem soluções concretas".
O PS estará refém do pensamento único do governo e da propaganda miserável? As pernas dos banqueiros alemães já não tremem? Mein Gott...
O PS estará refém do pensamento único do governo e da propaganda miserável? As pernas dos banqueiros alemães já não tremem? Mein Gott...
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
As grandes mentiras da civilização (2)
" Obra fabulosa, um misto de inocência e sensualidade".
Devia ser de uso frequente por idosos impotentes, mas é mais usado por críticos de cinema e música.
De certa forma, é o equivalente intelectual do binómio cinotécnico da GNR. O homem e o cão são substituídos por uma Lolita artilhada de masoch suburbano ( botas pretas e chicote).
As grandes mentiras da civilização (1)
"É no meio de muita gente que nos sentimos mais sós".
É um dos maiores. Muito usado por divorciadas de 55 anos professoras de português de casaco de cabedal vermelho à saída de uma exposição de sapatos da Joana Vasconcelos.
É bom porque explica-nos o desejo de fusão com o mundo, ou, em termos mais simples, a ausência de um vibrador.
Bem dizia o anónimo
A propósito deste meu textito, num comentário que lá está e que vos aconselho a saborear com um copo de sumo de ouriço-cacheiro na mão. E isto porque O Zé Broncas, aka Jorje Jesus, explica ssim a exibição do Benfica , hoje, no Mónaco: "Fomas muita prujadicados, empurraram-nas , isto é político, ainda ontem se viu com o Saportinga na Alemanha".
Também acho. O árbitro polaco Raciniak é descendente de condes polacos falidos, descritos no Jogador do Dostoiveski, que perderam tudo ao jogo no casino monegasco e coiso e tal talvez a dívida tenha sido perdoada.
É sempre assim connosco na Champions e já lá vai uma camioneta de anos.
Também acho. O árbitro polaco Raciniak é descendente de condes polacos falidos, descritos no Jogador do Dostoiveski, que perderam tudo ao jogo no casino monegasco e coiso e tal talvez a dívida tenha sido perdoada.
É sempre assim connosco na Champions e já lá vai uma camioneta de anos.
O próximo edil ( cooptado) lisboeta:
"Fernando Medina é um homem do Porto, foi dirigente da FAP".
Por outro lado, recordar é viver. Muito mais interessante - a criticar a renegociação da dívida pública:
"Para procurar fundamentar tal propósito veja-se quando da discussão em plenário na Assembleia da República do Projecto de Resolução do PCP que propunha a renegociação da dívida pública a sua intervenção em nome do PS. Poucas vezes o discurso anticomunista atingiu tamanha ferocidade e irracionalidade dentro da AR".
Por outro lado, recordar é viver. Muito mais interessante - a criticar a renegociação da dívida pública:
"Para procurar fundamentar tal propósito veja-se quando da discussão em plenário na Assembleia da República do Projecto de Resolução do PCP que propunha a renegociação da dívida pública a sua intervenção em nome do PS. Poucas vezes o discurso anticomunista atingiu tamanha ferocidade e irracionalidade dentro da AR".
Ferreiro/ Oliveira
Nomes portugueses, galegos, portugueses.
Preso por fazer política nas fileiras do exército franquista, Emilio Ferreiro activa a cláusula anti-franquista e resiste até 1966 ( dirige a editora galega Benito Soto). Regressa e continua o socilaismo galego. Morre em 1979, em Vigo.
A poesia de Ferreiro tem língoa propia, como eu gosto:
Falaréivos de min anque me doan
as escuras raíces dos meus soños.
Carlos de Oliveira é cliente regular ( e muito especial) desta série e dispensa apresentações. Sempre presente quando se fala de poesia com língoa propia:
Entra pela janela
o anjo camponês;
com a terceira luz na mão;
minucioso, habituado
aos interiores de cereal,
aos utensílios
que dormem na fuligem.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Ai ai ai ai ai ai...
Então não se viu o sr Bruno Carvalho tão cordato e calmo a afastar o Marco Silva da equipa de arbitragem?
O senhor Bruno Carvalho é sempre assim, cá em Portugal também.
O senhor Bruno Carvalho é sempre assim, cá em Portugal também.
Não, não é
É prova de vida. A agremiação de rosaluxemburguistas, hoxistas e trotskystas, para além de ideias modernas e inovadoras sobre a dívida nacional, partilhadas agora por muito do PSD bom e honrado, existe para isto.
Acho bem que insistam, continuarão o caminho do crescimento politico agora aliviado dos que já atravessam a fronteira a salto para o PS.
Acho bem que insistam, continuarão o caminho do crescimento politico agora aliviado dos que já atravessam a fronteira a salto para o PS.
