segunda-feira, 13 de julho de 2015

Isto é abjecto, etc.

No passado dia 11, Mário Soares visitou José Sócrates na prisão, visita que justificou com  a "enorme e longa amizade" ao preso mais famoso do país. Nada a dizer, aparentemente. Acontece que Maria Barroso, a mulher de Soares, tinha morrido dois dias antes e o funeral provocou a justificada comoção de muitos, comoção partilhada por Soares. Segundo a revista VIP, um meio de comunicação decerto tão respeitável como o Correio da Manhã, "o fundador do PS, que enterrou Maria Barroso na passada quarta-feira, saiu da prisão amparado pelo seu motorista e visivelmente abatido com a perda da mulher da sua vida."
Em ano de eleições, com o PS em dificuldades e os portugueses desconfiados de Sócrates, declaro, indignado, que se exige algum recato no aproveitamento mediático de uma tragédia pessoal. Em política não vale tudo.  
 
(Ah, esperem, enganei-me... Este post era sobre a mulher do Passos. Mas onde é que eu tinha a cabeça?) 


5 comentários:

  1. Vou denunciá-lo aos Abrantes, espero que tenha seguro contra fogo!

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  2. Seguro já não tenho, mas tenho os Costas quentes.

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  3. Esta notícia já tem um tempo, mas é sempre actual. Ainda merece um comentário. Pois, era abjecto, sim. Coisa de confusão de rectas paralelas, que, se mantidas como devia ser, dão mais amplidão à própria vida, as várias esferas que nunca devem ser confundidas, o público e o provivado, claro está. Em certo momento momento até disse que é por certas separações que se pode caminhar direito, sem se cair. Mas há pessoas que caiem. Até pensava que eram certas mulheres somente mais propensas a confusões e misturas impuras, mas vá-se lá a ver.. Viva a distinção e a vida em muitos mais planos. Viva a literatura, também. Fique bem.

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  4. Fico, mas receio não ter compreendido inteiramente o seu comentário. Sou um gajo a quem faz demasiada espécie a duplicidade de critérios (por falar em rectas paralelas...).

    pp

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