quarta-feira, 9 de abril de 2014

Ficção política ( II)


Para qualquer pessoa normal são claras duas coisas:
a)  O PSD e o CDS-PP aproveitaram o governo minoritário de Sócrates e a sucessão de PEC's  para conseguir governar, prometendo um cesto de falsidades. Uma vez  no governo, só poderiam  romper com as promessas feitas dada a situação financeira do país.
b) A extrema- esquerda ( PCP, Bloco) e os snipers mediáticos, de vários quadrantes,  ajudaram  à festa da  direita  e agora choram lágrimas de crocodilo ( mito  criado por Bartolomeu Angélico, pois como se sabe as lágrimas são secrecões largadas  pela membrana nictitante quando o bicho está muito tempo  ao sol,  para lubrificar a retina).

A actual ficção deriva da anterior. Como se lembram, no tempo de Sócrates foram montados  e produzidos dois filmes ( recordo que António Barreto admitia, relutante, não ter a certeza se Sócrates era fascista):
1) O  Freeport.
2) A asfixia democrática.

Aqui chegados, mais duas ficções foram criadas: a sublevação nacional e o "há alternativas". A primeira ficou no tinteiro, a segunda era evidente para todo o bem-pensante que não fosse um reles empreendedor sem leituras  de Tácito. Em 2014 verificámos, afinal , que as famosas  alternativas ( 34536377 formas diferentes de aplicar a austeridade)  se resumiam  à reestruturação da dívida, coisa que o PCP e o Bloco defendem  desde  2011.

A máquina agora  acalmou, porque em tempo de eleições não há ficção, só promessas. Mesmo assim, já faz o seu caminho uma curta-metragem de nome "A culpa é dos jornalistas", realizada por ex-maoístas e ex-trotsquistas, velhos mágicos destas andanças.













1 comentário:

  1. todos esquecem a ribeira belga de La Lys.

    nesta revolução social-fascista existe principalmente
    'fricção política'

    a minha burra coçava-se nos trocos da àrvores
    o MONSTRO coça a pulguinha enquanto limpa a carteira dos contribuintes

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