quarta-feira, 7 de maio de 2014

Voluntariado compulsivo


Sem rodeios. Em democracia: dois resgates, a prenda UE  dos anos 80-90, uma moeda nova, falência, outro resgate. Deixemos de lado o insalubre passa-culpas partidário e as orientações europeias, olhemos para as coisas como o Victor Cunha Rego olhava: são o que são. E o que são? São a estelífera capacidade dos portugueses fazer o que é necessário fazer, não o que poderiam fazer.
Quando seria suposto o apodrecimento dos anqueos sociais, quando foi desejada por alguns a revolta, os portugueses cerraram os dentes. Esta é uma qualidade de  sobrevivência, um fado cravado na espinha.
O que temos  de demonstrar nos anos que aí vêm é a outra qualidade que nos tem faltado: a da vivência. Se a tivéssemos, não teríamos tolerado  o bafio insuportável do Estado Novo durante  uns humilhantes 48 anos. Existe neste povo um alheamento da vontade positiva, uma dependência  da conjunção astral de factores, do aleatório dos detalhes.
Com O'Neill, recuperemos o  VC:

Em regime de Voluntariado Compulsivo
é mais fácil viver: tu acabas por ter de 
de fazer não o que não  queres,
mas o que queres fazer.





Sem comentários:

Enviar um comentário