sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Super calimero nacional

Renhónhó renhónhónhó e...é isto:

«Até poderia considerar que foi fora de jogo, mas vejam que o fiscal de linha está a quatro ou cinco metros do lance... Depois levámos cartões amarelos em jogadores nucleares logo muito cedo e isso condicionou a minha equipa. O mesmo critério não foi utilizado com o adversário.»

Enfim, portanto,  um par de cartões amarelos ( e contra o Benfas é sempre tudo bem assinalado). 
O blogue está a ficar com um tom cansativo e sem graça.

Oásis

Qual é o teu? No Depressão Colectiva.

Reacções à Quadratura

Ou um partido a navegar à cabotagem mediática.
Vai ser um fartote.

A ler

Isto não parece, mas tem a mesma hubris da fiscalidade verde. É o velho conceito hegeliano da força como critério de correcção.
Na fiscalidade verde, proposta por um governo que se diz  faraó da competitividade,  acrescentaram  manhas de toiro sobrero.

As grandes mentiras da civilização ( 5)


"As mulheres são iguais aos homens".
É uma boa supressio veri. Por exemplo, a Ana Gomes e o Marques Mendes são iguais, mas a Jenna Dewan-Tatum  e o Diogo Feio são diferentes.
Sim, já sei, vocês referem-se  às capacidades. Eu também.

Asco

Ouvir, ontem, na AR,  o nome de Manuela Ferreira Leite elogiado pelos mesmos que lhe chamaram velha desleixada  em 2009,  foi quase tão repulsivo como  ouvir isto.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Por causa dos tremoços



Sou ambivalente nisto. Só tenho smartphone  ( nem telemóvel normal tinha) há uns meses e nunca dei por  nenhuma restrição à minha liberdade.  Durmo o mesmo, como o mesmo, leio o mesmo, converso o mesmo. Alargando um pouquito a pesquisa, já referi no Depressão Colectiva o caso de casais que acabam por sms. A Carla  dirá que também se acaba ao vivo e a cores. Claro. Escuro.
Qualquer modificação tecnológica tem impacto social. Quando o comboio uniu  as duas costas dos EUA, os bisontes ficaram à  beira da extinção. O estar distraído ao pé de alguém  não necessita de smartphone.  O meu longo registo disciplinar, na escola, depois  na tropa ( chegava  a ausentar-me quando dava a formatura na parada) e, finalmente,  no sofá, onde me sento ao pé da minha mulher,  prova-o. Porquê  então a ambivalência? Por  causa dos tremoços.
Esta tecnologia não é apenas uma derivação, ela cria espaços intensos que excluem o parceiro do lado de forma perversa. A simples  distracção ou alheamento é limpa: não estou cá. O smartphone diz: estou com outro(s).  O abandono do banco de jardim  já não é necessário, o espaço fica reduzido a uma mera conveniência ainda  maior do que  no tempo dos silêncios constrangedores. Na esplanada também já não há pretexto para mandar vir um prato  de tremoços.
Masoch  teria escrito à mesma  o Venus  im  Pelz se tivesse um smartphone: só há escravos ou tiranos, nunca companhias.

Animais amigos dos animais

Os animaizinhos estão a salvo.
Agora às mulheres  de castas mais baixas já não garanto nada.

(Egipto: mulher dá à luz fora do hospital, o director foi demitido) فضيحة مستشفى كفر الدوار العام... ولادة سيدة تحت البطانية فى الشارع

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Isto tem de ser muito bem explicadinho

O que Paulo  Pena não escreve, talvez porque não lhe convém, é que havia, e há,  muita mais gente acima do tecto dos 100.000 euros. Seja como for, há ali um momento de transição defensiva, como dizem os caboucos da bola, que tem de ser muito bem clarificado.
O que não necessita de explicação é a teoria da justa repartição de sacrifícios: um bertoldo de black tie  num clube de Oxford a citar o Winston será sempre um bertoldo de black tie.

Palavra de honra ???? (5)

O bom do Bergoglio, o cavaleiro contra o capitalismo internacional, o lord protector dos oprimidos, afinal  não vale nada porque não inclui os homossexuais e os divorciados.

Palavra de honra ????? ( 4)

"Jesus não ganha sequer metade dos jogos  a doer"
A sério? O génio?

Chorar alivia?

Com a ajuda do dr.Bucéfalo. No Depressão Colectiva.

São bons, são muito bons

Desde que isto se soube, a SIC-N tem passado uma reportagem sobre o personagem.
O assunto até é irrelevante, mas os profissionais não conhecem domingos. Jardins, passarinhos, voz off cool breeze a subentender um mal-entendido, o personagem amável e engravatado  vítima de uma cabala.  Nada de  sorrisinhos desdenhosos, trocadilhos trocistas e assim.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O Expresso de Ricardo Costa: aquela máquina

A criar factos políticos até 2015.

As grandes mentiras da civilização ( 4)


"Quem não é radical aos 20 não é democrata aos 40".
Esta é uma das mais difundiadas e apreciadas. Pressupõe uma refrescante  concepção da radicalidade: coisa de miúdos.
É engraçado que  o ponderado Rudolph Hoss comandou Auschwitz aos 42 anos. Já o sensato Beria, com 41 anos, depois da conferência de Zakopane ( Gestapo-NKVD), ordenou o massacre de Katyn.
Enfim, trocar o pequeno livro de Mao pelo pequeno  livro de instruções do Mercedes Coupé não é motivo para estabelecer leis de psico-história, co' a breca...

