quinta-feira, 27 de novembro de 2014

The Goldwater Rule

Na estrita observância da regra ( tem graça porque  não foi aplicada a Nixon, sobre o qual os psicanalistas e psiquiatras americanos  escreveram toneladas de disparates), tenho uma perguntinha, uma resposta e uma conclusão sobre o affair Sócrates:
É possível um líder político  roubar milhões durante anos  e não se pôr ao fresco assim que sai da cena política, em vez de  regressar ao debate político e ter um programa semanal na televisão?
Resposta: ( continuando na estrita observãncia da regra): Não, a menos  que seja  essencialmente um maníaco com laivos de  psicopatia. Kennedy, Bismarck, Lincoln, Sá Carneiro e muitos outros aparentavam, e nalguns casos o diagnóstico foi confirmado, acentuada ciclotimia. O problema aqui é o traço picopático. Ele é que explicaria a ausência de ressonância moral e social dos actos: o psicopata estabelece uma realidade paralela.
Como Sócrates nunca deu indicação  de ser um maníaco psicopata, concluo que isto vai acabar mal, mas, lá está, existe a Goldwater Rule...

21 comentários:

  1. Subscrevo a dúvida. Ou seja, não concluo (ainda) como o Filipe avança desde já. Em vez da mania-psicopara, um narcisismo ferido talvez possa também explicar "o regresso" (alguma vez chegou a partir?). Quanto a sinais pode por exemplo começar-se por aqui: http://www.youtube.com/watch?v=rREvupGUJ0M.

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    1. ???? aquilo é sinal de quê?? simples argumentação. Aliás repare na body language: as mãos em concha, sinal de apaziguamento.

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    2. e obrigado à mesma pela contribuição, Carlos

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  2. Fugir protegia-o de que forma? Não creio, daria no mesmo. Ele poderia sentir-se sim muito confortável...muito protegido. De qualquer forma, e não sou psicólogo (corrija-me), um dos traços mais evidentes da personagem é o narcisismo (e o gosto pela pancada), não conseguir estar muito tempo longe dos holofotes - isso explica o regresso. Aliás desconfio que o senhor engenheiro estará até satisfeito com toda esta situação, mais uma vez é ele o centro das atenções

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  3. Não faço quaisquer diagnósticos clínicos, mas se há coisa que, há anos, não é de agora, disse-o e escrevi-o muito antes deles ser primeiro-ministro, me parece caracterizar bem Sócrates é o seu total desprezo pela distinção entre bem e mal. Não sei se porque não reconhece essas categorias morais, se porque, reconhecendo-as, lhe são indiferentes.
    Pergunte a qualquer pessoa que tenha trabalhado não muito longe dele, tirando, naturalmente, a corte a quem ele sempre exigiu absoluta fidelidade.

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    1. Não, só você: a regra é para diagnósticos sem conhecer o paciente.
      Diser que fulano não deu indicação d e ser doido, por ex, você, aqui, não a deu, não é violar a regra Goldwater.
      Mas suponho que não é isto que lhe interessa.

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    2. Portanto nao vale para diagnósticos a contrario, certo?
      Em qq caso a questao nao me interessa particularmente. Nem a outra.
      Acabaram-se-me as palavras cruzadas.

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    3. vc não ter dado aqui nenhuma indicação de ser doido é "um diagnóstico a contrario" eheheheheheh....
      leva a bicicleta, pá ....

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    4. Não. Já, "nunca deu indicação de ser um maníaco psicopata", é.
      "Sendo assim, bou de comboio."

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    5. não fazesa menor ideia do que é um diagnóstico
      boa viagem

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    6. Sim, mas isso estava estabelecido à partida. Estava só a meter-me consigo. Talvez me tenha esticado.

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  5. O vídeo que um meu xará deixou mais acima, em que Sócrates responde a um empresário, até me parece um exemplo de Sócrates no seu mais moderado (não falo do conteúdo, mas da forma).
    Uma pergunta ao Filipe (e que é independente deste vídeo e de Sócrates): qual é a fiabilidade que atribui à linguagem corporal, sobretudo numa altura em que se frequentam workshops para aprender a dominá-la? Evidentemente que, salvo casos muito excepcionais, não será possível fazê-lo (dominá-la) se não se tiver controlo sobre determinadas variáveis, mas creio que compreende onde quero chegar.

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    1. Compreendo, Carlos, mas na situação do vídeo a tensão era grande, arrastou-se.
      Seja como for o homem não indica nada d eespecial nele.

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    2. Filipe, mesmo não percebendo nada do assunto, nunca me passou pela cabeça que ele tivesse algum problema do foro psiquiátrico.
      Há pouco mais de um ano, quando ele deu uma entrevista ao Expresso, tentei arrumar as minha próprias ideias em relação a ele. Se me permite, é isto: http://thecatscats.blogspot.co.uk/2013/10/jose-socrates-e-politica.html.

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