quarta-feira, 21 de maio de 2014

Uma Campanha de Alegre

Rangel indigna-se, dizem os jornais, porque Alegre comparou a tirada do "vírus socialista" ao anti-semitismo nazi. Está bem que se indigne, todos temos direito à indignação e as campanhas servem para nos indignarmos muito, mas qual é  a surpresa? Há uma esquerda que não existe sem os fantasmas de Hitler ou Salazar. A AD era fascista, Freitas fascista era, Cavaco então nem se fala, Rangel... Rangel... Rangel... ora deixa cá ver... ah, já sei - fascista!
É fatal como o destino (que, por acaso, também é fascista). Um vício, tal como o jogo ou o álcool, mas sem cura. Perdida a esperança nos amanhãs que cantam, a esquerda cai na nostalgia dos ontens que cerram os dentes. Se os esquece, morre de tédio. Tem mais saudades do fascismo do que um ex-Pide em Auszchwitz.
Compreende-se. Esta esquerda vive cada vez menos do futuro e cada vez mais do passado. Como no verso de Kavafis, os bárbaros sempre eram uma solução.

1 comentário:

  1. Foi mau. O pobre do Alegre deu um tiro no pé com a sua Winchester cromada. Mas olha que certa direita, simétrica desta esquerda, também não dorme bem se não for embalada pelos fantasmas da esquerda, o zé dos bigodes, o mao e o robespierre, etc. E estou a falar de direita civilizada, com os seus normais viciozinhos mas com quem se convive bem, tipo Pereira Coutinho, não da troglodita.

    caramelo

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