Pior
Muito pior do que a impotência anorgástica dos magistrados é a demora: 19 anos para fazer justiça.
Culpa da troika, não é?
Culpa da troika, não é?
A ferver
Num programa da SIC, um indivíduo chamado Hernani tem desenvolvido, com a aquiescência do sseus pares, a ideia de que é a crise a responsável pela barbaridade contra as mulheres.
Tenciono voltar a esta nojenta teoria de género.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Lá somos todos tolos outra vez
Até Costa avançar, a Grande Aliança pedia eleições antecipadas todos os dias. Depois, durante seis meses, nunca mais se falou no assunto. Agora é outra vez um imperativo nacional. Se, por azar, Costa adoecesse, o imperativo patriótico regressaria só quando o homem melhorasse. Os imperativos nacionais dependem da agenda de Costa, dos hoplitas socráticos e dos anexos Livres. Olha que novidade.
Por mim está bem: ide, ide para lá o mais depressa possível que estou em pulgas.
Por mim está bem: ide, ide para lá o mais depressa possível que estou em pulgas.
Agora é ouvir o SOS Racismo e os genders experts
"As nossas mulheres casam cedo porque são 100% femininas. Preparamo-las para aprender a coser, lavar e cozinhar. As da vossa sociedade não sabem fritar um ovo, conduzem os automoveis enquanto os maridos empurram os carrinhos de bebé".
Uma semana que começa a apertar a carneirada histérica começa sempre bem.
Uma semana que começa a apertar a carneirada histérica começa sempre bem.
domingo, 19 de outubro de 2014
Cá estaremos
PSD e CDS mentiram e ganharam as eleições. Escrevi isto dezenas de vezes, antes das eleições e depois delas. Não faço parte do curro de cornos mansos.
Uma vez no poder, não fizeram as tais reformas estruturais porque isso implicaria despedimentos colossais. Toda a gente sabe isto mas finge não saber. Aplicaram o programa que tinha de ser aplicado. A retórica ( a "frieza", o "queremos ir além da troika", etc) é irrelevante.
Ao contrário das previsões disparatadas, não houve motins nem revolução, e isso provocou textos miseráveis sobre a bovinidade do povo , escritos por alegados defensores do povo. O povo que remou foi arrumado, com desdém, no grupo dos vendedores de compotas na internet. Nada de novo debaixo do sol.
O empobrecimento era inevitável num país falido e sob resgate, mas a esquerda e os manipuladores estiveram quatro anos a fazer-se de surpreendidos. Indivíduos a quem não encomendaríamos uma lista de compras foram guindados a heróis nacionais, velhas raposas da luta partidária, idem.
Este governo mostrou impreparação e toda a gente fingiu surpresa. Como podia ser de outro modo se prepararam a tomada do poder jurando não tocar em subsídios e salários, num país que já estava sob resgate? Os mesmos media que hoje o mordem dedicaram-lhe loas pornográficas, porque finalmente havia alguém para dançar o tango. Quem vai para o mar avia-se em terra.
Agora, no mais velho fellatio político, um salvador promete tudo. É incensado por todos, manipulado por alguns, temido por ninguém. Como é da ordem das coisas, passado o estado de graça regressaremos ao nosso estado natural: um punhado de corneteiros anunciará que há outras soluções, uma jolda de de idiotas dir-se-à traída, a CGTP cantará a luta continua/ governo para rua.
Cá estaremos.
sábado, 18 de outubro de 2014
Mice and men
Por tacticismo-anão a direcção do Benfica não comentou o arquivamento do caso da Fruta, deixando para Bruno de Carvalho as despesas da tarefa. Agora vemos isto, sem vergonha nenhuma.
Tenho memória, por isso , se fosse director do Benfica, teria secundado a declaração de Bruno de Carvalho. Já os ratos, enfim, esses dão muitas voltas nas rodas da gaiola e ficam tontos.
adendas:
1) não se pode elogiar os calimeros: só vêem para um lado ( se a bela defesa do Maurício fosse com o Maicon ninguém os aturava) e mesmo quando ganham é o árbitro , o cartão, o penalte, renhónhónhó, renhónhónhó...
2) Foi sempre um tipo cheio de classe, miolos e personalidade, mas hoje esmerou-se ( já não o lia há anos) , analisando desta forma um Fóculporto "em nada inferior ao Sporting" exepto nos 33546363 passes falhados:
"Em jogo e ocasiões criadas, e das boas, o FC Porto podia ter eliminado tranquilamente o Sporting"
Tenho memória, por isso , se fosse director do Benfica, teria secundado a declaração de Bruno de Carvalho. Já os ratos, enfim, esses dão muitas voltas nas rodas da gaiola e ficam tontos.
adendas:
1) não se pode elogiar os calimeros: só vêem para um lado ( se a bela defesa do Maurício fosse com o Maicon ninguém os aturava) e mesmo quando ganham é o árbitro , o cartão, o penalte, renhónhónhó, renhónhónhó...
