segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Aqui ao lado
Enquanto estamos a banhos, lá longe, muito longe, e no entanto tão perto, o Médio Oriente continua a ferro a fogo. Desviamos os olhos e não queremos ver, mas o que se passa na Síria, no Iraque, na Líbia bate-nos à porta todos os dias, através dos refugiados que chegam às praias gregas e italianas. A Síria é governada por um carniceiro que não hesita em bombardear os seus compatriotas, a 15 quilómetros de Damasco. Os governos ocidentais assobiam para o lado porque a alternativa é o Estado Islâmico. Mas, se o problema sírio está na ditadura assassina de Assad, na Líbia e no Iraque assistimos às consequências das "democracias" (se assim lhes podemos chamar) mal consolidadas. Depois da invasão, o Ocidente não deixou nada para trás, excepto senhores da guerra que lutam entre si por interpostos inocentes. A queda de Mossul, que os governantes iraquianos tentam justificar escondendo a responsabilidade de quem deu a ordem de retirada, seria puro teatro do absurdo se não fosse uma tragédia. Entre as ruínas da Primavera Árabe e Estados feudalizados, o caos veio para ficar. Por muitos anos. Pobre gente.
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