Preguiça intelectual, complexo de porteira

Como de costume, os bem-pensantes  batem na Europa e albardam o terrível fardo do   homem branco-europeu. Nada a opor.  O que revela preguiça   e desejo de dar novidades como uma porteira das antigas é o desenhar de tudo isto como só explicável pelos defeitos actuais das nossas falências:

"Esta calamidade mediterrânica é suficientemente brutal para expor todas as nossas falências: diálogo estabilizador entre as duas margens, prevenção de conflitos, contributo para a sua resolução, influência na distribuição da riqueza, respeito pelos direitos humanos, integração de minorias, políticas de asilo, coordenação humanitária. Tudo isto continua miseravelmente partilhado entre os países virados para o Mediterrâneo e por todos os que, não estando nessa geografia, têm uma quota-parte nas causas e efeitos dos atuais dramas".

Nem por um instante dizem que esta migração salva pessoas e  é feita em condições muito  mais seguras e civilizadas do que a do tempo em que havia políticos a sério e "diálogo estabilizador entre as duas margens".

Basta recordar  a batalha de Marika  e do Kosovo ( a conquista da Servia pela Turquia) e  o fluxo migratório de desesperados para o sul da Hungria, onde passaram a sepultar os seus déspotas ( em Kupinovo). Por outro lado,  qualquer   resumo escolar  elucida. E sem recuar muito.