Em Mosul, no norte do Iraque, o ISIL impôs aos cristãos um ultimato: ou se convertem ao Islão ou vão embora. E marcou as suas casas com este símbolo, a letra "nun", inicial de "nazareno", nome pelo qual os cristãos são designados pelos árabes. Em consequência, as notícias dão conta de que já não há cristãos em Mosul. Vale a pena lembrar que esta comunidade, de rito caldeu, remonta oas primeiros tempos da história da Igreja. É uma das mais antigas do mundo, mais antiga do que a maioria das comunidades cristãs da Europa, incluindo as da Península Ibérica.
A alguns, muito justamente, a prática dos novos senhores de Mosul fez-lhes lembrar o que os nazis faziam nos anos 30, quando marcavam com uma estrela de David os judeus, as suas casas e as suas lojas. A mim, fez-me lembrar a alternativa entre conversão ou expulsão que os Reis Católicos, em Espanha, e D. Manuel I, em Portugal, impuseram aos seus antepassados. Cortesia do Sr. Bush e dos idealistas de sofá, o Médio Oriente está a recuar séculos.
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