2) Foi sempre um tipo cheio de classe, miolos e personalidade, mas hoje esmerou-se ( já não o lia há anos) , analisando desta forma um Fóculporto "em nada inferior ao Sporting" exepto nos 33546363 passes falhados:
"Em jogo e ocasiões criadas, e das boas, o FC Porto podia ter eliminado tranquilamente o Sporting"
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Ainda prendem o Otelo outra vez
E tiram-lhe a reforma:
"A pergunta dirigida ao ministro José Pedro Aguiar-Branco é assinada pela deputada Mariana Aiveca, na qual se refere que Alpoim Calvão é uma figura "controversa da História recente do país", tendo liderado o Movimento Democrático de Libertação de Portugal - "grupo bombista responsável por ataques terroristas contra pessoas e sedes partidárias", descreve a parlamentar".
A condescendência mediática para com a hipocrisia saltitante dos nossos revolucionários de pastelaria é entediante, mas faz parte do jogo: jornalistas, agentes culturais e sociólogos frequentam a mesma casa do brincar ao povo.
O duplo padrão dos nossos tarimbeiros e flores de caserna, acolitados pelos janotas em peluda perpétua, já é mais revigorante: a tropa, de vez em quando , quer descanso das pandur, dos submarinos e das missões overseas. São tão patriotas e desinteressados que até lutam para ir lutar lá para fora.
"A pergunta dirigida ao ministro José Pedro Aguiar-Branco é assinada pela deputada Mariana Aiveca, na qual se refere que Alpoim Calvão é uma figura "controversa da História recente do país", tendo liderado o Movimento Democrático de Libertação de Portugal - "grupo bombista responsável por ataques terroristas contra pessoas e sedes partidárias", descreve a parlamentar".
A condescendência mediática para com a hipocrisia saltitante dos nossos revolucionários de pastelaria é entediante, mas faz parte do jogo: jornalistas, agentes culturais e sociólogos frequentam a mesma casa do brincar ao povo.
O duplo padrão dos nossos tarimbeiros e flores de caserna, acolitados pelos janotas em peluda perpétua, já é mais revigorante: a tropa, de vez em quando , quer descanso das pandur, dos submarinos e das missões overseas. São tão patriotas e desinteressados que até lutam para ir lutar lá para fora.
Morrer é estar o dia todo inteiro sem te ver
A nata, a elite dos governos de Cavaco que faz falta, diz Mira Amaral:
"O antigo ministro de Cavaco Silva diz que falta ao país uma elite política «como existiu no tempo do Prof. Cavaco Silva".
Sim, se acrescentarmos o próprio Mira, Duarte Lima e Marques Mendes, morremos de saudades.
"O antigo ministro de Cavaco Silva diz que falta ao país uma elite política «como existiu no tempo do Prof. Cavaco Silva".
Sim, se acrescentarmos o próprio Mira, Duarte Lima e Marques Mendes, morremos de saudades.
Bandeirantes
Não sei se viram como ontem a senhora noticiou as medidas do governo para apoio às famílias e natalidade. A minha filha mais nova, a leste de tudo, deve ter levantado os olhos das bodegas que vê no portátil, porque disse: "Olha a cara que ela fez a dizer isto...".
Não foi a cara nem os trejeitos que estão no link, da produção para a revista Caras, pois não. Foram as boquinhas trocistas que sempre faz quando anuncia notícias relativas ao governo que as pessoas possam julgar boas. Depois a voz off da colega continuou o vira: "o governo acena assim com a bandeira da natalidade...".
Enfim, as famílias não se importam com a Ana Lourenço, SIC, Lisboa.
Não foi a cara nem os trejeitos que estão no link, da produção para a revista Caras, pois não. Foram as boquinhas trocistas que sempre faz quando anuncia notícias relativas ao governo que as pessoas possam julgar boas. Depois a voz off da colega continuou o vira: "o governo acena assim com a bandeira da natalidade...".
Enfim, as famílias não se importam com a Ana Lourenço, SIC, Lisboa.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
A oposição à oposição da situação
Quer dizer, segundo a Santa Aliança, o senhor Orçamento é eleitoralista e austero, eleitoralista e irrealizável. Isto merece uns diospiros.
