Não entusiasma, não promete em excesso ( salvo aquela coisa dos tribunais , que morrerá de morte matada), o secretário-geral toca ferrinhos ( um crime, devia ter posto um burro a correr contra um Ferrari) etc. Sim, mas.
Esta maioria está esgotada, como estaria qualquer outra em circunstâncias idênticas. Ainda por cima, contém uma jolda de peralvilhos ( que afinal não se piraram) satsifeitíssimos com o rumo da coisa.
Resta a extrema-esquerda, o PCP , os costistas-socráticos e os snipers. A extrema-esquerda só conta para os media lisboetas, o PCP é o mesmo desde o pacto Molotov-Ribbentrop. Os costistas-socráticos são quase iguais ao PS de Seguro, é verdade, mas com uma diferença: se Costa ganhar o partido, deixa logo de querer fazer tremer as permas dos banqueiros alemães e assistiremos a um remake da guerra surda Metternich-Kolowrat. Restam os snipers, cujo discurso ( a meias com a extrema-esquerda) ampliado pelos media merece um parágrafo.
O PS de Seguro garante o menor dos males. Uma política alinhada com as exigências do Staatsrat europeu, mas calibrada com justiça social para um país pobre : pequeno, sem recursos naturais e envelhecido. É triste, mas é a realidade e é nela, ou, melhor, debaixo dela, que floresce o discurso dos snipers e da extrema esquerda. Todos o conhecemos: saída do Euro, reestruturação da dívida, nacionalizações. isto nos plateaus das TV's ou nas colunas do Expresso e do Publico é excelente e os basbaques aplaudem. O problema é que, seja por motivos pornograficamente pessoais, seja por fidelidade a ideologias do século XIX ( do tempo em que nem rádio havia) , a sua aplicação levaria à desintegração do país que juram, com lágrimas nos olhos, defender. A boa notícia é que a maioria desta stasis é puramente táctica.
O PS de Seguro não tem carisma nem panache. Pois não. Manuela Ferreia leite também não tinha nem um nem o outro. Excitações e ódios ficam para os vícios maoístas ou para os adolescentes dos festivais pop. O que quero é gente que cumpra a obrigação que Roosevelt dizia ser a primeira de todos os políticos: evitar fazer mal às pessoas.
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