domingo, 8 de junho de 2014

Bom, bom, é o republicano cheio de baton

Em Espanha, "a esquerda radical quer rever a constituição porque  a maioria dos espanhóis  não tinha na altura idade para votar".
Em Portugal, a esquerda radical, que  quer rever uma CRP feita no tempo do Copcon, chama-se "fascista".

4 comentários:

  1. Filipe, toma nota. Copcon: extinto com o 25.11.1975. CRP feita em 1976. Eleições. Assembleia Constituinte. Extrema esquerda em minoria. Já teve 7 revisões. Coisa normal. Reveja-se, com o normalíssimo debate furioso à mistura, porque a democracia não é para meninos. O que não é normal é um órgão de soberania, após uma decisão de um tribunal de que não gosta, vir dizer que os juízes devem ser melhor escolhidos. Isto, para mim, é dissolução de costumes e atentado à moral pública, aquilo de que a direita fala quando vê dois larilas aos beijos ao pé de um jardim escola.

    Em Espanha, a não ser que estejamos perante o habitual complot da extrema esquerda nos media, há um grande apoio ao referendo sobre o regime e uma grande percentagem de povo que quer a republica, com maior incidência naquela parte do povo, dirás tu, que ainda não atingiu a idade da razão, cerca dos 55 anos de idade. Ça bouge, portanto. Os monárquicos que se mobilizem cá também. O raio é que, educados como são, o máximo que conseguem é organizar lanches com sua majestade privativa, seguidos de sessão de fados, enquanto os seus petizes vão fazer marotices para a rua vestidos de desenhos animados. Enquanto isto acontecer, a defesa da republica não tem motivação para arregimentar mais do que meia dúzia de velhinhos à volta do busto do António José de Almeida.

    caramelo

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    1. Toma nota;

      Eleições para a Constituinte: Abril de 1975
      Trabalhos para redigir a CRP: começaram em 1975
      Cerco à Constituinte: 1975.

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    2. E não gozes sff: o PS fazia comícios em 1975 com a figura do Marx em pano de fundo, só o CDS não queria nacionalizar as merceearias.

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    3. Pois, o ar dos tempos, etc, desde que concordemos que o sindicato dos pedreiros e o Otelo não obrigaram os deputados a assinar a CRP, incluindo os do PSD. Nessa altura, até o teu excelente Artur Portela Filho estava de alma e coração com a Revolução; a diferença é que queria partir os dentes à reação nas urnas e em letra de lei, não em ações diretas. Mas isso tudo já lá vai e a CRP é agora menos marxista do que o manual do escuteiro mirim. Tem lá uns princípios pendurados, uns programas, mas nada que impeça um tipo neste pais de contratar colaboradores pagos a iogurtes. Ah, é verdade, os funcionários públicos que ninguém consegue mover de onde estão. Ora, isso é um mito, porque a CRP não impede que o legislador ordinário (é assim que se diz) faça para eles um código de trabalho semelhante àquele que têm os operadores de call center e as senhoras que despejam o lixo das repartições.

      caramelo

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