Temos, portanto, que é para ganhar eleições prometendo austeridade e promete ganhar eleições sendo impossível ganhá-las. Também gosto muito do diospiros maduros : a Santa Aliança não tem nada com que se preocupar.
O que nos vale é que daqui a um ano a Nova Era do Financiamento & Investimento vai começar, um bocadito mais tarde do que dizia este génio compreendido.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Muito distraído
É claro que MST trata todos os assuntos como uma crónica de futebol, é claro que há a dimensão política e a dimensão cultural do Islão, é claro que não se ouve porque não se quer (Sourosh fartou-se de pregar no deserto), mas pensar que na Indonésia está tudo calmo é de rir ( ou chorar).
Um problema de fácil resolução
Bastava que a esquerda anti-imperialista e anti-neocolonial espanhola saísse à rua, como costuma fazer noutras ocasiões, e exigisse Marrocos para os marroquinos.
Bem, concerteza a intelligentsia espanhola acha boa a independencia dos catalães, mas não a dos marroquinos. É possível, é possível, este ano os nabos até vão chegar mais cedo, graças aos deuses.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
A melhor abertura desde Beethoven:
Pedro Lains, no Prós & Contras, sobre o papel regulador do governo e o BES:
"Este governo pôs a funcionar o que antes funcionava bem".
"Este governo pôs a funcionar o que antes funcionava bem".
O complexo de avestruz
Os direitolas são muito tenrinhos, educados e bem dispostos. A esquerda cosmopolita ( lê a Cosmos), quando é para aproveitar, saca da chinela e usa sestas, difunde alzheimers, enfim, o manual inteiro da alcagoita. No caso em apreço ainda teríamos dezenas de artigos técnicos sobre a evidência de só um incompetente balbuciar larachas acerca de coincidências de marés.
Este complexo de avestruz é, apesar de tudo, bonito.
Proibir tabaco é muito mais fácil
- Temos a informação de que a doente se deslocou ao hospital em transportes públicos. Esta não é certamente a melhor forma...
- Nestas ocasiões é sempre melhor usar o telefone, temos uma linha...
Adenda: curiosamente, nos noticiários seguintes, este diálogo desapareceu e foi substituído por uma recomendação do dr.George. Coisas.
Adenda: curiosamente, nos noticiários seguintes, este diálogo desapareceu e foi substituído por uma recomendação do dr.George. Coisas.
domingo, 12 de outubro de 2014
O Reino Unido, o governo inglês, uma abjecção segundo Pacheco Pereira:
Este é o sítio do governo inglês sobre a base de dados de abusadores sexuais de crianças.
Estas são as regras.
Não diria que é uma abjecção o artigo de JPP ontem, no Público. Paulo Portas exibiu o mesmo grau de confiança no povo que diz defender quando descriminalizámos o consumo de drogas: bradou contra o fim da civilização e anunciou uma invasão de drogados.
Crianças e drogados têm em comum não ter voz mediática nem política.
sábado, 11 de outubro de 2014
Biaised media: não sejas estúpido , pá
Algures aí em baixo lembrei-me do mesmo a propósito desta info dada por um leitor da casa.
Síndroma Isabel Jonet? É para a Jonet. Às belas , quando se descuidam, ninguém liga.
Síndroma Isabel Jonet? É para a Jonet. Às belas , quando se descuidam, ninguém liga.
O pensamento chiclete: o declínio do Ocidente
Estamos sempre em declínio.
Hesíodo, claro. Témis, Eunomia, Dike e Eirene são destruídas e Zeus restabelece a ordem abalada pela Idade do Ferro e pela hubris última de Tifeu. De um saltinho vamos a Spengler. Termina em 1918 o seu Declínio do Ocidente e , obviamente, teve um grande sucesso lido à luz dos escombros da I Guerra Mundial. T.S Eliot, ainda mais tarde, explicou que a cultura europeia declinava porque as elites estavam em declínio ( a ligação é boa, vale apena ler.
O meu querido Burkhardt ( Judgments on History and Historians, 1929), nunca fez a coisa por menos : But what makes it generally impossible for the present-day average
“educated” man to find anything appealing in the ancient world is the
total egoism of today’s private person who wants to exist as an
individual and asks of the community only the greatest possible security
for himself and his property, for which he pays his taxes amid sighs,
and who also likes to attach himself to the community in a specific
sense as an “official.”
Os exemplos são em quantidade superior à do tremoço. Este texto da Helena Matos é o cliente nº 353.7373.989. Que os massacres do Pontus ( gregos), que terminou em 1922, e o dos circassianos ( no século XIX) não lhe digam muito, ainda vá. Agora que os massacres coloniais , testemunhados e (ou relatados ) pelos primeiros white-hunters ( ainda nem eram chamados assim), abundantes cá em casa, não a façam pensar duas vezes, já é mais bizarro. No Congo Belga, século XIX, o massacre foi por razões económicas. Bem, talvez a Helena Matos ache que já estávamos em declínio, e, portanto, o erro será meu.
