quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Fica para a história

Tem-se dito que este é o primeiro Governo em Portugal chefiado por um descendente de indianos e com uma ministra negra. É verdade e, como sinal, é positivo. Nada mais. Tirar daí conclusões sobre o mérito do dito Governo soa a complexo colonial, quando não a paternalismo. Mas este é também o primeiro Governo do partido que perdeu as eleições. Isso, sim, fica para a história e não tem mérito nenhum.

2 comentários:

  1. Caríssimo Pedro, o resultado inaudito da actual configuração parlamentar começou a ser construído pelo (Des)Governo Passos-Portas logo em Junho de 2011, quando desperdiçou a oportunidade única de transformar em profundidade a organização político-administrativa de Portugal, revendo a Constituição como se impunha e com o acordo do PS, minoritário na AR e colocado na defensiva; o mesmo inaudito tornou-se inevitável quando o consórcio PPD/PSD-CDS/PP-PàF não alcançou o único resultado que lhe garantiria a nova fase de «evolução na continuidade», a maioria absoluta. O PR que «tinha previsto todos os cenários», mercê dos dois discursos pós-eleitorais, deu margem temporal e gás para que o Tó Tosta sacasse a vitória das garras da derrota. Agora é aguardar as eleições presidenciais, votar Marcelo e, depois, mudar "ambas-as-duas" lideranças pàfistas.

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  2. Não me parece que os partidos(em especial aqueles que ocupam o poder há 40 anos)tenham dentro de si a capacidade de criar alternativas capazes(e com o interesse nacional em vista acima de tudo o resto)aos actuais,além claro das "fornadas" de comentadores(esses sim muito "social democratas") que falam de cátedra e criticam o sistema(mesmo que não de forma directa)e os partidos como se não fossem eles parte do sistema e dos partidos durante muitos anos.Não falemos agora dos "humoristas" a granel produzidos pelo sistema.Acho que não preciso de dizer mais para me afirmar como "muito pessimista".

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