É natural

A culpa da pobreza nos ex-paraísos comunistas também era do mercado ( do capitalismo internacional).

In the rear with the gear

Não extinguem porque isto é pessoal político.  A promessa foi feita, mas levou-a o vento.
Muito gostaria de saber quem são as novas  chefias ( "governo da sociedade")  da  EMA.

"Isto é tudo político"

 

O futebol de brincadeira já nem me incomoda, há muito que Jesus é amigo da minha condição cardíaca, há muito que necrosou a paixão. Pior é a  estupidez organizada.
O desgraçado do Carvalhal, ao tempo no Sporting, foi crucificado porque  num jogo não fez a terceira substituição. O Zé Broncas, ontem , em Braga, com uma equipa estoirada e milhões sentados no banco, nem a segunda fez.
 Ninguém lhe perguntou nada,  ninguém quis saber, siga a banda. 

domingo, 26 de outubro de 2014

Gastrónomos bimby

A velha relha do Miguel Esteves Cardoso elogiou ontem as sardinhas fresquinhas do nosso mar servidas por um restaurante da Fonte da Telha. 
 É pena é estarmos em pleno defeso da sardinha.

Lindo


Vai ganhar  a esquerda, o partido dos pobres e dos trabalhadores honrados. Pelo menos , no meio da porcaria, do luxo e da ostentação, a esquerda ( rir) brasileira  lá deu alguma coisa ao povo.
Esperam-se orgasmos controlados ( os virtuais já cá cantam) na TSF, SIC-N e Tvi 24.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O'Neill e o controlo patológico

No Depressão Colectiva.

Todo um programa

A ética capitalista e o paraíso dos sistemas de saúde comunistas.

Qual a novidade?

Cresci a ouvir que todo os  que denunciavam o terror soviético eram imperialistas vendidos à CIA.

Eterno retorno

Ou não é?
Este senhor foragido  está ligado àquela coisa antiga  do jogo do bicho e do Lello?

Palavra de honra????? (3)

Diz  José Manuel Portugal, director de  desinformação da RTP: "Não temos de convidar toda a gente".
Sim, de facto, não lembraria a  ninguém convidar a Fenprof  para um  programa sobre a educação.

As grandes mentiras da civilização ( 3)

"Precisamos de mudar de paradigma".
O paradigma é um desgraçado. Desde que o Kuhn o pôs fora de casa, o infeliz passa vida a mudar. Já viveu nas vinte rotundas feitas pelo presidente  da Junta, no aeroporto de Beja, na 3878374689ª reforma da Educação, nos vibradores  a energia solar, enfim, um virote.
Deixar o paradigma sossegado  era uma ideia, mais vale morrer de bibe que de casaca, como dizia o Mário.

Em

Israel, claro.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Palavra de honra??????? ( 2)

"Os indicadores sociais de pobreza estavam  a diminuir "( Pedro Adão e Silva).
Hummm...o Pacheco Pereira vai dedicar-lhe umas palmatoadas no próximo artigo de sábado sobre a independência da Catalunha.
Ou então  isto já é efeito Costa por antecipação. São magos, são magos...

Palavra de honra??????

"O PS acabou por estar no centro do debate, com os restantes partidos da oposição e da maioria a acusarem os socialistas de não assumirem uma posição sobre a reestruturação de dívida nem de apresentarem soluções concretas".

O PS estará refém do pensamento único do governo  e  da propaganda miserável?  As pernas dos banqueiros alemães já não tremem? Mein Gott...

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

As grandes mentiras da civilização (2)

 " Obra fabulosa, um misto de inocência e sensualidade".
Devia ser de uso frequente por  idosos impotentes, mas é mais  usado por críticos de cinema e música.
De certa forma, é o equivalente intelectual do binómio cinotécnico da GNR. O homem  e o cão são substituídos por uma Lolita artilhada de masoch suburbano ( botas pretas e chicote).

As grandes mentiras da civilização (1)


"É no meio de muita gente que nos sentimos mais sós".
É um dos maiores. Muito usado por divorciadas de 55 anos professoras de português de casaco de cabedal vermelho à saída de uma exposição de sapatos da Joana Vasconcelos.
É bom porque explica-nos o desejo de fusão com o mundo, ou, em termos  mais simples, a ausência de um vibrador.

Bem dizia o anónimo

A propósito deste meu textito, num comentário que lá está e que vos aconselho a saborear  com um copo de sumo de ouriço-cacheiro na mão. E isto porque  O Zé Broncas, aka Jorje Jesus,  explica ssim a exibição do Benfica , hoje, no Mónaco: "Fomas muita  prujadicados,  empurraram-nas , isto é político, ainda ontem se viu com o Saportinga na Alemanha".
Também acho. O árbitro polaco Raciniak  é descendente de condes polacos falidos, descritos no Jogador do Dostoiveski, que perderam tudo ao jogo no casino monegasco  e coiso e tal talvez a dívida tenha sido perdoada.
É sempre assim connosco na Champions e já lá vai  uma camioneta de anos.

