sábado, 12 de abril de 2014

Mais salário mínimo

 O salário mínimo começou com isto, na Nova Zelândia, em 1894, ainda Keynes era bebé.
Vamos a Reich:

"4. A $15/hour minimum won’t result in major job losses because it would put money in the pockets of millions of low-wage workers who will spend it — thereby  giving working families and the overall economy a boost, and creating jobs. (When I was Labor Secretary in 1996 and we raised the minimum wage, business predicted millions of job losses; in fact, we had more job gains over the next four years than in any comparable period in American history".

6 comentários:

  1. noutro blog refere-se o último estágio de Kübler-Ross.
    para a psiquiatra suiça em 'on death and dying' não é fácil lidar
    com a perda, luto, tragédia como vimos sofrendo
    numa revolução social-fascista:
    negação, ira, troca fraudulenta, depressão, aceitação

    no rectângulo como dizia o Almirante Reis:
    '1/2 aceita, 1/2 borra-se'

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  2. Não FNV, não!
    Procure em casa uns livros marxistas, daqueles de divulgação da vulgata marxista, do tipo do "Tratado de economia marxista" de Ernest Mandel, ou mesmo "O Capital", por exemplo aquela tradução do francês, da Delfos, que era uma editora associada ao Partido Comunista, de capas vermelhas...

    Vai ver que encontra lá, às tantas, dois conceitos: o conceito de submissão real do trabalho ao capital e o de submissão formal do trabalho ao capital. Este salário mínimo que encontra aí, nos antípodas, está ligado a lutas operárias e sindicais, que podem ser enquadradas por estes conceitos marxistas.

    Nesses tempos, mais cedo obviamente em Inglaterra, os operários lutavam quer por um salário mínimo quer por uma limitação da jornada de trabalho como forma de diminuírem a "exploração capitalista".
    Como nesta altura, com a expansão da escolaridade, o direito de voto foi alargado a um muito maior número de pessoas, os Estados modernos começaram a ser obrigados a fazer concessões por razões eleitorais e não só. Como ao mesmo tempo, os capitalistas podiam recuperar a perda de mais-valia (conceito também ele marxista, equivalente a trabalho não pago) através do progresso técnico (que gerava aumentos de produtividade) e com recurso às economias coloniais (designadamente à mão de obra semi-escrava que trabalhava em regime de plantação) essas concessões foram feitas sem grande problema, apaziguando movimentos sociais. Foi o que lhe expliquei atrás quando disse que uma das origens do salário mínimo estava nas lutas sociais e no marxismo, enquanto seu teorizador mais conseguido).

    Outra coisa é o salário mínimo keynesiano, peça fundamental de uma política de rendimentos que efectivamente nasceu com Keynes e que nada tem a ver com o conceito de salário mínimo a que se refere.
    Desde logo porque, para os economistas pré-keynesianos, a subida de salários apenas pode provocar inflacção e, por isso, a existência de qualquer salário mínimo é sempre,à partida, de evitar.

    meu caro, não insista ... fale daquilo que conhece melhor do que os outros que o visitam, mantenha o blog interessante. Eu quando quero aprender economia não é aqui que venho, sabe...

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    1. Não faxia ideia de que o marxismo teve influuência nisto. Ainda é vivo, esse Marx?Vou à wikipédia.

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    2. Caro FNV

      Uma coisa é dizer que o marxismo não consegue explicar o mundo moderno como pretendia, por ter ignorado demasiadas coisas. Outra, completamente diferente, é ter a pretensão de conseguir compreender o mundo moderno (e agora também o pós-moderno - chame-lhe pós industrial ou o que quiser se não gostar da palavra) sem o marxismo. Não consegue!

      Uma das coisas que não consegue perceber é a questão do salário mínimo. Outra, é a questão da conflitualidade laboral e a dificuldade de estabelecer acordos de empresa de médio/longo prazo como os alemães, por exemplo, fazem!

      É por estas e por outras que deveria abster-se de meter a foice (ou já agora o martelo!) em seara alheia...

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    3. Só mais uma coisa
      Creio que, quanto ao Industrial Conciliation and Arbitration Act de 1894 se esqueceu de ler que:
      "After some 70 years of operation, the Industrial conciliation and arbitration system has become a firmly accepted – perhaps even a traditional – way of determining minimum wage rates and handling industrial disputes."

      O que quer dizer mais ou menos, por volta de 1964, altura em que Keynes estava morto quase há 20 anos.

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  3. Os marxistas têm as costas largas, os marxistas-leninistas nem tanto...

    Mais a sério, há muitas maneiras de esfolar um gato havendo vontade de o fazer http://www.ionline.pt/iopiniao/salario-minimo-outra-vez/pag/-1 .

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