Filipe, isso a que fazes ligação é teu jornalismo de referência, em oposição, digamos, ao Público e TSF, media do apparatchik, que silenciam o escândalo? Tens de ter atenção para não te meteres em guerras de torcidas. Se fizeres links ao Povo Livre ou Acção Socialista ou Jornal do Sporting (tudo media), que pelo menos o faças conscientemente. Olha lê lá a coisa outra vez e retira-lhe o colorido tão tipico e aquele patchwork de referências, sublinks e piscadelas de olho. Eu de factos, pelo que leio, sei que o Corinthians é o segundo maior clube brasileiro em número de adeptos e que o Estado, através do seu banco de financiamento (BNDES) emprestou agora uma parcela dos 400 milhões para pagar a construção do estádio, que terão de começar a ser pagos pelo clube em 2015, e que foram exigidas garantias. Sei isto da imprensa brasileira institucional, que não é nada meiga para o PT (a respeitável, aquela que todos os dias diz que o Brasil é uma ruina, as pontes caem e os aviões não descolam), que não perderia uma oportunidade para denunciar… seja lá o que for que aí colocaste. Não ponho as mãos no fogo por ninguém, apenas faço um juízo de plausibilidade e do que sei, acho que não estamos a falar do União de Leiria e do estádio municipal de Leiria. A coisa vai rebentar, vai. Lembro-me que o Eduardo Pitta, antes do Mundial da África do Sul começar, fazia avisos aos forasteiros, alertando que aquilo não era exatamente a Provence e avisando que os leões e os zulus com lanças andavam à solta nas cidades da África do Sul.
http://blogdopaulinho.wordpress.com/2014/05/23/exame-escancara-caos-financeiro-do-negcio-fielzo/ É difícil engolir a petezada, eu sei ( coisa de claques)
Andas à pesca em águas um bocado turvas, até porque está em clima de campanha eleitoral no Brasil. Deixa clarear e quem sabe até não descobres coisas mais terríveis. O que tens neste momento de sólido é um empréstimo do estado e uma discussão sobre se as receitas próprias do clube estão ou não sobreestimadas e, se assim for, se as garantias ao empréstimo, terrenos, são, ou não, suficientes. Como não sou idiota, não me vou pôr a negar que tenha havido inépcia e/ou jogos de influências; o meu ponto é que que isto não é exatamente a queda do império romano. Olha vê as discussões e os sarilhos à volta da construção e manutenção do Millenium Dome, em Londres.
tenho por companheiros de pesca, desta petezada que dura há muito, muitos millhares de brazucas, pelo que tenho visto. Londres, Leiria? Claro, mas não foi no país do Partido dos Trabalhadores, pois não?
Filipe, tu não faças comparações tão anti-natura. Até um petista se sente sujo se comparado com os diligentes servidores de sua majestade. O Marx devia confiar de olhos fechados no seu contabilista da City. Os ingleses envenenam-se com arsénico, sim senhor, mas não compram mais do que o necessário e nunca erram na dose.
Num blog, do FT ("the paper read by the people who own the country" citando o Yes Prime Minister http://www.youtube.com/watch?v=DGscoaUWW2M ), também não é grande o entusiasmo, com os efeitos positivos da organização do Mundial e dos Jogos Olímpicos, https://www.google.pt/search?q=world+cup+olympics+bad+brazil&channel=linkdoctor&gws_rd=ssl .
O amigo Leitor está familiarizado com o género literário do guia de viagens? Está uma inglesinha fazendo o grand tour pelo mediterrâneo, desce no trem em Coimbra e depois de deixar as malas no Astória, pára num quiosque, compra um postal, e escreve para o seu editor: “pois aqui os homens vestem todos como monges e passam o dia tocando viola à beira rio para mulheres com pequenos potes de bairro à cabeça”. O FT mantém essa delightful tradition.