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Só faltou a Amália e o Eusébio
Um político profissional socialista desde os 14 anos, António Costa, entregou a Lacão e a Ferro Rodrigues ( o mais orgulhosamente banal dos três e que está ser pulverizado no debate) o início da nova era.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Morreu o cão e a revolução
Há quantos anos ouves falar da revolução grega? Há quantos anos ouves os cientistas sociais das rubras e das iskras assegurar que ela está por horas?
Pois é, coitado, Marx morreu, o Lukánikos também e eu já não me sinto muito bem.
Pois é, coitado, Marx morreu, o Lukánikos também e eu já não me sinto muito bem.
As primárias e os primários
No Público, pelo terceiro dia consecutivo, um grupo de apoiantes de Rui Rio faz campanha pela introdução de primárias no PSD. Desconheço a representatividade da autodenominada Plataforma Fórum Democracia e Sociedade - Uma Agenda Para Portugal, embora o nome me soe às várias saladas que a esquerda costuma temperar quando se fracciona (mau sinal). Decididamente, não é a imaginação ao poder. A ideia seria dar ao líder do PSD, antes das próximas eleições nacionais, a legitimidade que tem António Costa, eleito em retumbantes primárias. Mas por trás de tão nobre ambição esconde-se o objectivo mais prosaico de dar ao PSD alguma hipótese de vitória em 2015.
As primárias hão-de chegar ao PSD, mais tarde ou mais cedo. Mas se chegarem, mais cedo que tarde, apenas para impedir um Primeiro-Ministro eleito de responder perante o eleitorado depois de um mandato impopular, não passam de um golpe de Estado. Ou de um golpe de génio para as ferir de morte. Sou a favor de que os eleitos cumpram os seus mandatos e respondam por eles, a não ser em circunstâncias absolutamente anómalas (por exemplo, saber-se que um Primeiro-Ministro trabalhou para uma empresa que recebia financiamentos públicos enquanto era deputado em exclusividade; mas esta circunstância, se bem me lembro, não chegou a incomodar nenhuma plataforma-fórum-agenda do PSD). Já tinha esta mania quando Mário Soares e Pacheco Pereira queriam correr com o Governo à paulada. Não mudei de opinião só porque, agora, a exigência vem de meia dúzia de laranjinhas em busca dos quinze minutos de fama. Talvez tenham os quinze minutos, mas esquecem que Passos responde perante o país e não perante o PSD. E o lugar onde deve responder é nas urnas. Se a meia dúzia teme uma derrota épica, talvez a mereça. Com fama ou sem fama. Rui Rio devia declarar on e off, sobretudo on, que não serve de D. Sebastião a primários.
Amantes dos animais
Depois do cão da enfermeira com ebola, a cabra:
"posso parecer insensível , mas não consigo ter pena ... Pena só mesmo da cabra !"
"posso parecer insensível , mas não consigo ter pena ... Pena só mesmo da cabra !"
Portugal, contagem final (2)
Como diz Rentes de Carvalho, os que estão perto dela de novo ferram de prata as suas mulas. O Rentes só não está a ver bem uma coisa: a explosão de cultura que aí vem.
Ele vai ser centenas de romances, milhares de concertos, milhões de estreias teatrais. Os artistas descerão à cidade e partilharão o pão e o vinho com o povo, libertos das grilhetas que os afastavam da imortalidade.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Realmente
Realmente, em termos de pedofilia, a pincipal preocupação deve ser os direitos do pedófilo, por exemplo, daquele que enfiou o seu pénis na vagina de uma criança de sete anos.
Realmente, se a lei for para a frente, Portugal ficará refém de milícias populares e denunciantes descabelados. O dr.Portas avisou o mesmo quando se descriminalizou o consumo de drogas: Portugal foi invadido por hordas de drogados em busca de sol, praia e haxixe.
Realmente, que direito temos nós de saber se o nosso vizinho que brinca com a nossa filha cumpriu pena pelo curioso hábito de ter relações sexuais com a sua anterior vizinha pequenita?
Realmente, num país com uma justiça preventiva tão eficaz nesta matéria, como na do assassínio de mulheres, por que não continuar tudo como está?
Realmente, toda a gente sabe que depois de cumprir pena o hábito desaparece: o ambiente prisional é terapêutico.
