domingo, 1 de fevereiro de 2015

Metades manhosas

É  ir perguntar aos jornalistas, ao Pacheco Pereira, ao PCP, ao Louçã, ao Bagão Félix,a razão deste estranho  título.
É evidente, excepto para quem faz política partidária pura  e dura enquanto se finge defensor do  povo, que  se o governo tivesse tentado metade das reformas da troika não teria durado meio mandato. Quantos pobres seriam mais ?

7 comentários:

  1. Desde quando é que a oposição, nomedamente os comunistas, têm de tomar a lógica da troika para as políticas necessárias ao país como sua. Uns poderão fazê-lo, outros não. Não há nenhuma necessidade intrínseca de tomar as avaliações da troika quanto ao seu programa como as avaliações que todos devem tomar como suas.

    A pergunta é: que importa que a troika chumbe ou não o governo?

    O governo vai querer dizer com isto que afinal andou a defender o país das exigências da troika por estas serem absurdas?

    Se é assim, o governo que o diga que depois debate-se isso.

    Ou, o governo vai querer dizer que as políticas da troika eram boas mas a Constituição não as permitia?

    Se é assim o governo que vá por aí e depois vê-se.

    João.

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  2. Como ficaria a sua conclusão se a troika argumentasse que a aumento da pobreza deveu-se à incapacidade do governo cumprir todas as metas? Como ficaria a sua conclusão se a troika argumentar que não há mais crescimento económico porque o governo não cumpriu? Você vai na conversa? A oposição deve ir na conversa e devemos todos ficar troikistas?

    João.

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  3. Acho que se perder dois minutos a olhar para o que estatisticamente é a pobreza se vai divertir. A linha de pobreza é 60% da mediana dos rendimentos. Como os rendimentos subiram (apesar do desemprego), isso significa que mais gente, com o mesmo rendimento, passa a ser considerado pobre. Depois passa para a privação material, que é ter falta de três de entre nove critérios, que incluem passar uma semana de férias fora de casa, ou não ter acesso a um automóvel, por exemplo. Vale a pena ainda olhar para os inquéritos feitos aos diferentes países e ver o que consideram imprescindível, verificando que os gregos, por exemplo, consideram imprescindíveis muito mais coisas que os holandeses.

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  4. Estou curioso para ver o que dirá a nacional-direita do UKIP quando vierem as eleições inglesas é que o UKIP é muito semelhante aos Independentes Gregos: é contra a emigração, contra a UE, contra a troika, enfim, até é também a favor da musculação da tradição judaico-cristã inglesa. *

    Será que dirão o mesmo que dizem dos Gregos Independentes (ANEL). No corta-fitas chamam-lhes neo-nazis. Fico à espera do que dirão do UKIP. Não pode ficar por menos.

    João.

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  5. Queria ter citado, com o asterisco, um artigo do Telegraph:

    *
    http://www.telegraph.co.uk/news/politics/david-cameron/10779472/Nigel-Farage-Cameron-just-mimicking-Ukip-with-faith-claims.html

    João.

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  6. Isto é delicioso. Follow me:
    O FMI diz que o governo deve suspender de imediato a devolução do valor dos salários e pensões. Isto merece ser realçado, acima de tudo o resto, porque é uma parte essencial das reformas que, segundo eles, ficaram por fazer, a tal despesa estrutural. Ora, não sei se estás lembrado, Filipe, mas isto foi provocado pelo TC, aqueles marretas que, em tempos longínquos, foram acusado pelo governo e seus apoiantes de ser um entrave à modernização e de impedir o cumprimento dos compromissos com a troika. No ano passado, perante os chumbos do TC a três medidas da lei do orçamento do estado para 2014, (cortes, taxas, etc), o governo comunicou à troika que precisava de tempo para alternativas. Pois bem, o governo vem agora fazer papel de rebelde, falar grosso com a troika, afirmar a nossa soberania e das nossas instituições, aqui mandamos nós, etc. O jeito que dá o Syriza, não é? Isto merece um ganda LOL de todas as varandas.
    Ah, o aumento do salário mínimo em 20 euros, já me esquecia desta magnanimidade. Se não fosse isso, quantos mais pobres não teriamos? Bem, não sei, considerando que nem sequer sabemos quantos nem sequer o mínimo ganham. A culpa é do Pacheco.

    caramelo

    caramelo

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  7. É giro ainda ver como a direita não consegue distinguir esquerda e extrema-direita no tema da independência e soberania, para eles é tudo igual. Pois bem, uma coisa é independência e soberania económica e política para o país que é a única independência e soberania que interessa à esquerda e outra coisa é soberania da raça, da religião nativa, dos verdadeiros portugueses contra os falsos e outros obscurantismos que a extrema-direita gosta de misturar nas suas políticas.

    João.

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