I beg to differ. Permita-me discordar, pois o jornalista do FT, autor do post, baseado num relatório, do gabinete de estudos, da Euler Hermes, a maior empresa do mundo de seguro de crédito comercial (essencial no comércio internacional), que esteve a beira de deixar a Grécia na mão http://www.bloomberg.com/news/2012-05-30/euler-hermes-suspends-insurance-cover-for-exports-to-greece.html (por isso, o que eles escrevem tem algum, não todo como é óbvio, peso nas decisões dos tipos que, como disse acima, "own the countries" e revela a avaliação do estado de coisas), residiu no Brasil de 1992 a 2011 http://blogs.ft.com/beyond-brics/author/jonathanwheatley/ .
Continuando na metáfora coimbrã, estranho era que, numa estada de quase 20 anos, o jornalista conhecesse apenas a Ferreira Borges e o Largo da Portagem e não tenha tido tempo de espreitar o Ingote...
eheheh o caramelo é bom rapaz ( parece ser, porque não conheço ninguém com esse nome) mas às vezes merece estes calduços por causa da religião ideológica ( é um devoto)
Leitor, vai dar ao mesmo. Porque raio haveria a inglesinha de subir ao Ingote? Já não se vê por lá uma inglesinha desde que a comitiva do Wellligton se enganou no caminho para a serra do Buçaco. Pode muito bem ficar no Astória a envelhecer a par com a mobília e ir mandando postais ilustrados ao seu editor, que ganha bem a vidinha. Eu, se fosse para as ilhas Fidji, mandava crónicas todas as semanas sem levantar o rabo da esplanada na praia, a tomar apontamentos sobre cocktails e os diferentes tons do pôr do sol, e tinha sempre leitores. A sério. Eu nunca fui ao Brasil, nem defendo agora nada, fico-me por enquanto com as contradições: dizem as inglesinhas que as infraestruturas como aeroportos, portos e estradas, tudo isso, irão sobretudo ser usados pelos turistas durante a copa. Não exatamente turistas, mas a malta que vai à bola, porque os regular turists, dizem elas, estão demasiado assustados para ir ao Brasil. Aeroportos, etc, ficarão às moscas depois do manolo do bombo e acompanhantes deixarem o Brasil e, mais, o consumo descerá. Isto tem a ver com outra coisa que dizem as inglesinhas: que o consumo interno continua fraco, o que parece, dito assim, ser um problema crónico e estrutural (“as companies continue to suffer from weaker domestic demand in an environment of rising inflation) Ignora que nos últimos anos 40 milhões de pessoas subiram da pobreza para a classe média, o que é consensual nas análises, e não tem dificuldade em encontrar isso no jornal cor de salmão. Tanto assim que muitos aproveitam para dizer que a produção nacional é fraca e não acompanha a procura interna e ainda, o que é mais engraçado porque tem a ver com as tais infraestruturas, que os aeroportos, portos e estradas, são insuficientes para a crescente demanda doméstica
O Brasil é já a sétima economia mundial, um valor mensurável, e de acordo com outros estará a caminho de se tornar o 5º maior mercado do mundo (http://www.valor.com.br/empresas/3580388/euromonitor-ate-2023-brasil-vai-passar-do-7), o que me parece mais plausível do que o contrário.
Falando agora em Portugal, nós até temos uma grande colónia de ingleses nascidos cá. Que um tipo do MIT diga, como disse em entrevista ao Expresso, que a função pública em Portugal nunca tinha sofrido cortes, ao contrário da privada, vá que não vá. É um tipo do MIT, aquela espécie dos que fazem longos e complicados relatórios a provar que Portugal tem menos hipóteses de ganhar o Mundial sem o Cristiano Ronaldo. Mas há umas Daisies que nasceram cá que também o dizem, sem sequer se sar ao simples trabalho de consultar recibos de vencimento. É que nem a um santo se exige que leia este tipo de coisas na praia.
