domingo, 1 de novembro de 2015

A treta do "destruíram a cultura"

Dando de barato que num país  sob resgate ( ler outra vez) a produção cultural dificilmente aumentaria, vamos então  ver a treta da destruição da cultura  que todo o pagaio papagueia, mais agora que o governo-sonso resolveu criar um ministério da dita:

Teatro, receita de bilheteira:
2010: 10, 5  milhões euros
2014:  10, 8

Teatro, concertos e espectáculos :

2010: 30.088 sessões
2014:  29. 666 sessões

Livros originais  catalogados na BN:

2010: 8983
2014:   9782

Música e dança:

2010: 11.926 sessões
2014: 11.640


Fonte: óbvio.





4 comentários:

  1. http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/OZe/1911/N037/N037_master/OZeN0037.PDF

    discurso de bernardino machado sobre a rep infantil

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  2. Q.E.D.
    Mas a coisa é indiferente, como bem sabe o meu caro!! A chamada cultura tem um problema fundamental, e evidente, de definição!! Entre o Portugal à gargalhada, do La Féria, e o esperando Godot, do Beckett, a única comum será o absurdo, eventualmente involuntário de um dos lados(note que a minha comparação pode ser infeliz e injusta)!! A subvenção de um bilhete para a Ceia dos Cardeais, do Dantas, ou para Rei Lear, não será neutra. E no entanto, e apesar de tudo, mais legítima será a do bilhete prá Ceia, pois que, e apesar de, será o mais conhecido exemplo da dramaturgia portuguesa do sec. xx.
    As vanguardas devem ser, naturalmente, subvencionadas para que se ampliem a possibilidades de nascer um Brecht ou um Ibsen Portugues. Contudo, e por evidencia da escassez, devem se-lo na medida do possível e com o mais rigoroso dos critérios rigorosos!!
    E nunca, jamais, ao Ministério da Cultura, caberia subsidiar as artes plásticas, tal seria incumbência do Ministério das Obras Públicas!!

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    1. Exacto, concordo, tirando o Malraux, não precisamos de ninguém.

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    2. Os exemplos que apontei, caro FNV, os primeiros que me vieram à memória, serviam um propósito. Lá, onde e quando aconteceram, representavam a vanguarda, enquanto dramaturgos (são apenas exemplos). E apontei dramaturgos. O dramaturgo trabalha. O romancista é coisa de outra natureza.
      O Malraux é outra coisa. Interessa-me mais como personagem histórica. Personagem singular. O homem por detrás das letras. Soldado, publicista, crítico, ensaísta, político e, por fim, romancista.
      O ego do Malraux, colossal e demasiado conspícuo, jamais lhe permitiria ser ministro apenas por 15 dias ou coisa que o valha, portanto de nada nos valeria!!

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