terça-feira, 12 de maio de 2015

E ei-lo que volta

E ei-lo que volta, o aborto. É um tema que nos divide, agora menos, porque somos gente civilizada e não gostamos de debater estas coisas à mesa. Fiquemos pela TAP, pelas eleições britânicas ou até pelos africanos que morrem no Mediterrâneo. Aí concordamos. Ou a discordância é aceitável. Quanto ao aborto, perdão, à interrupção voluntária da gravidez, o progresso tem sentido único e só os fanáticos não vêem que uma criança de doze anos violada pelo padrasto deve ser livre de decidir que a outra criança, a de cinco meses, está a mais na história. Que não passa de um conjunto de células, embora, aos cinco meses, um conjunto de células seja teimosamente viável.  Para quê reabrir um debate ultrapassado se todos os comités de sábios do Santa Maria, com base em todas as escalas de valores à disposição de gente civilizada, decidiram que o drama de abortar o conjunto de células  é menor que o drama de o dar à luz?
Sim, fiquemos pela TAP.

1 comentário:

  1. Caríssimo Pedro, temos de premiar o padrasto pelo seu contributo (ainda que modesto e vão) para o bom combate à recessão demográfica nacional, apesar de o ter feito à custa da filha de outrem, outrora a seu cargo...
    Mais uma vez, o jovem líder norte-coreano mostra o caminho:
    http://www.zerohedge.com/news/2015-05-13/north-korean-defense-minister-executed-anti-aircraft-gun-napping

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