Realmente, uma criança violada tem é de seguir com a sua vida, ir à escola, ver o Rei Leão e aprender matemática. Tudo passa. Como as borbulhas. Não é um estigma perpétuo.
Realmente, não se compreende por que a senhora bastonária dos advogados e os magistrados temem o uso abusivo da informação reservada: basta tratá-la com o mesmo desevelo com que tratam o segredo de justiça.
Realmente, uma criança violada tem é de seguir com a sua vida, ir à escola, ver o Rei Leão e aprender matemática. Tudo passa. Como as borbulhas. Não é um estigma perpétuo.
Realmente, não se compreende por que a senhora bastonária dos advogados e os magistrados temem o uso abusivo da informação reservada: basta tratá-la com o mesmo desevelo com que tratam o segredo de justiça.
Portugal, contagem final (1)
Em breve seremos livres da Alemanha. O investimento público vai arrancar-nos do salazarento fadinho do pobretes mas alegretes. Os velhos , os pensionistas e os doentes, em virtude do investimento público, verão o seu anterior nível de vida imediatamente reposto.
Gente moralmente superior conduzir-nos -á ao lugar que nos pertence.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
O Sínodo
O Sínodo sobre a família, que os jornais têm descrito como "um dos mais aguardados dos últimos anos", começou anteontem em Roma. Com a presença de duas centenas de bispos de todo o mundo e precedido de um amplo inquérito ao povo católico (14 mil respostas em Portugal), será sem dúvida um momento de renovação da pastoral familiar da Igreja. Ao contrário da maioria dos opinadores, muito dados ao sensacionalismo que estas coisas costumam atrair, não me parece nada claro em que sentido irá essa renovação. Para alguns, o Sínodo é um campo de batalha entre progressistas, com o Papa à cabeça, e conservadores, identificados com os cinco cardeias que publicaram um livro crítico da possibilidade de admitir os recasados aos sacramentos.
Como sempre, a questão complica-se. Nem este ponto esgota os trabalhos do Sínodo, nem a fractura entre progressistas e conservadores, para adoptar a dicotomia simplista, esgota as trincheiras possíveis. A dicotomia traduz não apenas o contraste de sensibilidades dentro da hierarquia eclesiástica, mas as profundas clivagens culturais entre as experiências de família na Europa e na América do Norte, por um lado, e o resto do mundo católico, por outro. Há tempos, ouvi D. Manuel Clemente dizer que as respostas ao inquérito exprimiam sobretudo a actual geografia da Igreja. Os europeus e norte-americanos tendem a ser mais liberais em temas como o aborto, a contracepção, o casamento gay e, sim, o divórcio, enquanto os latino-americanos, os africanos ou os filipinos não. Convém recordar que estes últimos são hoje maioritários na Igreja e, atendendo à sua taxa de natalidade, continuarão a sê-lo no futuro (uma corrente demográfica, de resto, com óbvias razões teológicas). A Igreja, envelhecida e secularizada no Ocidente, cresce a sul do Equador, onde é mais conservadora. Nada mais natural que o peso dos números se reflicta nos debates da doutrina, embora a diversidade global não tenha ainda em Roma a visibilidade correspondente. Quer-me parecer que a eleição de um Papa argentino, o tal que seria o chefe-de-fila dos progressistas, tenta corrigir um eurocentrismo de séculos, mas torna-se difícil prever os próximos passos. No entanto, basta olhar para a Igreja Anglicana, à beira de um cisma entre o sul e o norte por causas semelhantes, para ver que as questões fracturantes podem ser exactamente isso. Não acredito que o mesmo suceda à Igreja católica, desde sempre mais unida pelo primado do Papa do que as outras confissões cristãs, mas seria ingénuo ignorar o risco.
De qualquer modo, foi o próprio Papa, na Evangelii Gaudium, quem arriscou o apelo a uma maior delegação dos poderes de Roma nas conferências episcopais. Ninguém adivinha que poderes seriam esses, até porque a iniciativa descentralizadora só pode vir do centro, mas se há terreno onde a Igreja tem uma longa experiência de diálogo com as culturas locais é certamente a pastoral da família. E a liturgia sacramental, já agora. Por outras palavras, não seria uma total surpresa se o Sínodo deixasse os casos mais polémicos, incluindo a comunhão dos recasados, ao critério das conferências episcopais ou mesmo das dioceses. Há precedentes, por exemplo a introdução da Missa em vernáculo no Vaticano II. Não sei em que sentido vai a mudança, mas algo me diz que vai por aqui.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Reaccionários pavlovianos
Raquel Varela está no Barca do Inferno, com a aquiescencia das restantes senhoras, a elogiar o papel dos directores escolares no travão às trapalhadas desumanas do ministério de Crato.
