Como egoísta que sou, a solidariedade interessa-me muito.
A propaganda que descreve os críticos do Syriza como comedores de velhinhos reformados gregos é muito atraente. Quando eu era da idade minha filha mais nova, a solidariedade já me interessava. Na altura a ideia era de que o regime de terror sob o qual viviam cerca de metade dos europeus era propaganda da CIA. A solidariedade do intelectual de esquerda radical era com os tanques de Praga ou com os inspectores da Stasi.
Varoufakis também se interessa muito por solidariedade, propaganda, cultura e homogeneização. Tudo coisa boas de que também gosto de discutir.
O problema é que Goering nunca disse nada disto. A frase foi retirada de peça Schlageter, de Hanns Johst , nazi notório, e tornada famosa por um filme de propaganda americano (podem ver e ouvir ao minuto 14) da Segunda Guerra Mundial para pintar o nazi como um iletrado. Que Varoufakis tenha ido buscar um exemplo de homogeneização e propaganda para o seu artigo sobre homogeneização e propaganda só mostra como é um tipo divertido.
Já sobre isto: Borders are awful scars on the planet and the sooner we dispose of them the better. a coisa fia mais fino. A solidariedade de Varoufakis e amigos é para com os gregos reformados velhinhos ou para com o internacionalismo proletário e a revolução mundial? É que cheirou-me a mofo...
parece cena 'pernográfica' de vaso grego do séc V aC
ResponderEliminardum simposium em Atenas
Caríssimo Filipe, o que eu mais apreciei no texto foi este excerto de uma profundidade comovente até aos recessos das entranhas:
ResponderEliminar«The Roman Empire imploded when its inner core became too brittle while its borders were expanding eastward. A cultural vacuum, also known as the Middle Ages, was the result.»
Também o podíamos apodar de "Professor Anti-Picoito", mas temos de lhe perdoar porque não sabe bem o que profere: afinal, é certo que já não há Gregos desde a Queda de Constantinopla em 1453, somente Grécios ou, o que é o mesmo, Otomanos de língua grega e de religião Cristã Ortodoxa...
vácuo cultural é ele, mas a atribuição automática de inteligência e cultura à esquerdinha moderna é um facto desta vida, meu caro.
EliminarCaríssimo Filipe, em aditamento ao meu comentário anterior, não creio que Hermann Göring usasse um revólver Browning, mas sim uma pistola Lüger (isto porque os nazis sempre foram muito dados à produção nacional)...
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