Quem não tiver paciência para ler os Cadernos do Cárcere, do meu marxista preferido, pode ler o plano grego que explica, aqui, em... 2013, o programa cuja primeira fase foi agora concluída. Muito mais do que resistência à asuteridade, é de um velho sonho gramsciano que se trata. A crise grega local foi apenas a incubadora, uma oportunidade que só aparece de vez em quando.
Panagiotis pára na citação do caderno 13, mas se formos mais além temos a definição gramsciana de realidade: é a aplicação da vontade humana à sociedade das coisas. O bloco histórico é uma ferramenta para superar a resistência e o peso-morto dos velhos arranjos políticos, mas também permite arbitrar a disputa entre Savonarola e Maquiavel. Gramsci diz que essa disputa não era entre o que é o que deve ser, mas entre dois conceitos do que deve ser.
A actualidade grega, com o seu bloco histórico ( Syriza-Anel), mostra que a vontade do que deve ser é bem anterior à crise da dívida. O pai do Syriza, em 2001, não se debatia com "sacrifícios terríveis" nenhuns e tinha a agenda clássica da extrema esquerda. O conflito começa exactamente porque Tsipras e outros escolhem jogar o jogo das eleições burguesas. Mais tarde, o Syriza reincorpora os elementos extremistas que reconhecem o pragmatismo do movimento de Tsipras: a aplicação da vontade humana à sociedade das coisas.
Calma que a procissão ainda vai no adro, ou se preferir, ainda nem chegámos à sociedade socialista preludio da sociedade comunista, onde ocorre o fim das classes ergo do Estado...
ResponderEliminarQuanto ao jardim escola acho que se enganou no alvo https://www.facebook.com/duartemarquesjsd/photos/pcb.931759776842086/931759723508758/?type=1&permPage=1
Leitor
naõ alvejei ninguém ( sou ciddaão responsável com duas armas legalidas em casa), apenas lhe recordei qu eno jardim-escola é que não há tácticas.
EliminarNão me traga esse bertoldo da JSD para aqui sff.
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