Sem rodeios. Em democracia: dois resgates, a prenda UE dos anos 80-90, uma moeda nova, falência, outro resgate. Deixemos de lado o insalubre passa-culpas partidário e as orientações europeias, olhemos para as coisas como o Victor Cunha Rego olhava: são o que são. E o que são? São a estelífera capacidade dos portugueses fazer o que é necessário fazer, não o que poderiam fazer.
Quando seria suposto o apodrecimento dos anqueos sociais, quando foi desejada por alguns a revolta, os portugueses cerraram os dentes. Esta é uma qualidade de sobrevivência, um fado cravado na espinha.
O que temos de demonstrar nos anos que aí vêm é a outra qualidade que nos tem faltado: a da vivência. Se a tivéssemos, não teríamos tolerado o bafio insuportável do Estado Novo durante uns humilhantes 48 anos. Existe neste povo um alheamento da vontade positiva, uma dependência da conjunção astral de factores, do aleatório dos detalhes.
Com O'Neill, recuperemos o VC:
Em regime de Voluntariado Compulsivo
é mais fácil viver: tu acabas por ter de
de fazer não o que não queres,
mas o que queres fazer.
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