terça-feira, 11 de novembro de 2014

As grandes mentiras da civilização ( 9)


" O poder corrompe"
O  resto da ladainha de Lord Acton vai no mesmo patim. Gosto desta religiosidade. O poder é uma entidade maléfica, um vírus,  um mafarrico que nos cai em cima. Desvirtua-nos, nós que somos tão bonzinhos e justos. Excepto quando expostos à infecção.
O avião que arrasou Hiroshima deveu o seu nome à mãe do comandante. A senhora respondia, antes de se casar , pelo nome de  Enola Gay Haggard. O general Arnold disse ao piloto, Paul Tibbets, que se tivesse exito seria considerado um herói.


2 comentários:

  1. O poder é como o dinheiro: nenhum deles, por si mesmo, corrompe/compra ninguém. As pessoas é que se podem deixar corromper/comprar. Dizer o contrário é negar a nossa capacidade de optar, de decidir, i.e., é uma forma de nos desresponsabilizar.
    Nos últimos dias, tenho lido muito essa expressão a propósito de Xanana Gusmão. No fundo, creio que é também uma questão de não dar o braço a torcer. As pessoas que o idolatraram não assumem que talvez se tenham enganado, preferindo dizer algo ligeiramente diferente: ele foi transformado (pelo poder). Parecem esquecer que há quem o não tenha sido (como Mandela, a quem comparavam Xanana sem qualquer sentido das proporções).

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