Quando Maria de Lurdes Rodrigues recriou a figura do director escolar, recordemos o que disse a nossa esquerda moderna & pura.
Quando Maria de Lurdes Rodrigues recriou a figura do director escolar, recordemos o que disse a nossa esquerda moderna & pura.
Nepotismos
O meu primo João Fitas, pintor e bom rapaz, tem um blogue onde dá a conhecer o seu trabalho. Passem por lá para conhecer o criativo da família.
domingo, 5 de outubro de 2014
Underworld
1) Houve marcha pela vida? Não dei por nada. Em televisão nenhuma, TSF, jornais online. Deve ter tido mais do que trinta pessoas, número a partir do qual os cabos se enrolam e as câmaras pedem a lente.
2) O Marinho Pinto, que elegeu dois deputados europeus, também parece que lançou um partido, mas só se fala do Rui Tavares que não elegeu nenhum.
É estranho, porque, até ao Prós & Contras sobre a adopção gay, o Marinho Pinto era muito acarinhado nos media ( no tempo do Freeport ouvia-o todos os dias). Agora parece que é um populista e cheira mal da boca.
2) O Marinho Pinto, que elegeu dois deputados europeus, também parece que lançou um partido, mas só se fala do Rui Tavares que não elegeu nenhum.
É estranho, porque, até ao Prós & Contras sobre a adopção gay, o Marinho Pinto era muito acarinhado nos media ( no tempo do Freeport ouvia-o todos os dias). Agora parece que é um populista e cheira mal da boca.
Fiama/ Hofmannsthal
Trago-os muitas vezes e nunca os juntei. Fiama traduziu poetas alemães, mas Hofmannsthal escapou. Separa-os um século, mas sempre os imaginei próximos como antigos colegas de escola. O seu tom depressivo é assumido, sério, não procura as tábuas.
Fiama cede muitas vezes ao pastiche ( as aves, os navios etc), mas também não cede de vez em quando. Nova Arte ( (1982):
Fiama cede muitas vezes ao pastiche ( as aves, os navios etc), mas também não cede de vez em quando. Nova Arte ( (1982):
No fim do atalho ela é a
ideia mais súbita e clara
que eu concebo. Está a estender
as linhas brancas do seu rasto.
Hugo, cuja vida foi marcada pelo suicídio do filho ( no andar de cima enquanto o poeta almoçava no andar de baixo), manteve um amargor educado ( Poemas póstumos, trad. do alemão de Jean -Yves Masson, adaptação minha):
E contra vós soará um dia esta sentença:
"Maldito bando de depreciadores do presente!
caminhastes entre as gerações,
estranhos aos vossos pais, estranhos aos vossos próprios filhos .
sábado, 4 de outubro de 2014
Abogados
A SÁBADO sabe que na Sérvulo &Associados, ex-Sérvulo Correia & Associados, os investigadores do MP estão à procura de documentação do advogado Bernardo Diniz Ayala, um ex-sócio que entretanto abandonou o escritório mudando-se no ano passado para a firma de advogados Úria Menendez. Bernardo Ayala foi também um dos especialistas que já fez parte do grupo que redigiu o novo Código dos Contratos Públicos.
Neste espectacular resumo, a começar pela introdução, podemos perceber as razões da senhora relatora da comissão de inquérito.
Neste espectacular resumo, a começar pela introdução, podemos perceber as razões da senhora relatora da comissão de inquérito.
Uma delícia familiar à hora do almoço familiar
O Expresso declara que a coligação está em ruptura, a SIC-N sucursal abre o telejornal a anunciar o fim do governo e as eleições antecipadas. Assim mesmo, sem espinhas que para o almoço as sardinhas são albardadas.
Para a sobremesa, os comissários do minivero andam atarefados.
E assim vai ser até às eleições.
Para a sobremesa, os comissários do minivero andam atarefados.
E assim vai ser até às eleições.
Correio azul
Hoje estarei na Caminhada Pela Vida, que começa às 15h, no Largo Camões, em Lisboa. As razões pelas quais irei mais uma vez, tantos anos depois dos já longínquos referendos do aborto, são resumidas pelo Tiago Cavaco num belo artigo publicado pela Renascença. Aqui o deixo, sem nada a acrescentar.
Luso tropicalismo versão narco
Um português no transporte de cocaína sob a bandeira são-tomense.
Na Guiné, nada de novo.
Quanto a Cabo Verde, a coisa pia mais fino.
Adivinhem qual é o ponto europeu favorito desta malta.
Na Guiné, nada de novo.
Quanto a Cabo Verde, a coisa pia mais fino.