Filipe, isso a que fazes ligação é teu jornalismo de referência, em oposição, digamos, ao Público e TSF, media do apparatchik, que silenciam o escândalo? Tens de ter atenção para não te meteres em guerras de torcidas. Se fizeres links ao Povo Livre ou Acção Socialista ou Jornal do Sporting (tudo media), que pelo menos o faças conscientemente. Olha lê lá a coisa outra vez e retira-lhe o colorido tão tipico e aquele patchwork de referências, sublinks e piscadelas de olho. Eu de factos, pelo que leio, sei que o Corinthians é o segundo maior clube brasileiro em número de adeptos e que o Estado, através do seu banco de financiamento (BNDES) emprestou agora uma parcela dos 400 milhões para pagar a construção do estádio, que terão de começar a ser pagos pelo clube em 2015, e que foram exigidas garantias. Sei isto da imprensa brasileira institucional, que não é nada meiga para o PT (a respeitável, aquela que todos os dias diz que o Brasil é uma ruina, as pontes caem e os aviões não descolam), que não perderia uma oportunidade para denunciar… seja lá o que for que aí colocaste. Não ponho as mãos no fogo por ninguém, apenas faço um juízo de plausibilidade e do que sei, acho que não estamos a falar do União de Leiria e do estádio municipal de Leiria.
ResponderEliminarA coisa vai rebentar, vai. Lembro-me que o Eduardo Pitta, antes do Mundial da África do Sul começar, fazia avisos aos forasteiros, alertando que aquilo não era exatamente a Provence e avisando que os leões e os zulus com lanças andavam à solta nas cidades da África do Sul.
caramelo
guerra de torcidas, tipo ArrentelaxAdémia, né:
Eliminarhttp://blogdopaulinho.wordpress.com/2014/05/23/exame-escancara-caos-financeiro-do-negcio-fielzo/
É difícil engolir a petezada, eu sei ( coisa de claques)
Andas à pesca em águas um bocado turvas, até porque está em clima de campanha eleitoral no Brasil. Deixa clarear e quem sabe até não descobres coisas mais terríveis. O que tens neste momento de sólido é um empréstimo do estado e uma discussão sobre se as receitas próprias do clube estão ou não sobreestimadas e, se assim for, se as garantias ao empréstimo, terrenos, são, ou não, suficientes. Como não sou idiota, não me vou pôr a negar que tenha havido inépcia e/ou jogos de influências; o meu ponto é que que isto não é exatamente a queda do império romano. Olha vê as discussões e os sarilhos à volta da construção e manutenção do Millenium Dome, em Londres.
Eliminarcaramelo
tenho por companheiros de pesca, desta petezada que dura há muito, muitos millhares de brazucas, pelo que tenho visto.
EliminarLondres, Leiria? Claro, mas não foi no país do Partido dos Trabalhadores, pois não?
Filipe, tu não faças comparações tão anti-natura. Até um petista se sente sujo se comparado com os diligentes servidores de sua majestade. O Marx devia confiar de olhos fechados no seu contabilista da City. Os ingleses envenenam-se com arsénico, sim senhor, mas não compram mais do que o necessário e nunca erram na dose.
Eliminarcaramelo
Rejubile Filipe a limpeza pode estar em marcha http://expresso.sapo.pt/controlinveste-avanca-para-o-despedimento-de-160-trabalhadores=f875120 ...
ResponderEliminarLeitor
rejubilo porquê? Faça uma provocação com barba e bigode, caro.
EliminarNão uso disso ;)
EliminarComo se está sempre a queixar da TSF, pensei que ficasse animado com a ideia de saírem alguns jornalistas mais engagés...
Leitor
ehehehhe mas devia....
Eliminare não, quero a Ana Catarina Santos, a "do vieste em mim com a potencia de um sismo" exactamente onde está.
Num blog, do FT ("the paper read by the people who own the country" citando o Yes Prime Minister http://www.youtube.com/watch?v=DGscoaUWW2M ), também não é grande o entusiasmo, com os efeitos positivos da organização do Mundial e dos Jogos Olímpicos, https://www.google.pt/search?q=world+cup+olympics+bad+brazil&channel=linkdoctor&gws_rd=ssl .
ResponderEliminarNão são só os blogs anti-PT...
Leitor
O amigo Leitor está familiarizado com o género literário do guia de viagens? Está uma inglesinha fazendo o grand tour pelo mediterrâneo, desce no trem em Coimbra e depois de deixar as malas no Astória, pára num quiosque, compra um postal, e escreve para o seu editor: “pois aqui os homens vestem todos como monges e passam o dia tocando viola à beira rio para mulheres com pequenos potes de bairro à cabeça”. O FT mantém essa delightful tradition.
