sábado, 13 de maio de 2017

Ser do Benfica : como prometido, não retiro uma vírgula.


Sou do Benfica como gosto de ser em tudo  ao qual estou ligado: com liberdade. A minha liberdade não acaba nos protestos contra a Le Pen, o Trump ou os dementes leninistas de Caracas; não acaba nos direitos dos imigrantes ou dos refugiados; não acaba quando asseguro o meu perímetro de liberdade negativa.
Ser do Benfica não é ser do Vale e Azevedo (todos os que se lhe opunham eram traidores odiosos); não é ser  do sr. Mendes, do sr. Quique Flores (uma ser tão  amável quanto incompetente) ou do sr. Rui Vitória(  também parece ser excelente pessoa) , que põe a equipa  a jogar um futebol deprimente.


Ser do Benfica  é pertencer a uma comunidade imaginada (ainda que o Bataille não fosse do Benfas). A comunidade dos que querem ser os melhores  no campo, dos que jogam muito mais do que os outros. Não é ser dos que vencem. Atenas era melhor (tanto assim que foi copiada) , mas Roma venceu. É ser ateniense. Ou, como no hino do Piçarra, ser o maior de Portugal.

Também é ser grato. Ao sr. Bruno de Carvalho e à sua corte. Se tudo correr bem, quatro anos, quatro títulos.

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