quarta-feira, 3 de junho de 2015

Surface verano (15) : aí seu teso, mostra-lhes como é

"Nenhum político que se oponha à austeridade quer propor, como alternativa, uma austeridade ainda mais violenta. Só que eu não sou político. E posso defender que, enquanto a austeridade no quadro do euro não cria um único factor que nos permita sair da crise, uma saída do euro poderia fazê-lo".

Por motivos misteriosos, esta receita, que era óptima para Portugal, agora é uma vergonha sem nome imposta à Grécia pela nazi Merckel.
Coisas de um profissional do  show bizz.

8 comentários:

  1. Não me parece, Filipe. Creio que o último parágrafo do texto do Daniel Oliveira é bem claro:
    «Não estou, pelos riscos que comporta, em condições de defender uma solução tão radical. Mas nenhum discurso coerente sobre as alternativas à austeridade pode descartar esta possibilidade; assim como nenhum discurso que queira agregar os que defendem alternativas à austeridade deve ter, na saída ou não do euro, o seu ponto de clivagem. Nem a saída do euro é a melhor solução, nem nenhuma boa solução poderá fingir que ela não venha a ser inevitável. Seria bom que ninguém se apressasse a defender o que terá um enorme custo social para os portugueses, ou a pôr de lado o que pode vir a ser a única saída.»

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    1. eu li, e discordo de si Carlos, isso que cita é o habitual "sim e não, antes pelo contrário".
      Antes está o que citei e é claro.

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    2. Sim, Filipe, trata-se de um discurso «sim e não, antes pelo contrário», e eu não disse que o subscrevo. O que digo é que, precisamente por isso, não é o discurso de um teso.

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    3. de acordo, o teso era para o texto

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    4. e faltou acrescentar que o que antes não podia ser tabu agora, para a Grécia, é tabu ( e chantagem, nazismo etc)

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  2. falta uma vítgula a seguir ao 1º tabu

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  3. A confusão é inevitável. O discurso anti-austeridade é uma contradição em si mesmo, uma fórmula retórica sem conteúdo, um slogan, uma exploração miserável das dificuldades por quem não levantou a voz contra a vertigem do endividamento, porque aquilo a que chamam austeridade não é nem uma ideologia nem uma política, mas sim a solução inevitável para manter o acesso ao mercado financeiro, evitar o colapso, impedir o ajustamento brutal ao deficit zero já! sair do euro. Os radicais que em nome da sua utopia estão dispostos a sacrificar-se até ao último eleitor grego, também o sabem, e é precisamente por o saberem que tudo fazem para impedir o sucesso do ajustamento.

    XisPto

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