"De facto, para atingir as metas de redução do défice para 3% do PIB em 2012 e para 2% do PIB em 2013 (...)"
Isto sim, seria um governo de esquerda: 2% e logo em 2013. Como? Cortando na gasolina dos carros ministeriais e descobrindo petróleo no Beato e gás natural na Buraca.
Imagino os capitães de Abril, Soares, Pacheco Pereira, Louçã, Capucho e Freitas do Amaral a festejar os 40 anos da Revolução, de barretina na cabeça, assistindo orgulhosos ao desfile das forças em parada no Largo do Carmo.
De facto até poderia ter continuado a citação: "De notar que o principal esforço de consolidação continuará, em 2012 e 2013, a ser feito através da redução da despesa pública, com medidas que representam cerca de 2,4 p.p. do PIB.". Qual é o interesse desta citação que faço agora? É que estes 2,4 pp do PIB não são mais nem menos que os célebres 4 mil milhões de despesa pública adicional que era (e é, na verdade) necessário cortar, só que aqui aparecem disfarçados.
ResponderEliminarA mistificação sobre o PEC IV só é ultrapassada pela jogada genial do famoso défice de 6,83 que permitiu a Sócrates, no seu primeiro ano de Governo (muito antes da crise), aumentar o défice de 4,5 (em 2004) para 6 (em 2005), dizendo que tinha baixado o défice por ter estabelecido como critério de comparação um défice de 6,83 calculado pelo Banco de Portugal para o futuro, mas que nunca existiu na realidade.
henrique pereira dos santos