segunda-feira, 14 de abril de 2014

Bon chic, bon genre


Estes são tempos de clareza. Chegou-se a este ponto para justificar a ausência da prometida sublevação nacional. 
Que a esquerda bc/bg, enclausurada em Lisboa e  atafulhada  de solicitações mediáticas,  não tem pachorra para os velhos crentes das aldeias, já sabíamos. 
Que nunca a vemos  na "província" ( alguns preferem "o interior") à porta de uma fábrica falida ou de um centro de saúde encerrado, mas sempre rodeada de jornalistas, também.
O que fica mais claro é a desesperança. Se é com este fino verniz que os mais  fracos contam,  estão condenados.

5 comentários:

  1. Cher Filipe, tu és um joão semana da psique do povo, não te ponhas com mundaneidades que não conheces. Bon chic, bon, genre, é a Isabel Jonet, não a Isabel Moreira. Esta é outra coisa, tipo musa da rive guache, aqui conhecida por esquerda caviar, ali por champagne left, etc.
    A Isabel Moreira tem razão. Ligas-te demasiado à falha de previsão de explosões populares, o teu trunfo. É uma simples questão de engenharia: não explode, implode aos poucos, ou seja, vai ruindo com um barulho surdo e sem afetar grandemente o sossego dos que estão à volta. É mesmo falta de força para manifs, ou, como se costuma dizer na "provincia", "para quê? que adianta?"

    caramelo

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  2. Interpretação psicogeográfica da motivação dos povos ou como os brasileiros são geneticamente diferentes de nós.
    Não te sabia um racialista.

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    1. Eu sei lá o que responder a isto… Mas que racialista?. Isto é um fenómeno comum, património da humanidade: A malta quando empobrece, ocupa o tempo a fazer pela vida. No Brasil aconteceu um fenómeno inverso muito interessante: a malta, logo que enriqueceu, começou a revoltar-se porque quer mais. Estás ver o zé carioca? Vivia num barraco sem água e luz e passava o tempo a tocar pandeiro e a arranjar esquemas com o Nestor para arranjar uns trocos, não andava a incendiar ônibus.

      caramelo

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    2. hummm.... o Zé Carioca. Tou vendo....

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  3. Muito agradecido pela referência a esta piada. Ainda não chegou ao limite da Maria de Belém, mas um pouco mais de treino e lá chegará:
    “As manifestações mais impressionantes que eu tenho assistido no país são aquelas, silenciosas e anónimas, das mães que matam filhos e se matam a seguir”

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