Estou-me nas tintas para o que diz a ministra, mas não me estou nas tintas para a campanha. A taxa de reincidentes condenados não me diz nada sobre a taxa de reincidência dos comportamentos ( tive essa experiência em anos de trabalho com drogados, inclusive na cadeia de Coimbra).Temos casos de crianças que foram abusadas durante anos ( quando recomeçou o criminoso?) , temos casos de crianças cujo abuso foi abafado ( conheço profissionalmente duas situações dessas, uma com um deficente). Este maravilhoso mundo é sub-espectacular, como podemos constatar nos caso que envolvem sacerdotes.
Ainda assim, 18% de condenações de indíviduos que repetiram a coisa continua a ser um número alto, uma vez que estamos a falar de crianças, mas isto parece ser pouco importante. Também importante era saber como chegaram a estes dados os serviços prisionais, que estão em pé de guerra com o governo ( ninguém é parvo): em 2012 ninguém sabia, agora sabe-se. Muito conveniente.
Depois, como escrevia Fernanda Câncio ( ao abuso sexual de menores acrescento o de crianças):
E continuam a existir muitos casos "não percepcionados", mas o que me incomoda não são as preocupações, legítimas, relativamente à lei em discussão, embora em Inglaterra ela exista e seria bom estudar o exemplo. O que me incomoda é a ideia lenta, segura, tenaz, que se vai espraiando: a pedofilia é apenas uma orientação sexual. Um pedófilo que não molestou ( não sabemos se o fará) uma criança, mas que tenha em casa centenas de ficheiros de bebés violados, alimenta apenas uma indústria de "orientação sexual"? Pois.
Felizmente o erro, grave, foi corrigido a tempo Filipe.
ResponderEliminarSim, Ana, mas quase meio ano depois...
EliminarDesde que a ministra da justiça fez algo para conter o fenómeno da pedofilia a comunicação social, que temos, passou a tratar os pedófilos como vitimas do governo, e por este andar ainda hão-de condenar os abusados.
ResponderEliminarA ministra tem feito muitas asneiras ( ser desmentida pelo autor do livro que cita é deprimente), é tudo feito à pressa e em cima do joelho.
EliminarUm absurdo descabelado e inútil! Demasiado amplo, quase leviano. Zelando, potencialmente, interesses que não encontram a mínima justificação ponderada. A coisa poderia ter sido desenhada apenas e exclusivamente para acesso a estabelecimentos de ensino (e outros que prestem serviços a menores ou incapazes), aquando da contratação de trabalhadores (ao interessado em concorrer ser-lhe-ia exigido um determinado certificado negativo ou outro mecanismo equivalente - Uma espécie de especial tutela na proibição de acesso a profissões ou actividades.). Estou em crer que este seria pacífico, atendendo aos interesses e direitos em conflito, e corresponde a receios fundados da comunidade que carecem de especial cautela capaz de justificar tal exigência ou restrição.
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