segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Diário de um cínico

No Egipto, Mubarak foi ilibado pelo tribunal das acusações que pendiam sobre ele desde o triunfo da revolução. Talvez não haja melhor símbolo do fim da Primavera Árabe, pelo menos no Cairo. É como se a África do Sul, depois de acabar com o apartheid, voltasse a prender Mandela. Os profetas da via islâmica para o liberalismo mostraram o mais completo desconhecimento das sociedades árabes. E a indiferença com que esta notícia foi recebida confirma a minha velha suspeita: para os profetas, as revoluções são muito giras durante três meses, mas depois tornam-se um bocadinho cansativas.

1 comentário:

  1. Parece-me que tudo o que possa por em perigo a estabilidade de Israel, recebe uma atenção especial do DDT da zona. Veja-se a Siria como a destruição criminosa do país se faz com os pruridos da comunidade anglosaxonica a "condenar" duma forma contida.
    O Egipto era previsível que quando pusesse em causa o aliado Mubarak e seita tinhamos o caldo entornado. - e tivemos sem contemplações com "legalidades" democraticas.

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