quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Palmira


Paulo Mendes Pinto é coordenador do Mestrado de Ciências Religiosas na Universidade Lusófona. Há dias, publicou no seu blog as fotografias de uma visita antiga a Palmira, essa jóia arqueológica da Síria que o Estado Islâmico tem vindo a destruir. Vale a pena ver. Perante a barbárie em estado puro, as palavras faltam. De acordo com as últimas notícias, alguns dos monumentos fotografados já não existem. Para alguém que dedica a sua vida profissional a estudar o passado, como eu, a destruição consciente  do património é especialmente absurda. Nos últimos meses, tenho tentado escrever qualquer coisa sobre este crime contra a civilização e não consigo. Fiquem com as imagens e pensem, por momentos, nos homens que ergueram aquelas pedras em nome de um futuro que não sabiam tão desumano. Nem as pedras sobrevivem ao ódio. Só a nossa memória.

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