Filipe, fico desiludido com a sua adesão a esta demagogia. Não é que o título não tenha factos verdadeiros, mas omite que nos anos anteriores foram exactamente estes salários que mais perderam.
Que mais perderam relativamente a quê, Henrique? Que raio de repartiçao de sacrifícios é essa: o de 5000 passou a 4500 mas o de 600 passou 500 ou 450? E mais: isto significa que a crise acabou ou destina-se , não me faça rodopiar, a corrigir uma "injustiça de anos anteriores" para com os quadros de topo como os da PT:..)?
Deve ser mesmo uma questão de produtividade! Os gestores são extremamente produtivos, uns sininhos!! Os outros, a proleta e quejandos, são uma chusma de madraços!!
Filipe, que mais perderam percentualmente, que não é o caso do seu exemplo (mudar de 5000 para 4500 é perder 10%, o que significaria, para o de 600, passar para 540). Repare que não estou a comentar a desigualdade no mundo, estou apenas a dizer que o mesmo estudo tem os valores para o ano anterior (que não é o ano em que o topo das empresas perdeu mais) e o facto é que percentualmente perderam mais. Se me disser que os membros do conselho de administração do BPI têm mais capacidade para perder os 50% de remuneração que perderam que os de 600 perderem 5%, estarei provavelmente de acordo consigo, mas isso é diferente de dizer que os de 600 perderam mais que os administradores do BPI. E não falei de justiça ou injustiça, mas da demagogia de isolar um ano, que reverte uma tendência anterior, para afirmar que a tendência geral foi a desse ano e não a do conjunto dos anos. O Pedro Romano, no desvio colossal, tem um bom post sobre essa coisa dos ricos cada vez mais ricos (que não é verdade).
Para lá das percentagens e dos valores de rendimentos entre accionistas/administradores e outros, interessa mais que tudo olhar para a assimetria entre estes rendimentos, que em tempos de crise tende a aumentar. Neste caso verifica-se que o maior esforço, numa grande empresa por exemplo, cai sobre os trabalhadores. A retirada de benefícios e a não actualização anual dos vencimentos aos trabalhadores tem na maioria das vezes um impacto dramático na sua vida quotidiana.
Caro Tiago Cabral, a questão que levanto é exactamente o facto de não ser verdade que a assimetria tenha aumentado. E os dados são muito e muito coerentes nesse aspecto. Isso não tira, nem põe, para o também facto de que cortar pouco em quem tem pouco tem efeitos sociais mais duros que cortar muito em quem tem muito.
Filipe, fico desiludido com a sua adesão a esta demagogia. Não é que o título não tenha factos verdadeiros, mas omite que nos anos anteriores foram exactamente estes salários que mais perderam.
ResponderEliminarQue mais perderam relativamente a quê, Henrique?
ResponderEliminarQue raio de repartiçao de sacrifícios é essa: o de 5000 passou a 4500 mas o de 600 passou 500 ou 450?
E mais: isto significa que a crise acabou ou destina-se , não me faça rodopiar, a corrigir uma "injustiça de anos anteriores" para com os quadros de topo como os da PT:..)?
Deve ser mesmo uma questão de produtividade! Os gestores são extremamente produtivos, uns sininhos!! Os outros, a proleta e quejandos, são uma chusma de madraços!!
ResponderEliminarFilipe, que mais perderam percentualmente, que não é o caso do seu exemplo (mudar de 5000 para 4500 é perder 10%, o que significaria, para o de 600, passar para 540). Repare que não estou a comentar a desigualdade no mundo, estou apenas a dizer que o mesmo estudo tem os valores para o ano anterior (que não é o ano em que o topo das empresas perdeu mais) e o facto é que percentualmente perderam mais. Se me disser que os membros do conselho de administração do BPI têm mais capacidade para perder os 50% de remuneração que perderam que os de 600 perderem 5%, estarei provavelmente de acordo consigo, mas isso é diferente de dizer que os de 600 perderam mais que os administradores do BPI. E não falei de justiça ou injustiça, mas da demagogia de isolar um ano, que reverte uma tendência anterior, para afirmar que a tendência geral foi a desse ano e não a do conjunto dos anos. O Pedro Romano, no desvio colossal, tem um bom post sobre essa coisa dos ricos cada vez mais ricos (que não é verdade).
ResponderEliminarveja o último disparate meu ( "mais justa repartição de sacrificios")
EliminarPara lá das percentagens e dos valores de rendimentos entre accionistas/administradores e outros, interessa mais que tudo olhar para a assimetria entre estes rendimentos, que em tempos de crise tende a aumentar. Neste caso verifica-se que o maior esforço, numa grande empresa por exemplo, cai sobre os trabalhadores. A retirada de benefícios e a não actualização anual dos vencimentos aos trabalhadores tem na maioria das vezes um impacto dramático na sua vida quotidiana.
ResponderEliminarCaro Tiago Cabral, a questão que levanto é exactamente o facto de não ser verdade que a assimetria tenha aumentado. E os dados são muito e muito coerentes nesse aspecto.
ResponderEliminarIsso não tira, nem põe, para o também facto de que cortar pouco em quem tem pouco tem efeitos sociais mais duros que cortar muito em quem tem muito.