Adivinhem qual é o ponto europeu favorito desta malta.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Os intelectuais e o povo
O traço mais conservador da sociedade portuguesa actual é o primado do intelectual sobre a política nobre. Desdobra-se em dois. O mais grosso é do atestado de esquerda para falar em nome do povo, o mai fino o do apartheid a que dita nova direita vota os os trinetos de Lenine . Comecemos pelo primeiro, noutro número iremos ao segundo.
1) Os guardiões culturais:
Qualquer político que queira falar em nome do povo mas não tenha um parente na família da esquerda é arrumado como populista. Pior: se pertencer à família, mas falhar em alguma das categorias sagradas ( aborto, LGBT ou nacionalismo), é excluído. De certo modo é um reflexo especular do pré-25 Abril: pelo menos para efeito de propaganda, todo o oposicionista à esquerda era considerado vermelho.
Este direito de nomear, como seria esperável, não é exercido pelo povo, mas pelos guardiões culturais. Como sem uma burguesia forte não há proletariado forte, no pós-74 e agora ainda mais, a condição cultural de esquerda é couto privado dos guardiões. Desde os episódios ridículos ( vg Vasco Graça Moura) aos mais tensos -Marinho Pinto -, passando pelo aconchego sistemático que os guardiões da cultura oferecem ao vate escolhido( António Costa).
2) A inscrição:
Exceptuando o PCP e a CGTP, que representam o neo-proletariado fraco, os detentores do certificado cultural não se interessam pelas fabriquetas arruinadas e empresas insolventes no meio de nenhures. Sobra-lhes o referido no ponto anterior e mais uns pós.
O poder de nomear assenta, claro, nas academias e nas escolas secundárias : uma vez mais o reflexo especular do pré-74. A Historia que é ensinada, desde tenra idade, é a História marxista ( o contraditório, cá em casa, foi feito por mim) e nas academias e nos media, Focault é Deus.
O problema é de inscrição. Os cidadãos não são todos iguais na esfera política. Como o discurso de Robespierre ( Abril de 1791) pontuava, a distinção ente cidadão activo , passivo e meio passivo reside nas diferentes capacidades de se poderem eleger ( Zizeck, Virtue and Terror, 2007). O corpo político regulava a identidade política do cidadão.
À esquerda é permitido tudo - do ataque à democracia ( dita burguesa) até à mais pornográfica ostentação na lapela do cravinho vermelho quando se passou num ápice de advogado de vão de escada para oligarca milionário de serviços prestado ao Estado. À direita, ou mesmo ao centro impuro ( ver ponto 1), usa-se a ignominiosa e conveniente cruz da ignorância e da incultura.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Psico
Marinho Pinto já aplicou "onanístico" cinco vezes. Isto é influência do meu caro Eurico de Figueiredo, ex-colega em reuniões intermináveis que só o seu letal sentido de humor amenizava.
Tiro de Lee-Enfield .303
Arma do exército britânico no início do século passado , muito usada na caça grossa por velhos afrikaanders ( Karamojo Bell, por ex) e sahibs ( Corbett). Fiável mas falta-lhe poder de choque.
É que o circo dos bustos é um leurre. Se o PCP quisesse apagar a História do Estado Novo, apagava também a sua. O que se quer é vender bilhetes.
É que o circo dos bustos é um leurre. Se o PCP quisesse apagar a História do Estado Novo, apagava também a sua. O que se quer é vender bilhetes.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Progressos
No ano passado ficámos atrás do Olimpiakos, este ficamos atrás do Mónaco.
Há três anos tivemos Jardel meia época, este ano temos o Jardel a época inteira.
No ano passado o lateral esquerdo foi o Siqueira, este ano temos o médio esquerdo Eliseu.
É assim que se aprende a construir uma equipa, com persistência.
O regresso da sopinha de massa
Na noite da vitória de Costa, vi o ex-secretário de estado de Sócrates, Tiago Silveira , na TV, num debate.
Agora que tanto se fala de esmiuçar as contas de Passos, convém recordar o que dizia Tiago Silveira sobre a escrituras públicas.
Agora que tanto se fala de esmiuçar as contas de Passos, convém recordar o que dizia Tiago Silveira sobre a escrituras públicas.
Que estucha
Quando já se montava a operação Omo ( "o governo mau deixou cair o BES honrado"), validada pelos moços de trincheira, aparecem coisas destas.
Investiguem bem esta história dos submarinos, porque tresanda a bloco central e, portanto, não vai aparecer nenhuma carta anónima.
Investiguem bem esta história dos submarinos, porque tresanda a bloco central e, portanto, não vai aparecer nenhuma carta anónima.
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