Gosto sobretudo do

"Fizeram uma escolha"
Continuo em pulgas para ver esta gente   no poder.

O próximo edil ( cooptado) lisboeta:

"Fernando Medina é um homem do Porto, foi dirigente da FAP".

Por outro lado, recordar é viver. Muito mais interessante - a  criticar a renegociação da dívida pública:

"Para procurar fundamentar tal propósito veja-se quando da discussão em plenário na Assembleia da República do Projecto de Resolução do PCP que propunha a renegociação da dívida pública a sua intervenção em nome do PS. Poucas vezes o discurso anticomunista atingiu tamanha ferocidade e irracionalidade dentro da AR".

Ferreiro/ Oliveira

Nomes portugueses, galegos, portugueses.
Preso  por fazer política  nas fileiras do exército franquista, Emilio Ferreiro  activa a cláusula anti-franquista e resiste até 1966 ( dirige a  editora galega Benito Soto).  Regressa e continua o socilaismo galego.  Morre em  1979, em Vigo.
A poesia de Ferreiro tem língoa propia, como eu gosto:

Falaréivos de min anque me doan
as escuras raíces dos meus soños.

 Carlos  de Oliveira é cliente  regular ( e muito especial)  desta série e dispensa  apresentações. Sempre presente quando se fala de poesia com língoa propia:

Entra pela janela
o anjo camponês;
com a terceira luz na mão;
minucioso, habituado
aos interiores de cereal,
aos utensílios
que dormem na fuligem.

Super calimero international

O Putin, a Gazprom,  o Blatter e o Platini entraram na cabeça da Maurício e furaram as luvas do Patrício.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Razão tem António Costa

Este assunto não é importante, ou, que raio de obcecados reaccionários como diz Pacheco Pereira.

Ai ai ai ai ai ai...

Então não se viu o sr Bruno  Carvalho tão cordato e calmo a afastar o Marco Silva da equipa de arbitragem?
O senhor Bruno Carvalho é sempre assim, cá em Portugal também.

Quizz

Essências. No Depressão Colectiva.

Não, não é

É prova de vida. A agremiação de rosaluxemburguistas, hoxistas e trotskystas, para além de ideias modernas e inovadoras sobre a dívida nacional, partilhadas agora por muito do PSD bom  e honrado, existe para isto.
Acho bem que insistam, continuarão o caminho do crescimento  politico agora aliviado dos que já atravessam a fronteira a salto para o PS.

Pior

Muito pior do que a impotência anorgástica dos magistrados é a demora: 19 anos para fazer justiça.
Culpa da troika, não é?

Os media

Vendidos ao governo.

A ferver

Num programa da SIC, um indivíduo chamado Hernani tem desenvolvido, com a aquiescência do sseus pares, a ideia de que é a crise a responsável pela barbaridade contra as mulheres.
Tenciono voltar a esta nojenta teoria de género.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O bom PSD, o justo, o moral, o de lei

Vai justificar isto quando for Costa a executá-la.

A linguagem da ansiedade

No Depressão Colectiva.

Lá somos todos tolos outra vez

Até Costa avançar, a Grande Aliança  pedia eleições antecipadas  todos os dias. Depois, durante seis meses, nunca  mais se falou  no assunto. Agora  é outra vez um imperativo nacional. Se, por azar, Costa adoecesse, o imperativo patriótico regressaria só quando o homem melhorasse. Os imperativos nacionais dependem da agenda de Costa, dos hoplitas socráticos e dos anexos Livres. Olha que novidade.
Por mim está bem: ide, ide para lá o mais depressa possível que estou em pulgas.

Agora é ouvir o SOS Racismo e os genders experts

"As nossas mulheres casam cedo porque são 100% femininas. Preparamo-las para aprender a coser, lavar e cozinhar. As da vossa sociedade  não sabem fritar um ovo, conduzem os automoveis enquanto os maridos empurram os carrinhos de bebé".

Uma semana que começa a apertar a carneirada histérica  começa sempre  bem.

domingo, 19 de outubro de 2014

Cá estaremos



PSD e CDS mentiram e ganharam as eleições. Escrevi isto dezenas de  vezes, antes das eleições  e depois delas. Não faço parte do curro de cornos mansos.
Uma vez no poder, não fizeram as tais reformas estruturais porque isso implicaria despedimentos colossais. Toda  a gente  sabe isto mas  finge não saber. Aplicaram o programa que tinha de ser aplicado. A retórica ( a "frieza", o "queremos  ir além da troika", etc)  é irrelevante.
Ao contrário das previsões disparatadas, não houve motins nem revolução,  e isso provocou textos miseráveis sobre a bovinidade do povo , escritos por alegados defensores do povo. O povo  que remou foi arrumado, com desdém, no grupo dos vendedores de compotas na internet. Nada de novo debaixo do sol.
O empobrecimento  era inevitável num país falido e sob resgate, mas a esquerda e os manipuladores estiveram quatro anos a fazer-se de surpreendidos. Indivíduos a quem não encomendaríamos uma lista de compras foram guindados a heróis nacionais, velhas raposas da luta partidária, idem.
Este governo mostrou impreparação e toda a gente fingiu surpresa. Como podia ser de outro modo se prepararam a tomada do poder jurando não tocar em subsídios e salários, num país que já estava sob resgate? Os mesmos media que hoje o mordem dedicaram-lhe loas pornográficas, porque finalmente havia alguém para dançar o tango.  Quem vai para o mar avia-se em terra.
Agora, no mais velho fellatio político, um salvador promete tudo. É incensado por todos, manipulado por alguns, temido por ninguém. Como é da ordem das coisas, passado o estado de graça regressaremos ao nosso estado natural: um punhado de corneteiros anunciará que há outras soluções,  uma jolda de de idiotas dir-se-à traída, a CGTP cantará a luta continua/ governo para rua.
Cá estaremos.

