sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Bergogliamente falando

Está certo. As ofensas  não são só cartoons, os socos variam.

8 comentários:

  1. Estou farto de ouvir o Paulo Portas e o CDS, o Passos Coelho, o Machete e o PSD a falar sobre a matança que o Boko Haram anda a lançar na Nigéria.

    "I was one of the first western reporters to cover Boko Haram in Nigeria in 2011 (here’s my Foreign Policy report on the origins of the group). Since then, I’ve covered extremism across Africa, most recently in Kenya, where I met with members of al Shabaab, an al Qaeda affiliated group that recently pulled off a high-profile attack on a mall in Nairobi, killing some 68 people.

    Al Shabaab and Boko Haram are much less organized than the first generation of al Qaeda, which showed itself capable of striking spectacular attacks like 9/11.

    Al Qaeda 2.0 is different; while the leaders of the groups are radical Islamists, many of the foot soldiers in these groups are opportunistic young men and women desperate for jobs and any semblance of a better future.

    Terrorism is now a local business, with international implications.

    The fact that these young warriors are desperate is not a reason to dismiss their actions; quite the contrary. It’s what fuels their violence and makes them even more formidable. As the saying goes, when you’ve got nothing you’ve got nothing to lose.

    This campaign of violence waged by Boko Haram has persisted over the last two years. The same can be said of the actions of al Shabaab in Somalia and Kenya. The Westgate mall attack was the group’s biggest ‘success’ lately, but it’s been terrorizing east Africa for years."

    http://www.humanosphere.org/world-politics/2014/05/boko-haram-al-shabaab-and-al-qaeda-2-0-islamic-extremism-in-africa/

    "According to the late Prof Sabo Bako of Ahmadu Bello University, the 1980s "forerunner" to Boko Haram was the Maitatsine sect in northern Nigeria, whose members included many victims of ecological disasters leaving them in "a chaotic state of absolute poverty and social dislocation in search of food, water, shelter, jobs, and means of livelihood."

    http://www.theguardian.com/environment/earth-insight/2014/may/09/behind-rise-nigeria-boko-haram-climate-disaster-peak-oil-depletion

    João.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O que é que o PSD e o Passos Coelho têm a ver com isto e com os meus textos? Vais voltar para o limbo para recuperar.
      Aos leitores:
      Esse artigo de 2009 foi bem malhado já, o Guardian até se retratou:
      http://nadaodispoeaac.blogspot.pt/2014/07/boko-haram-2012.html

      Eliminar
    2. Já agora, uma vez que você está a esclarecer os seus leitores convinha não os induzir em erro: os artigos que eu linkei são de 2014 e não de 2009.

      João.

      Eliminar

  2. O seu blog tem uma história e tem uma inclinação. Por várias vezes você utiliza estas notícias para atacar a esquerda que diz não dar tanto relevo a estas questões como a outras, eu apenas lembrei que isso é assim como você diz, ao contrário da direita que se farta de falar nisso, a começar por Passos Coelho e Paulo Portas.

    Você portanto acha que os líderes do Boko Haram, que o artigo diz serem radicais islâmicos, ao contrário dos "foot soldiers" que diz o artigo são acima de tudo recrutados de populações miseráveis, aceitariam alguma vez admitir que o que o que move os seus recrutas é a pobreza e o oportunismo e não a glória de Allah?

    Quanto ao limbo ele era (já foi abolido) só para não-batizados. Eu não me qualifico.

    João.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. pronto, estás absolvido .
      Um dia recordarei aqui esse argumento da pobreza: a propósito do estado popular socialista ( 1932-1936) de ...Hitler.

      Eliminar
    2. Parece ser consensual que as condições na Alemanha pós I Guerra - i.e. dívida impagável mas para pagar e consequente expansão da pobreza extrema e do desemprego na Alemanha - foram um dos móbiles que muito serviram a ascensão de Hitler e os nazis.

      João.

      PS: É interessante também que se saiba que mesmo derrotada numa guerra e em face de credores que eram os vencedores a Alemanha nunca deixou de tentar renegociar, enfim, de fazer com mais intensidade até o que a Grécia agora pede para a sua dívida, com a excepção que a Grécia não lançou uma guerra mundial.

      A minha fonte para o post scriptum é - http://www.amazon.com/Lords-Finance-Bankers-Broke-World/dp/0143116800 - que até li duas vezes. Não é o tema do livro mas o livro passa pelo tema, até porque um dos banqueiros centrais que refere o livro acabou por ser banqueiro central de Hitler, julgo que o primeiro se a memória não me falha.

      João.

      Eliminar
    3. ná ná ná...não só a doença ( tem razão), mas o método...
      bem, e depois o link entre ambas, terrível no caso do nacional-nacionalismo.
      lá iremos

      Eliminar
  3. Só para que fique claro.

    Não defendo a desresponsabilização dos que se alistam e aceitam matar e raptar só porque são pobres do que se trata é da questão: "o que fazer". Aí ou se aceita que há um factor económico importante e tenta-se agir na direcção da cura ou recuperação dessas feridas ou não se aceita e age-se apenas militarmente.

    Cada um toma a sua decisão e apoia as políticas que mais se adequam ao seu pensamento.

    Para mim, de um lado, considero a necessidade de acção militar e repressora da violência do Boko Haram e de outro, a ser verdade esta dimensão da pobreza no estímulo ao recrutamento, a necessidade de intervir a nível político e económico nas bases de recrutamento do terrorismo.

    João.

    ResponderEliminar