Dando de barato que num país sob resgate ( ler outra vez) a produção cultural dificilmente aumentaria, vamos então ver a treta da destruição da cultura que todo o pagaio papagueia, mais agora que o governo-sonso resolveu criar um ministério da dita:
Teatro, receita de bilheteira:
2010: 10, 5 milhões euros
2014: 10, 8
Teatro, concertos e espectáculos :
2010: 30.088 sessões
2014: 29. 666 sessões
Livros originais catalogados na BN:
2010: 8983
2014: 9782
Música e dança:
2010: 11.926 sessões
2014: 11.640
Fonte: óbvio.
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/OZe/1911/N037/N037_master/OZeN0037.PDF
ResponderEliminardiscurso de bernardino machado sobre a rep infantil
Q.E.D.
ResponderEliminarMas a coisa é indiferente, como bem sabe o meu caro!! A chamada cultura tem um problema fundamental, e evidente, de definição!! Entre o Portugal à gargalhada, do La Féria, e o esperando Godot, do Beckett, a única comum será o absurdo, eventualmente involuntário de um dos lados(note que a minha comparação pode ser infeliz e injusta)!! A subvenção de um bilhete para a Ceia dos Cardeais, do Dantas, ou para Rei Lear, não será neutra. E no entanto, e apesar de tudo, mais legítima será a do bilhete prá Ceia, pois que, e apesar de, será o mais conhecido exemplo da dramaturgia portuguesa do sec. xx.
As vanguardas devem ser, naturalmente, subvencionadas para que se ampliem a possibilidades de nascer um Brecht ou um Ibsen Portugues. Contudo, e por evidencia da escassez, devem se-lo na medida do possível e com o mais rigoroso dos critérios rigorosos!!
E nunca, jamais, ao Ministério da Cultura, caberia subsidiar as artes plásticas, tal seria incumbência do Ministério das Obras Públicas!!
Exacto, concordo, tirando o Malraux, não precisamos de ninguém.
EliminarOs exemplos que apontei, caro FNV, os primeiros que me vieram à memória, serviam um propósito. Lá, onde e quando aconteceram, representavam a vanguarda, enquanto dramaturgos (são apenas exemplos). E apontei dramaturgos. O dramaturgo trabalha. O romancista é coisa de outra natureza.
EliminarO Malraux é outra coisa. Interessa-me mais como personagem histórica. Personagem singular. O homem por detrás das letras. Soldado, publicista, crítico, ensaísta, político e, por fim, romancista.
O ego do Malraux, colossal e demasiado conspícuo, jamais lhe permitiria ser ministro apenas por 15 dias ou coisa que o valha, portanto de nada nos valeria!!