sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Leiam o post do Miguel Noronha e reparem neste comentário ao dito:

"Cancelar a austeridade” siginifica exactamente isso mesmo, e nada mais para além disso, assumindo todas as consequências que isso implica (durante dois ou três anos, mais falências, fome, miséria, etc, whatever). É apenas isto que muita gente não entende…(especulo que por pouca capacidade de conceber o que é a noção de sofrimento) ".

É sempre bom haver alguém que fale claro. Ao fim do segundo ano: "estamos pior do que há dois anos", "arrastaram-nos para  a miséria",  "venderam o país", "as crianças não têm leite" etc.

1 comentário:

  1. Caro FNV,

    Eu não sei exactamente como está a situação grega, mas não é líquida a situação "après moi, le déluge" para a austeridade.

    A questão aqui acaba por ser outra: até que ponto a Europa do Norte (nomeadamente a Alemanha) está disposta a deixar cair o Sul e arcar, igualmente, com as consequências?

    Toda esta questão das dívidas inferma de má vontade por todos os lados. Faz-me lembrar - nem de propósito - a queda do IIIº Reich: com os Soviéticos à porta, discutia-se quem era ministro e quem mandava no Nada, enquanto se mexiam divisões fantasma. A Europa nunca procurou uma solução única para o problema, com (alguma) divisão de responsabilidades. Empurrou esta totalmente para o lado dos credores, esquecendo-se que quem empresta assume igualmente risco. E que é impossível endividar-mo-nos sozinhos.

    Portanto, e pegando o Syriza, a questão é se eles estão dispostos a ver se vai ou racha. Estaremos cá para ver.

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