Fazendo fé em Burckhardt, parece que o Papa Paulo II , aborrecido com a cizânia, chamou Antonio Caffarello e Giovanni Alberino, ordenou que se beijassem e esquecessem a raiva. Dois dias depois, Antonio foi esfaqueado pelo filho de Alberino. Paulo II , enfurecido, confiscou todo os bens da família Alberino, queimou as suas casas e expulsou-os de Roma.
Muitos intelectuais europeus são hoje Alberinos. O hoje inclui os últimos cem anos. Sempre em nome do povo, ao qual nunca pertenceram, entretêm-se em naifadas ( com a caneta e o teclado) ao sabor da última moda intelectual que lhes apraz ou que a velhice que lhes traz. Assim puderam ser maoístas, socialistas, liberais, conservadores, belicistas, enfim, quase tudo numa animada vida de duelos impiedosos. O povo foi um pretexto.
Na parte de baixo a raiva também cresce viçosa. Por causa de um canto mal assinalado, enlamearam o nome de um homem. Transformaram blogues engraçados em cloacas de claques façanhudas. Agora podem entreter-se com este osso. Não há Papa, mas há Deus.
não se esqueça do depressão colectiva, por favor. só venho aqui para ser redireccionado para lá ;)
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