Sobre os resultados da prova de avaliação de professores
Não me dá qualquer gosto confirmar o que se temia: o caso é demasiado grave para cavar trincheiras. Há algo de podre no reino da formação de professores e seria bom, por uma vez, não esconder a cabeça na areia. Ou nas ditas trincheiras.
Também ficámos a saber que o IAVE pouco ou nada sabe de estatística, como disse o prof. Fiolhais, uma das poucas pessoas inteligentes e sensatas que este país tem. Mas, voltando aos exames, estavam à espera de quê? Durante anos, salvo casos raros, que são de louvar, só acabava a dar aulas quem não arranjava nenhum emprego melhor... Esses "professores" (de)formaram alunos, que agora serão eles próprios professores, and so on, and so on... Quantas gerações estragadas? É só fazer as contas. Raquel
Não me parece que a questão seja assim tão simples. Dizer "and so on" sugere que o estado a que chegou a escola é inevitável. Não é. Pela positiva, é fruto da democratização da escolaridade, em todos os graus de ensino. Pela negativa, é fruto de políticas concretas, há muito denunciadas e criticadas, que fizeram acompanhar essa democratização por uma dramática perda de qualidade. Os resultados estão à vista. Podemos dourar a pílula com as estatísticas do Prof. Fiolhais, mas o problema está lá. E vai estar por muitos anos, a menos que o encaremos de frente.
O "and so on" referia-se sobretudo ao que já aconteceu e ao que já está estragado, mas também era a pensar no muito que ainda se poderá estragar se não se encarar o problema de frente, sem filtros alaranjados, rosados ou outros que tais, se não se perceber que a destruição sistemática da escola pública que este governo tem feito só pode levar a que este problema, que está lá, nisso estamos de acordo, fique ainda maior.
a cabeça na areia ou a areia na cabeça?
ResponderEliminarDepende da cabeça. Depende da areia.
ResponderEliminarO problema é outro.
ResponderEliminarAluno és, professor serás; assim como aprenderes, assim ensinarás.
Concordo, mas não disse outra coisa.
ResponderEliminarTambém ficámos a saber que o IAVE pouco ou nada sabe de estatística, como disse o prof. Fiolhais, uma das poucas pessoas inteligentes e sensatas que este país tem. Mas, voltando aos exames, estavam à espera de quê? Durante anos, salvo casos raros, que são de louvar, só acabava a dar aulas quem não arranjava nenhum emprego melhor... Esses "professores" (de)formaram alunos, que agora serão eles próprios professores, and so on, and so on... Quantas gerações estragadas? É só fazer as contas.
ResponderEliminarRaquel
Não me parece que a questão seja assim tão simples. Dizer "and so on" sugere que o estado a que chegou a escola é inevitável. Não é. Pela positiva, é fruto da democratização da escolaridade, em todos os graus de ensino. Pela negativa, é fruto de políticas concretas, há muito denunciadas e criticadas, que fizeram acompanhar essa democratização por uma dramática perda de qualidade. Os resultados estão à vista. Podemos dourar a pílula com as estatísticas do Prof. Fiolhais, mas o problema está lá. E vai estar por muitos anos, a menos que o encaremos de frente.
ResponderEliminarPP
O "and so on" referia-se sobretudo ao que já aconteceu e ao que já está estragado, mas também era a pensar no muito que ainda se poderá estragar se não se encarar o problema de frente, sem filtros alaranjados, rosados ou outros que tais, se não se perceber que a destruição sistemática da escola pública que este governo tem feito só pode levar a que este problema, que está lá, nisso estamos de acordo, fique ainda maior.
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