Eliminarcaramelo
Dear Sir Caramelo,
EliminarI beg to differ. Permita-me discordar, pois o jornalista do FT, autor do post, baseado num relatório, do gabinete de estudos, da Euler Hermes, a maior empresa do mundo de seguro de crédito comercial (essencial no comércio internacional), que esteve a beira de deixar a Grécia na mão http://www.bloomberg.com/news/2012-05-30/euler-hermes-suspends-insurance-cover-for-exports-to-greece.html (por isso, o que eles escrevem tem algum, não todo como é óbvio, peso nas decisões dos tipos que, como disse acima, "own the countries" e revela a avaliação do estado de coisas), residiu no Brasil de 1992 a 2011 http://blogs.ft.com/beyond-brics/author/jonathanwheatley/ .
Continuando na metáfora coimbrã, estranho era que, numa estada de quase 20 anos, o jornalista conhecesse apenas a Ferreira Borges e o Largo da Portagem e não tenha tido tempo de espreitar o Ingote...
Leitor
eheheh o caramelo é bom rapaz ( parece ser, porque não conheço ninguém com esse nome) mas às vezes merece estes calduços por causa da religião ideológica ( é um devoto)
EliminarEu não quero é ficar sem o Ferreira Fernandes.
ResponderEliminarLeitor
Leitor, vai dar ao mesmo. Porque raio haveria a inglesinha de subir ao Ingote? Já não se vê por lá uma inglesinha desde que a comitiva do Wellligton se enganou no caminho para a serra do Buçaco. Pode muito bem ficar no Astória a envelhecer a par com a mobília e ir mandando postais ilustrados ao seu editor, que ganha bem a vidinha. Eu, se fosse para as ilhas Fidji, mandava crónicas todas as semanas sem levantar o rabo da esplanada na praia, a tomar apontamentos sobre cocktails e os diferentes tons do pôr do sol, e tinha sempre leitores. A sério.
ResponderEliminarEu nunca fui ao Brasil, nem defendo agora nada, fico-me por enquanto com as contradições: dizem as inglesinhas que as infraestruturas como aeroportos, portos e estradas, tudo isso, irão sobretudo ser usados pelos turistas durante a copa. Não exatamente turistas, mas a malta que vai à bola, porque os regular turists, dizem elas, estão demasiado assustados para ir ao Brasil. Aeroportos, etc, ficarão às moscas depois do manolo do bombo e acompanhantes deixarem o Brasil e, mais, o consumo descerá. Isto tem a ver com outra coisa que dizem as inglesinhas: que o consumo interno continua fraco, o que parece, dito assim, ser um problema crónico e estrutural (“as companies continue to suffer from weaker domestic demand in an environment of rising inflation) Ignora que nos últimos anos 40 milhões de pessoas subiram da pobreza para a classe média, o que é consensual nas análises, e não tem dificuldade em encontrar isso no jornal cor de salmão. Tanto assim que muitos aproveitam para dizer que a produção nacional é fraca e não acompanha a procura interna e ainda, o que é mais engraçado porque tem a ver com as tais infraestruturas, que os aeroportos, portos e estradas, são insuficientes para a crescente demanda doméstica
O Brasil é já a sétima economia mundial, um valor mensurável, e de acordo com outros estará a caminho de se tornar o 5º maior mercado do mundo (http://www.valor.com.br/empresas/3580388/euromonitor-ate-2023-brasil-vai-passar-do-7), o que me parece mais plausível do que o contrário.
Falando agora em Portugal, nós até temos uma grande colónia de ingleses nascidos cá. Que um tipo do MIT diga, como disse em entrevista ao Expresso, que a função pública em Portugal nunca tinha sofrido cortes, ao contrário da privada, vá que não vá. É um tipo do MIT, aquela espécie dos que fazem longos e complicados relatórios a provar que Portugal tem menos hipóteses de ganhar o Mundial sem o Cristiano Ronaldo. Mas há umas Daisies que nasceram cá que também o dizem, sem sequer se sar ao simples trabalho de consultar recibos de vencimento. É que nem a um santo se exige que leia este tipo de coisas na praia.
caramelo