quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Tem toda a razão

"E é essa uma das perplexidades, no mínimo interrogação, talvez enigma, do processo: por que razão deixaram escapar o Lino?"

12 comentários:

  1. Filipe, a linha de argumentação do Valupi é, para dizer o menos, tosca. Diz que não acusaram Mário Lino porque prender um ex-ministro socialista provocaria um terramoto na política nacional, mas Armando Vara é, também ele, um ex-ministro socialista.

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    1. Não era na altura do Face Oculta não senhor, Carlos..E sabe como é com as pessoas em cargo ou fora deles...

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    2. Filipe, eu sei que Vara já não era ministro na altura do Face Oculta. Sucede que Mário Lino, quando foi implicado por Ana Paula Vitorino, também já o não era (pode confirmar aqui: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1695924).
      Repare: eu não digo que tudo isto, envolvendo o nome de Mário Lino, não me cheire a esturro; simplesmente, a argumentação do Valupi, baseada no facto de Mário Lino ser um ex-ministro, não procede.

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    3. Mas, no que concerne à actuação contra as pessoas em cargo ou fora dele, estou completamente de acordo consigo. A coragem não é uma das características mais comuns do sistema.

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    4. não sabemos se foi só AP Vitorino ou se ela confirmou suspeitas da investigação que se iniciara ainda com Lino a ministro .
      Seja como for era mais recente e com mais peso ( Vara estava há mais tempo afastado).
      be as it may, é intrigante.

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    5. É possível, Filipe, mas o meu ponto é que o MP teve tempo para acusar Lino depois de este ter deixado de exercer funções de ministro. Em todo o caso, é verdade que o Lino era mais recente e com mais peso (e sim, é intrigante). Talvez o Valupi devesse ter ido por aí; por onde foi, quanto a mim, estatelou-se.

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  2. Digamos que argumentar que o sistema teve medo de implicar um ministro quando implicou o primeiro-ministro parece-me um pouco estranho. Mas teria de ir ler o acórdão, o que seguramente não vou fazer agora.

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  3. Não quis fazer um comentário mais extenso, mas devia, para evitar ter de voltar. O acórdão, com certeza, não implicou primeiro ministro nenhum. Mas repare que acima eu falei do sistema, como fala o anónimo que cita. Ora acontece que foram exactamente os mesmo que mandaram extrair uma certidão que implicava o primeiro-ministro, portanto o argumento do medo parece-me estranho.

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    1. Vou ver se o compenso do regresso forçado; quando vier a Coimbra ofereço-lhe uns sames com feijão à antiga.

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  4. Não é um esforço, é um prazer, mas na altura (e por estes dias) tenho andado sem tempo. Peço desculpa pela minha indelicadeza.

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