quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A velha desordem amorosa: retomando a filosofia conjugal do Prof. Pedro Picoito



A mulher ideal:

A  mulher ideal tem de ser fabulosa na cama, mas nunca dar a entender que quer mais do que podemos dar. Também tem de exibir, recorrendo ao tarot, que que com qualquer outro homem só faria forçada e com a alegria de um papagaio morto. Isto tem a vantagem de fazer com que  mantenha a cabeça enroscada no corpo, porque alguns homens tendem a ter ideias. 

Tem de manter a linha dos trinta, mas não deve ir a ginásios, consabidas luras de procelárias que lhe passam uma mão sob o pequeno redondo enquanto a outra verifica a tensão dos glúteos. Deve sair para ir trabalhar,  ou para beber um café com as amigas,  com a vestimenta que usa para tratar as plantas. Por outro lado, deve arrear-se de forma espectacular sempre que está connosco. Isto também tende  a fazer com que conserve a cabeça junto ao corpo, pelo motivo acima exposto.

Deve saber cozinhar. Não que precisemos - ela nunca sabe fazer o que gostamos -  mas porque assim garantimos a dimensão cultural do género. Deve saber coisas interessantes. Sobre moléculas ou telomeros, nunca sobre Sade ou Kraus. Deve extasiar-se com os nossos conhecimentos tendo o cuidado  de nunca perceber à  primeira, agradecendo depois a nossa enfadada  paciência.

O homem ideal:

Qualquer um que elas saibam  poder moldar.



2 comentários:

  1. ela -adormeci nos braços de Morfeu!
    mim -esse estupor tem mais sorte do que eu!

    ResponderEliminar
  2. Que horror de idéias. Essa imagem de periquita friorenta é assassina.

    Abraço tipo Liga Europa é o que se arranja.

    ResponderEliminar