Comecei a trabalhar com testes psicológicos em França, em 1989, dirigi o gabinete de testes psicotécnicos do Centro de Selecção e Recutamento da Região Militar Centro, em 1993, ao longo de vinte e cinco anos como psicólogo usei muitas vezes testes projectivos. Tenho obrigação de ter uma opinião razoável e fundada sobre a segurança que estes instrumentos podem fornecer para prevenir incidentes como o dos Alpes: nenhuma.
A palavra um famoso não-kamikaze:
Haruo Araki comandou a Unidade do Ar Eterno. Em 1945, escreveu à sua mulher Shigeko: Amanhã esmagarei o meu avião contra um navio inimigo, atravessarei o rio para outro mundo. Agora sei que fui frio e cruel para contigo. Por favor desculpa-me.
Nenhuma bateria de testes pode detectar a vontade de morrer. Arrastando centenas de pessoas nessa morte, ainda menos. O piloto do avião dos Alpes, como o outro que se despenhou na Namíbia, ao contrário dos kamikazes e de um suicida comum, não quis apenas morrer por uma causa ou suicidar-se.
Tanto quanto podemos supor, estas pessoas são incapazes de elaborar o desejo de morte, por isso este aparece de repente, impulsivo e despersonalizado. O homem era tratado há anos, o seu terapeuta conhecia-o bem e não detectou nada.
Um canalha piloto está na RTP a explicar que os colegas são sujeitos a muito stress e que o piloto dos Alpes quis punir a companhia ( e cento e tal pessoas). I rest my case.
Um canalha piloto está na RTP a explicar que os colegas são sujeitos a muito stress e que o piloto dos Alpes quis punir a companhia ( e cento e tal pessoas). I rest my case.
Já nem se pode dizer que será preguiça (aquela tirada do marxismo recauchutado pret à porter. Sempre à mão). É, verdadeiramente, indigência moral!! (refiro-me ao piloto da dialéctica)
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