sábado, 18 de outubro de 2014

Antena islâmica

"All ISIS’s military leaders and most of its fighters are Arabs, with the core of the political leadership made up of Iraqis and Syrians. ISIS’s military advances are in part due to the professional skills of former Baathi officers and soldiers of the disbanded Iraqi army following the U.S. invasion. But ISIS, unlike other Islamist terror groups has been actively luring Muslims from all over the Muslim world, not only to join the fight against the common enemies, but to build the Caliphate, hence ISIS’ recent call on Muslim engineers, doctors, and professionals with useful skills to come to the Caliphate".

Mice and men

Por tacticismo-anão a direcção  do Benfica não comentou o arquivamento do caso da Fruta, deixando para Bruno de Carvalho as despesas da tarefa. Agora vemos isto, sem vergonha nenhuma.
Tenho memória, por isso , se fosse director do Benfica, teria secundado a declaração de Bruno de Carvalho. Já os ratos, enfim, esses dão muitas voltas nas rodas da gaiola  e ficam tontos.

adendas:
1) não se pode elogiar os calimeros: só vêem para um lado ( se  a bela defesa do Maurício fosse com o Maicon ninguém os aturava) e mesmo quando ganham é o árbitro , o cartão, o penalte, renhónhónhó, renhónhónhó...
2) Foi sempre um tipo cheio de classe, miolos  e personalidade, mas hoje esmerou-se ( já não o  lia há anos) , analisando desta forma um Fóculporto "em nada inferior ao Sporting" exepto nos 33546363 passes falhados:
"Em jogo e ocasiões criadas, e das boas, o FC Porto podia ter eliminado tranquilamente o Sporting"

Novo Banco

Velhos vícios?
Como levanto 100.000 no multibanco? Levando a caixa para casa?

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Ainda prendem o Otelo outra vez

E tiram-lhe  a reforma:
"A pergunta dirigida ao ministro José Pedro Aguiar-Branco é assinada pela deputada Mariana Aiveca, na qual se refere que Alpoim Calvão é uma figura "controversa da História recente do país", tendo liderado o Movimento Democrático de Libertação de Portugal - "grupo bombista responsável por ataques terroristas contra pessoas e sedes partidárias", descreve a parlamentar".

A condescendência mediática  para com  a hipocrisia saltitante dos nossos revolucionários de pastelaria é entediante, mas  faz parte do jogo: jornalistas, agentes culturais e sociólogos  frequentam  a mesma casa do brincar ao povo.
O duplo padrão dos nossos tarimbeiros e flores de caserna, acolitados pelos janotas em peluda perpétua, já é mais revigorante:  a tropa, de vez em quando , quer descanso das pandur,  dos submarinos e das missões overseas. São tão patriotas e desinteressados  que até lutam para ir lutar lá para fora.

Dear Abby

No Depressão Colectiva.

Morrer é estar o dia todo inteiro sem te ver

A nata, a elite dos governos de Cavaco que faz falta, diz Mira Amaral:
"O antigo ministro de Cavaco Silva diz que falta ao país uma elite política «como existiu no tempo do Prof. Cavaco Silva".
Sim, se acrescentarmos o próprio Mira,  Duarte Lima e Marques Mendes,  morremos  de saudades.

Bandeirantes

Não sei se viram como ontem a senhora noticiou as medidas do governo para apoio às famílias  e natalidade.  A minha filha mais nova, a leste de tudo, deve ter levantado os olhos das bodegas que vê no portátil, porque  disse: "Olha a cara que ela fez a dizer isto...".
Não foi a cara nem os trejeitos  que estão no link, da produção para a revista Caras, pois não. Foram as boquinhas trocistas que sempre faz quando anuncia notícias relativas ao governo que as pessoas possam julgar boas. Depois a voz off da colega continuou o vira: "o governo acena assim com a bandeira da natalidade...".
Enfim, as famílias não se importam com a Ana Lourenço, SIC, Lisboa.

Antena islâmica

Bem, passe a vanglória, aqui na minha antena que  desde 2007 ( começou no  Mar Salgado)  não tenho passado outra ideia.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Contra o pensamento único

Afinal há alternativas.

Inaudito

Bruno de Carvalho  não fala há três dias.

