sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Soares de Passos/ Coleridge

Soares de Passos, o psicólogo subtil, como cravou Jacinto do Prado Coelho, é um dos meus ultra-românticos preferidos . Clare, Blake, Coleridge, são brittish e toda a gente  os cita uma vez ou outra. Soares de Passos nasceu no Porto e o pai Custódio tinha uma drogaria na Praça Nova. Vidas.
Este verso faz lembrar Ruy Belo e ficamos boquiabertos com a simplicidade do sol a fazer companhia aos mortos:

E o sol, ao descair, lá no ocidente,
Quão belo lhe fulgura
Nas campas solitárias.

Bem, juntemos-lhe então uns  versos de Coleridge retirados de  de Human Life. O poema é lido muitas vezes como a defesa da imortalidade. Cá para mim é a assinatura de um estóico ( atenção ao último):

Be sad ! be glad ! be neither ! seek, or shun
Thou hast no reason why ! Thou canst have none ;
Thy being’s being is contradiction.

1 comentário:

  1. com música de 'fui ao jardim da celestre'

    'vai alta a lua
    na mansão da morte,
    já meia noite com vagar soou'

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