sábado, 11 de outubro de 2014

O pensamento chiclete: o declínio do Ocidente



Estamos sempre em declínio.
Hesíodo, claro. Témis,  Eunomia,  Dike e Eirene são destruídas e Zeus restabelece  a ordem  abalada pela Idade do Ferro e pela  hubris  última de Tifeu. De um saltinho vamos a Spengler. Termina em 1918  o seu  Declínio do Ocidente e , obviamente, teve um grande  sucesso  lido à luz dos escombros da I Guerra Mundial. T.S Eliot, ainda mais tarde, explicou que  a cultura europeia declinava   porque as elites estavam em declínio ( a ligação é boa, vale  apena ler.
O meu querido Burkhardt ( Judgments on History and Historians, 1929),  nunca fez a coisa por menos : But what makes it generally impossible for the present-day average “educated” man to find anything appealing in the ancient world is the total egoism of today’s private person who wants to exist as an individual and asks of the community only the greatest possible security for himself and his property, for which he pays his taxes amid sighs, and who also likes to attach himself to the community in a specific sense as an “official.”
Os exemplos são em quantidade superior à do tremoço. Este texto da Helena  Matos é o cliente nº 353.7373.989.  Que os massacres do Pontus ( gregos),  que terminou em 1922, e  o  dos circassianos ( no século XIX) não lhe digam muito, ainda vá. Agora que os massacres coloniais  , testemunhados  e (ou relatados ) pelos primeiros white-hunters ( ainda nem eram chamados assim), abundantes cá em casa, não a façam pensar duas vezes, já é mais bizarro.  No Congo Belga, século XIX, o massacre foi por razões económicas. Bem, talvez a Helena Matos  ache que já estávamos em declínio, e, portanto, o erro será  meu.




1 comentário:

  1. a história é uma trampa entregue a varelas e rosas. onde não desejo figurar.
    a comunicação social é o único dos 5 poderes.

    há dias falou W. Benjamin
    lembrei-me de Hans-Erich Kaminski. de Lisboa escreveu 2 cartas a Céline (40-1). no ficheiro da Pide não entrou nem saíu
    com Anita Karfunkel escreveu Diário de Lisboa, mas o manuscrito desapareceu
    contudo a sua entrada e saída

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