A oposição à oposição da situação


Quer dizer, segundo  a Santa Aliança, o senhor Orçamento é eleitoralista e austero, eleitoralista e irrealizável. Isto merece uns diospiros.
Temos, portanto, que é para ganhar eleições prometendo austeridade e promete ganhar eleições sendo impossível ganhá-las. Também gosto muito do diospiros maduros : a   Santa Aliança não tem nada com que se preocupar.
O que nos vale é que daqui a um ano a Nova Era do Financiamento  & Investimento vai começar, um bocadito mais tarde do que dizia este  génio compreendido.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Muito distraído


É claro que MST trata todos os assuntos como uma crónica de futebol, é claro  que  há a  dimensão política e a dimensão  cultural do Islão, é claro que não se ouve porque não se quer (Sourosh fartou-se de pregar no deserto), mas pensar que na Indonésia está tudo calmo é  de rir ( ou chorar).

Sushi quente

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Um problema de fácil resolução

Bastava que a esquerda anti-imperialista e anti-neocolonial espanhola saísse à rua, como costuma fazer  noutras ocasiões, e exigisse Marrocos para os marroquinos. 
Bem, concerteza a intelligentsia espanhola acha boa a independencia dos catalães, mas não a dos marroquinos. É possível, é possível, este ano os nabos  até vão chegar mais cedo, graças aos deuses.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Não há Pai Natal?

Incrível. E eu que quase acreditei  nos meus comentadores de economia  daqui do NODAA.

A melhor abertura desde Beethoven:

Pedro Lains, no Prós & Contras, sobre o papel regulador do governo e  o BES:
"Este governo  pôs  a funcionar o que antes funcionava bem".

O complexo de avestruz


Os direitolas são muito tenrinhos, educados  e bem  dispostos.  A esquerda cosmopolita ( lê a Cosmos),  quando é para aproveitar, saca da chinela e usa  sestas, difunde alzheimers, enfim,  o manual inteiro da alcagoita. No caso em apreço ainda teríamos dezenas de artigos  técnicos sobre a evidência  de só um incompetente balbuciar  larachas acerca de coincidências de marés.
Este complexo de avestruz é, apesar de tudo, bonito.

Proibir tabaco é muito mais fácil


- Temos a informação de que  a doente se deslocou ao hospital em transportes públicos. Esta não é certamente a melhor forma...
- Nestas ocasiões é sempre melhor usar o telefone, temos uma linha...

Adenda: curiosamente, nos noticiários seguintes, este diálogo desapareceu e foi substituído por uma recomendação do dr.George. Coisas.

sábado, 11 de outubro de 2014

Só mesmo os judeus israelitas para extrair o melhor de nós

Quanto ao resto: a paz, as criancinhas, os civis, as escolas, os hospitais,  os horrores, o agressor territorial, os imperialistas,  os fanáticos, os fascistas, os acéfalos, os cabrões insensíveis, o cordão humano, as manifs.,. as manifs, man...

Biaised media: não sejas estúpido , pá

Algures aí em baixo lembrei-me do mesmo a propósito desta info dada por um leitor da casa.
Síndroma Isabel Jonet? É para a Jonet. Às belas , quando se descuidam, ninguém liga.

O pensamento chiclete: o declínio do Ocidente



Estamos sempre em declínio.
Hesíodo, claro. Témis,  Eunomia,  Dike e Eirene são destruídas e Zeus restabelece  a ordem  abalada pela Idade do Ferro e pela  hubris  última de Tifeu. De um saltinho vamos a Spengler. Termina em 1918  o seu  Declínio do Ocidente e , obviamente, teve um grande  sucesso  lido à luz dos escombros da I Guerra Mundial. T.S Eliot, ainda mais tarde, explicou que  a cultura europeia declinava   porque as elites estavam em declínio ( a ligação é boa, vale  apena ler.
O meu querido Burkhardt ( Judgments on History and Historians, 1929),  nunca fez a coisa por menos : But what makes it generally impossible for the present-day average “educated” man to find anything appealing in the ancient world is the total egoism of today’s private person who wants to exist as an individual and asks of the community only the greatest possible security for himself and his property, for which he pays his taxes amid sighs, and who also likes to attach himself to the community in a specific sense as an “official.”
Os exemplos são em quantidade superior à do tremoço. Este texto da Helena  Matos é o cliente nº 353.7373.989.  Que os massacres do Pontus ( gregos),  que terminou em 1922, e  o  dos circassianos ( no século XIX) não lhe digam muito, ainda vá. Agora que os massacres coloniais  , testemunhados  e (ou relatados ) pelos primeiros white-hunters ( ainda nem eram chamados assim), abundantes cá em casa, não a façam pensar duas vezes, já é mais bizarro.  No Congo Belga, século XIX, o massacre foi por razões económicas. Bem, talvez a Helena Matos  ache que já estávamos em declínio, e, portanto, o erro será  meu.




sexta-feira, 10 de outubro de 2014

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Morreu o cão e a revolução

Há quantos anos ouves falar da revolução grega? Há quantos anos  ouves os cientistas sociais das rubras e das iskras assegurar que ela está  por horas?
Pois é, coitado, Marx morreu, o Lukánikos também e eu já não me sinto muito bem.

Boa ideia

O Câmara Corporativa tem feito um excelente resumo.

