Grande parte da raiva contra Seguro, expelida pelo arraial - socraticos e Aula Magna -, é da mesma natureza da expelida contra Cavaco. Se repararem bem, são as mesmas pessoas, nas mesmas tribunas e a mesma premissa inicial: Seguro e Cavaco facilitam a vida ao governo.
O arraial começou a assestar baterias na dupla Seguro/Cavaco só depois do esvaziamento do momentum das manifs. A ideia era simples: este governo não podia governar. E não me venham a com história da política de austeridade para enganar tolinhos: os socráticos entenderam sempre que este governo é usurpador da grande sucessão de PEC's, os Aula Magna, como Soares e Pacheco Pereira, descrevem o PSD como uma comandita mafiosa.
O arraial assegurou sempre que este governo não iria, não poderia chegar ao fim da legislatura. Por isso é que nunca se incomodaram em apresentar alternativas e odiaram tanto que os interpelassem sobre as tais alternativas. O importante, sob a capa do patriotismo de lágrima fácil, foi sempre assegurar o fracasso de Passos e Portas.
Quando Seguro tenta fazer diferente, é desprezado e tratado como o Forrest Gump da política portuguesa ( "o tolo que deu a mão ao governo"). Prevalece o sentimento de casta, o mesmo que, in illo tempore, desprezou Cavaco.
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