Tem explicações a dar sobre quatro mil euros. Se ao menos fosse sobre um RERTde quarenta milhões suiços, vá lá. Assim é mesmo pindérico.
Seja como for, vou deixar de pagar as minhas contribuições durante uns anos: afinal há que repartir os sacrifícios e não quero deixar o PM sozinho na tarefa.
Há uns sete anos, entreguei a minha declaração de IRS por via electrónica dois minutos depois do fim do prazo. Como foi aceite, pensei que estava tudo bem. Uns meses depois, um funcionário dos Recursos Humanos entra no meu gabinete e, muito aflito, dispara: «Dr. Carlos, chegou uma ordem de penhora de parte do seu vencimento». Fui de imediato ao Portal das Finanças na Internet e confirmei: uma multa pelo atraso na entrega da declaração de cerca de 75 euros. Paguei de imediato o valor por transferência bancária, livrei-me da penhora, mas ninguém me livrou do burburinho na empresa durante umas semanas. Não que eu tenha ligado muito, mas não foi particularmente agradável. Reclamei do procedimento e disseram-me que me tinham notificado uns tempos antes por carta simples, mas que provavelmente esta se havia extraviado. Moral da história: é melhor desleixarmos as contribuições para a segurança social do que os impostos.
ResponderEliminare eu tive de pagar retroactivamente, no tempo do Cavaco, e depois no plano Mateus. Sou um veterano, Carlos.
EliminarFilipe, entretanto, li isto e quase me borrei de tanto rir: «Em comunicado, o primeiro-ministro revela que tencionava regularizar a situação depois de terminar o mandato, mas antecipou o pagamento na sequência da investigação jornalística do Público.» É inenarrável.
ResponderEliminar[http://observador.pt/2015/03/02/ex-diretor-da-seguranca-social-acusa-passos-coelho-de-evasao-contributiva]