As primárias e os primários


No Público, pelo terceiro dia consecutivo, um grupo de apoiantes de Rui Rio faz campanha pela introdução de primárias no PSD. Desconheço a representatividade da autodenominada Plataforma Fórum Democracia e Sociedade - Uma Agenda Para Portugal, embora o nome me soe às várias saladas que a esquerda costuma temperar quando se fracciona (mau sinal). Decididamente, não é a imaginação ao poder. A ideia seria dar ao líder do PSD, antes das próximas eleições nacionais, a legitimidade que tem António Costa, eleito em retumbantes primárias. Mas por trás de tão nobre ambição esconde-se o objectivo mais prosaico de dar ao PSD alguma hipótese de vitória em 2015.
As primárias hão-de chegar ao PSD, mais tarde ou mais cedo. Mas se chegarem, mais cedo que tarde, apenas para impedir um Primeiro-Ministro eleito de responder perante o eleitorado depois de um mandato impopular, não passam de um golpe de Estado. Ou de um golpe de génio para as ferir de morte. Sou a favor de que os eleitos cumpram os seus mandatos e respondam por eles, a não ser em circunstâncias absolutamente anómalas (por exemplo, saber-se que um Primeiro-Ministro trabalhou para uma empresa que recebia financiamentos públicos enquanto era deputado em exclusividade; mas esta circunstância, se bem me lembro, não chegou a incomodar nenhuma plataforma-fórum-agenda do PSD). Já tinha esta mania quando Mário Soares e Pacheco Pereira queriam correr com o Governo à paulada. Não mudei de opinião só porque, agora, a exigência vem de meia dúzia de laranjinhas em busca dos quinze minutos de fama. Talvez tenham os quinze minutos, mas esquecem que Passos responde perante o país e não perante o PSD. E o lugar onde deve responder é nas urnas. Se a meia dúzia teme uma derrota épica, talvez a mereça. Com fama ou sem fama. Rui Rio devia declarar on e off, sobretudo on, que não serve de D. Sebastião a primários.

Ou isso ou a metanóia intrauterina do significante:

"Costumo dizer que o Brasil é o único país com o qual Portugal tem uma relação profundamente visceral, que por isso precisa de ser nutrida por uma contínua transfusão cultural de duplo sentido".

Amantes dos animais

Depois do cão  da enfermeira com ebola, a cabra:
 "posso parecer insensível , mas não consigo ter pena ... Pena só mesmo da cabra !"

Conjugar

Eu subsidio-me,
tu subsidias-me.

Portugal, contagem final (2)


Como diz Rentes de Carvalho,  os que estão perto dela de novo ferram de prata as suas mulas. O Rentes só não está a ver bem uma coisa: a explosão de cultura  que aí vem.
Ele vai ser centenas de romances, milhares de concertos, milhões de estreias teatrais. Os artistas descerão à cidade e partilharão o pão e o vinho com o povo, libertos das grilhetas que  os afastavam  da imortalidade.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Realmente

Realmente, em termos  de pedofilia, a pincipal preocupação deve ser os direitos do pedófilo, por exemplo, daquele que enfiou o seu pénis na vagina de uma criança de sete anos.

Realmente, se a lei for para a frente, Portugal ficará refém de milícias populares e denunciantes descabelados. O dr.Portas avisou o mesmo quando se descriminalizou o consumo de drogas: Portugal foi invadido por  hordas de drogados  em busca de sol, praia  e haxixe.

Realmente, que direito  temos nós  de saber se  o nosso vizinho que brinca com  a nossa filha cumpriu pena pelo curioso hábito de ter relações sexuais com a sua anterior vizinha pequenita?

Realmente, num país com uma justiça preventiva tão eficaz nesta matéria, como na do assassínio de mulheres, por que não continuar tudo como está?

 Realmente, toda  a gente sabe que depois de cumprir pena o hábito desaparece: o ambiente prisional é terapêutico.

Realmente, uma criança violada tem é de seguir com  a sua vida, ir à escola, ver o Rei Leão e aprender matemática. Tudo passa. Como as borbulhas. Não é um estigma perpétuo.

Realmente, não se compreende por que  a senhora bastonária dos advogados  e os magistrados temem o uso abusivo da informação  reservada: basta tratá-la com o mesmo desevelo com que tratam o segredo de justiça.

Portugal, contagem final (1)


Em breve seremos  livres da Alemanha. O investimento público vai arrancar-nos do salazarento  fadinho do pobretes  mas alegretes.  Os velhos , os pensionistas e os doentes, em virtude do investimento público,   verão  o seu anterior  nível de vida imediatamente reposto.
Gente moralmente superior conduzir-nos -á ao lugar que nos pertence.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Walter Benjamin

E o telefone. No Depressão Colectiva.

