Nem de propósito. Umas das minhas leituras deste óptimo e fresco Agosto que está a acabar foi de um dos meus heróis. Exceptuando alguns escritos argelinos e algumas entrevistas, só tinha lido os romances. Ataquei agora as Reflexões sobre a Guilhotina e a Cartas a um Amigo Alemão, Ed. Folio, ( ambos fabulosos) . Camus adorava futebol.
O futebol, como a religião, é inimigo das bestas pomposas e alucinadas que nos pretendem orientar. Não é por acaso que usam a corruptela, substituindo a religião pela bola, de Marx ( que nem é exacta, será mais no sentido de alívio): o futebol é o ópio do povo. O futebol é uma das manifestações primitivas, anteriores à pulsão jacobina que pretende construir de raiz cada porta, cada rua, cada aldeia, cada sociedade: são selvagens no coração, civilizadas na forma. Pode ser igualmente brutal e manipulativo, mas não é artificioso.
Hoje esqueço o pó ao Zé Broncas e ao Luís dos Pneus e celebrarei cada golo como se de um filho se tratasse. Por acaso quando um deles nasceu estava a ver o Benfica x Lokomotiv, com o Ovchinikov à baliza dos russos, e só interrompi para saber se estava tudo bem.
nomes franceses interessantes:
ResponderEliminarCamus=nariz achatado
Cresson=agrião, nome duma ministra da agricultura no tempo do vidraceiro
Ronces= o Silva do vale de Rolando
Um abraço tipo Saarrtur
ResponderEliminarenfim, depois era eu que embirrava ( e o gajo faz várias por jogo)
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