quarta-feira, 26 de novembro de 2014

No caminho de Damasco

O caso Sócrates tem pelo menos um mérito: gerou conversões extraordinárias. Portas converteu-se ao silêncio, Jardim aos direitos humanos e os socialistas à presunção de inocência.
Deve ser isto a tal mudança de regime.

5 comentários:

  1. Tiro de Winnchester.450 model african

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  2. A ler: "É altura de nos curarmos de vez do socratismo" de José Manuel Fernandes no Observador

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  3. Mudança de regime? Ora, mudança de regime, aliás, de planeta, seria ver alguém de um partido acusar um seu camarada. Quem tem de ser aqui equilibrado são os tribunais. É por isso que grave, grave mesmo, são as fugas do segredo de justiça, seja contra quem for, ou a demora nas investigações em curso ou fora dele, prescrições, etc. Eu acho que o sistema está assim feito desde que se reuniram três tipos no paleolítico e um druida e está muito bem. É por isso que a Ana Gomes, por exemplo, parecendo que não, presta-nos a todos um favor. Não vale a pena tentar embaraçar os pobres dos socialistas com esse dilema, que isso acaba por tornar-se embaraçoso para toda a gente. Um bocado de civilidade, se faz favor.
    Nisto, acho que o Passos tem sorte. O seu papel no caso tecnoforma, até ver e adeus ó vai-te embora, nem sequer se qualifica como crime. Alguém sabe que crime é que pratica um voluntário de acionar portas giratórias? Se recebeu algum, terá sido tão pouco que tentar saber isso seria o mesmo que perguntar agora a alguém quantas moedas lhe deu a madrinha há trinta anos. Quando muito, pode é ser acusado de ter cometido o pecado do orgulho e levar lá em cima um raspanete. É por isso que pode ir repetindo que os políticos não são todos iguais, que a gente acredita. Não no sentido de que se comete menos desonestidades ou ilegalidades, mas no sentido de que se é, efetiva e qualitativamente, diferente.

    caramelo

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