O Sínodo


O Sínodo sobre a família, que os jornais têm descrito como "um dos mais aguardados dos últimos anos", começou anteontem em Roma. Com a presença de duas centenas de bispos de todo o mundo e precedido de um amplo inquérito ao povo católico (14 mil respostas em Portugal), será sem dúvida um momento de renovação da pastoral familiar da Igreja. Ao contrário da maioria dos opinadores, muito dados ao sensacionalismo que estas coisas costumam atrair, não me parece nada claro em que sentido irá essa renovação. Para alguns, o Sínodo é um campo de batalha entre progressistas, com o Papa à cabeça, e conservadores, identificados com os cinco cardeias que publicaram um livro crítico da possibilidade de admitir os recasados aos sacramentos.
Como sempre, a questão complica-se. Nem este ponto esgota os trabalhos do Sínodo, nem a fractura entre progressistas e conservadores, para adoptar a dicotomia simplista, esgota as trincheiras possíveis. A dicotomia traduz não apenas o contraste de sensibilidades dentro da hierarquia eclesiástica, mas as profundas clivagens culturais entre as experiências de família na Europa e na América do Norte, por um lado, e o resto do mundo católico, por outro. Há tempos, ouvi D. Manuel Clemente dizer que as respostas ao inquérito exprimiam sobretudo a actual geografia da Igreja. Os europeus e norte-americanos tendem a ser mais liberais em temas como o aborto, a contracepção, o casamento gay e, sim, o divórcio, enquanto os latino-americanos, os africanos ou os filipinos não. Convém recordar que estes últimos são hoje maioritários na Igreja e, atendendo à sua taxa de natalidade, continuarão a sê-lo no futuro (uma corrente demográfica, de resto, com óbvias razões teológicas). A Igreja, envelhecida e secularizada no Ocidente, cresce a sul do Equador, onde é mais conservadora. Nada mais natural que o peso dos números se reflicta nos debates da doutrina, embora a diversidade global não tenha ainda em Roma a visibilidade correspondente. Quer-me parecer que a eleição de um Papa argentino, o tal que seria o chefe-de-fila dos progressistas, tenta corrigir um eurocentrismo de séculos, mas torna-se difícil prever os próximos passos. No entanto, basta olhar para a Igreja Anglicana, à beira de um cisma entre o sul e o norte por causas semelhantes, para ver que as questões fracturantes podem ser exactamente isso. Não acredito que o mesmo suceda à Igreja católica, desde sempre mais unida pelo primado do Papa do que as outras confissões cristãs, mas seria ingénuo ignorar o risco.
De qualquer modo, foi o próprio Papa, na Evangelii Gaudium, quem arriscou o apelo a uma maior delegação dos poderes de Roma nas conferências episcopais. Ninguém adivinha que poderes seriam esses, até porque a iniciativa descentralizadora só pode vir do centro, mas se há terreno onde a Igreja tem uma longa experiência de diálogo com as culturas locais é certamente a pastoral da família. E a liturgia sacramental, já agora. Por outras palavras, não seria uma total surpresa se o Sínodo deixasse os casos mais polémicos, incluindo a comunhão dos recasados, ao critério das conferências episcopais ou mesmo das dioceses. Há precedentes, por exemplo a introdução da Missa em vernáculo no Vaticano II. Não sei em que sentido vai a mudança, mas algo me diz que vai por aqui.

Antena islâmica

1) Selfies do demónio.
2) Ricos, deprimidos e jihadistas.
3) Oooops...vai começar...

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Reaccionários pavlovianos

Raquel Varela está no Barca do Inferno, com a aquiescencia das restantes senhoras, a elogiar o papel   dos directores  escolares no travão às trapalhadas desumanas do ministério de Crato.
Quando Maria de Lurdes Rodrigues recriou a figura do director escolar, recordemos o que disse a nossa esquerda moderna & pura.

Nepotismos

O meu primo João Fitas, pintor e bom rapaz, tem um blogue onde dá a conhecer o seu trabalho. Passem por lá para conhecer o criativo da família.

Gestão de recursos humanos

Deixei passar uns dias desde que li na edição em papel.
Ninguém ligou pevide.

domingo, 5 de outubro de 2014

Underworld

1) Houve marcha pela vida? Não dei por nada. Em televisão nenhuma, TSF, jornais online. Deve ter tido mais do que trinta pessoas, número a partir do qual os cabos  se enrolam e as câmaras pedem a lente.

2) O Marinho Pinto, que elegeu  dois  deputados europeus, também parece que lançou um partido, mas só se fala do Rui Tavares que não elegeu nenhum.
É estranho, porque,  até ao Prós & Contras sobre a adopção gay,  o Marinho  Pinto era muito acarinhado nos media ( no tempo do Freeport ouvia-o todos os dias). Agora parece que é um populista e cheira mal da boca.

Fiama/ Hofmannsthal

Trago-os muitas vezes e nunca os juntei. Fiama traduziu poetas alemães, mas Hofmannsthal escapou. Separa-os um século, mas sempre os imaginei próximos como antigos colegas de escola. O seu tom depressivo é  assumido, sério, não procura as tábuas.
Fiama cede muitas vezes ao pastiche ( as aves, os navios etc), mas também não cede de vez em quando. Nova Arte ( (1982):

No fim do atalho ela é a 
ideia mais súbita e clara
que eu concebo. Está a estender
as linhas brancas do seu rasto.

Hugo, cuja vida foi marcada pelo suicídio do filho ( no andar de cima enquanto o poeta almoçava no andar de baixo),  manteve  um amargor educado ( Poemas  póstumos, trad. do alemão de Jean -Yves Masson, adaptação  minha):

E contra vós soará um dia esta sentença:
"Maldito bando de depreciadores do presente!
caminhastes entre  as gerações,
estranhos aos vossos pais,  estranhos aos vossos próprios filhos .

sábado, 4 de outubro de 2014

Abogados

A SÁBADO sabe que na Sérvulo &Associados, ex-Sérvulo Correia & Associados, os investigadores do MP estão à procura de documentação do advogado Bernardo Diniz Ayala, um ex-sócio que entretanto abandonou o escritório mudando-se no ano passado para a firma de advogados Úria Menendez. Bernardo Ayala foi também um dos especialistas que já fez parte do grupo que redigiu o novo Código dos Contratos Públicos.

