domingo, 19 de abril de 2015

Um mundo longe de mim

Ando cada vez mais pelos antigos sabores, isto não me diz nada. E não é saudosismo, estou convencido de que em breve a tendência recuperará a gentileza, a simplicidade e a verdade na cozinha: One of the pioneers, Heston Blumenthal of the Fat Duck in Bray, England, (who hates the term "molecular") is now doing updated dishes from British history at his new London restaurant named Dinner, like frumenty and salmagund.
Andar pelos antigos sabores é hoje dificílimo. Os produtos autênticos são mais raros do que um centro de jeito do Eliseu, os meus clientes ( família) estão intoxicados pela apresentação masterchef.  Fiz mão de vitela com feijão branco, fígado de vaca de cebolada à lisboeta do tempo dos makavenkos. Fiz soufflées, com as ostracizadas natas ( memória de Maigret-Simenon), e o incrivelmente  abandonado arroz de sardinha. Tachos e tabuleiros  na mesa, os aromas em migração da cozinha para a sala, a comida como ela pode ser.

2 comentários:

  1. Já somos dois, Filipe. Gosto muito de cozinhar, e não deixo os meus créditos por mãos alheias, mas nunca fiz arroz de sardinha. A minha avó fazia-o, excelente, com sardinhas salgadas. E tachos e tabuleiros na mesa é a melhor forma de servir a comida.

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