segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Pois é

“Globalmente, [no período 1999-2004] o custo social
da toxicodependência registou uma diminuição
de 11 %, a qual se deveu sobretudo à diminuição do
custo social (direto e indireto) das consequências da
toxicodependência (hepatites, infeção por VIH, morte
prematura) e também à diminuição dos custos (diretos)
associados à presença de infratores da lei da droga na
prisão”, o que sugere que “de entre todos os elementos
da Estratégia Nacional de Luta Contra a Droga, as
políticas de redução de danos, por uma lado, e, por
outro, a descriminalização do consumo, ao retirar a natureza
criminal [...] terão tido um papel preponderante
na redução do custo social da toxicodependência”.
(Gonçalves, 2011)



Adivinhem quem foi o estratega.

1 comentário:

  1. Meu caro acho que já tínhamos frisado isto. O plano, que correspondia já a um consenso mais ou menos alargado. Em 1995 era já parte do programa e promessa eleitoral do PS. A lei era há muito espectável no sistema de justiça. Mas só teve início em 2000, era Guterres 1º Ministro e Sócrates Ministro do Ambiente (As políticas de redução de danos começaram, relutantemente, muito antes. Lembremos a troca de seringas etc...) Reconheça-se, então, a Sócrates, a coragem de, não esquecendo, a avançar em conselho de ministros (não podemos esquecer que era, então, uma das grandes bandeiras do BE que crescia, à época, acossando alguma esquerda do PS. A coisa não foi inocente do ponto de vista da aritmética eleitoral e à necessidade de aplacar a esquerda uma vez que a direita (exceptuando os mais conservadores de costumes) se sentia confortável, quase em casa, com Guterres. Contudo, e uma vez que a coisa não era consensual entre os católicos de Guterres, será de enaltecer a coragem de Sócrates (teve o mérito de esvaziar, ou expor ao vazio, o BE, à época e desde então).
    Depois disso, e apesar de alguma tímida resistência, especialmente do CDS, o consenso não foi rompido. Barroso, Santana, Sócrates e Passos.

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