Neste espectacular resumo, a começar pela introdução, podemos perceber as razões da senhora relatora da comissão de inquérito.

Uma delícia familiar à hora do almoço familiar

O Expresso   declara que a coligação está em ruptura, a SIC-N sucursal  abre o telejornal a anunciar o fim do governo e as eleições antecipadas. Assim mesmo, sem espinhas que para o almoço as sardinhas são albardadas.
Para a sobremesa, os comissários do minivero andam atarefados.
E assim vai ser  até às eleições.

Correio azul

Hoje estarei na Caminhada Pela Vida, que começa às 15h, no Largo Camões, em Lisboa. As razões pelas quais irei mais uma vez, tantos anos depois dos já longínquos referendos do aborto, são resumidas pelo Tiago Cavaco num belo artigo publicado pela Renascença. Aqui o deixo, sem nada a acrescentar.

Luso tropicalismo versão narco

Um português no transporte  de cocaína  sob a bandeira  são-tomense.
Na Guiné, nada de novo.
Quanto a Cabo Verde,  a coisa  pia mais fino.
Adivinhem qual é o ponto europeu favorito desta malta.

Depressão ansiosa

No Depressão Colectiva: virar a mesa.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Os intelectuais e o povo

O traço mais conservador da sociedade portuguesa actual é  o primado  do intelectual sobre  a política nobre. Desdobra-se em dois. O mais grosso é do atestado de esquerda para falar em nome do povo, o mai fino o do apartheid a que  dita nova direita vota os os trinetos de Lenine . Comecemos pelo primeiro, noutro número iremos ao segundo.

1)  Os guardiões culturais:

Qualquer político que queira falar em nome do povo mas não tenha um parente na família da esquerda é arrumado como populista. Pior: se pertencer à  família, mas falhar em alguma das categorias sagradas ( aborto, LGBT ou nacionalismo), é excluído. De certo modo é um reflexo especular do pré-25 Abril: pelo menos  para efeito de propaganda, todo o oposicionista  à esquerda  era considerado vermelho.
Este direito de nomear, como seria esperável, não é exercido  pelo povo, mas pelos guardiões culturais. Como sem uma burguesia forte  não há proletariado forte, no pós-74 e agora ainda mais, a condição cultural de esquerda  é couto privado dos guardiões. Desde os episódios  ridículos ( vg Vasco Graça Moura) aos mais tensos -Marinho Pinto -, passando pelo aconchego sistemático que os guardiões  da cultura oferecem  ao vate  escolhido( António Costa).

2) A inscrição:

Exceptuando o PCP e a CGTP, que representam  o neo-proletariado fraco, os detentores do certificado cultural não se interessam pelas fabriquetas  arruinadas e empresas insolventes no meio de nenhures. Sobra-lhes o referido no ponto anterior e mais uns pós.
 O poder de nomear assenta, claro, nas  academias e nas escolas secundárias : uma  vez mais o reflexo especular do pré-74. A Historia que é ensinada, desde tenra idade, é a História marxista ( o contraditório, cá em casa, foi feito por mim) e nas academias e nos  media, Focault é Deus. 
O problema é de inscrição. Os cidadãos não são todos iguais  na esfera política. Como o discurso de Robespierre ( Abril de 1791) pontuava, a distinção ente cidadão activo , passivo e meio passivo reside  nas  diferentes capacidades de se poderem eleger ( Zizeck, Virtue and Terror, 2007). O corpo  político regulava a identidade política do cidadão. 
À esquerda é permitido tudo - do ataque à democracia ( dita burguesa) até à mais  pornográfica ostentação na lapela do cravinho vermelho quando se passou num ápice de advogado de vão de  escada para  oligarca  milionário de serviços prestado ao Estado. À direita, ou mesmo  ao centro impuro ( ver ponto 1),  usa-se a ignominiosa e conveniente  cruz da ignorância e da incultura.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Progressos


No ano passado  ficámos atrás do Olimpiakos, este ficamos atrás do Mónaco.
Há três anos tivemos Jardel meia época, este ano temos o Jardel a época inteira.
No ano passado  o lateral esquerdo foi o Siqueira, este ano temos o médio esquerdo  Eliseu.

É assim que se aprende a construir uma equipa, com persistência.

O regresso da sopinha de massa

Na noite da vitória de Costa, vi o ex-secretário de estado de Sócrates, Tiago Silveira , na TV, num debate.
Agora que tanto se fala de esmiuçar as contas de Passos, convém recordar o que dizia Tiago Silveira sobre a escrituras públicas.

Brasil: Ambiente? Economia? Política?

Nada disso interessa. O que conta é o casamento gay.

Que estucha

Quando já se montava  a operação Omo ( "o governo mau deixou cair o BES honrado"), validada pelos moços de trincheira, aparecem coisas destas.
Investiguem bem esta história dos submarinos, porque tresanda a bloco central e, portanto, não vai aparecer nenhuma carta anónima.