terça-feira, 1 de julho de 2014

Há vida depois de Rubens?

De manhã, ouvi na SIC, entre a bica e o embate com a realidade, uma entrevista a António Filipe Pimentel, ilustre conimbricense, primo de alguns de nós e director do Museu Nacional de Arte Antiga. O pretexto era uma boa notícia: o MNAA registou nos primeiros seis meses deste ano mais visitantes do que em todo o ano passado. O jornalista perguntava a Pimentel porquê e ele ia dando as suas razões, sem nunca invocar a mais óbvia: a recente exposição que nos trouxe alguns Rubens, Brueghels e Lorrains do Museu do Prado. Talvez o tenha feito depois (não ouvi toda a entrevista)-
De qualquer modo, surgiu-me logo uma pergunta desmancha-prazeres. Não sendo possível ter sempre obras com esta capacidade de atrair o público, como é que as Janelas Verdes podem manter no futuro a mesma dinâmica?
Louve-se a política de intercâmbio com grandes museus da Europa, que vem de trás (embora tenha corrido mal com o Hermitage) e está a começar a dar frutos. A força de um museu, no entanto, vem da sua colecção permanente. E aí há muito por fazer. Como António Filipe Pimentel saberá melhor que ninguém.

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