quinta-feira, 26 de junho de 2014

Correio azul


"Por muito que isso desagrade, e até possa ser percebido como um verdadeiro sacrilégio nalguns sectores do Partido Socialista, os portugueses sabem que a austeridade começou connosco. Por isso mesmo, são levados a não acreditar em radicalismos retóricos que parecem relevar mais de um impulso mágico do que de uma criteriosa avaliação da situação real do país."
Francisco de Assis, in Público, 26/6/14.

7 comentários:

  1. Na mouche. Os abrantes chamaram fabricante de alguidares ao eng Neto que desde há muito é das poucas vozes públicas e lúcidas naquela casa, mas a sua independência e coragem começa a ser seguida. Que irão chamar a Assis que enfrentou Seguro enquanto Costa mordia os lábios para não chumbar o 1. orçamento pós-troika e precipitar a saída do euro?

    XisPto

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  2. vão chamar-lhe "pseudo-intelectual balofo", ou qualquer coisa do género. A elegância reina para aqueles lados.

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  3. Francisco Assis, hoje, muito sério, responsável e elegante:
    “Portugueses sabem que a austeridade começou com o PS”
    E rebéubéu, atenção também a isto: …“Segundo o eurodeputado, que encabeçou a lista do PS às eleições europeias, "nos últimos tempos, temos assistido a uma incompreensível tentativa de estigmatização pública de todos quantos se não opõem à simples possibilidade teórica da celebração de entendimentos futuros com partidos situados à nossa direita”.

    Num passado distante:
    http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2014-03-20-francisco-assis-pede-vitoria-do-ps-contra-austeridade-patologica-do-governo:
    “O cabeça de lista do PS às eleições europeias, Francisco Assis, reclamou hoje uma vitória do PS e dos socialistas nos diversos países para enfrentar a direita "liberal e conservadora" e a austeridade "patológica" do Governo português.”
    E sobre os tais “entendimentos futuros com partidos situados à nossa direita”.
    “A nível interno, o PS, diz Assis, "faz bem em não ceder aos apelos para entendimentos" que seriam concretizados sobre "os escombros dos princípios políticos e ideológicos mais profundos" dos socialistas. "Não nos peçam para que sejamos cúmplices do processo de destruição de um modelo de sociedade que nós próprios contribuímos para idealizar", sublinhou.

    Quem é amigo? É aqui o caramelo.
    Pedro, que forma elegante é que sugere para comentar isto?

    caramelo

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  4. A sua pressa em disparar é tão grande que às vezes dispara sobre a própria sombra. Este post não é uma apologia do Assis, que é socialista, logo não tem apologia possível. Este post é sobre o pequeno milagre de um socialista ver a luz. Quanto à elegância dos apodos, confirma-se como marca de água do grémio.

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  5. O Assis viu a luz? Caramba, foi um clarão fulminante como o de São Paulo na Estrada de Damasco.
    Os costistas e socratistas, como não disseram nada até agora, talvez estejam reunidos a elaborar uns floreados elegantes para responder a isto. "Ó senhor doutor, peço desculpa, mas devo discordar, etc, etc". Não deve ser fácil, para esses burgessos.

    Quanto à austeridade ter começado com o Sócrates, claro. Eu, por exemplo, levei cortes no tempo do Sócrates. Começou com o Sócrates, sim senhor. Não sei se sabe, mas ele próprio o tem dito. Mas acontece que o grau e intensidade dos cortes tem sido diferente desde então. Foi este governo, não o Assis, mas este governo, que tem dito e repetido que as medidas anteriormente tomadas não eram suficientes. Não só as impostas pela troika, como aquelas em que o governo entendeu ir mais além: cortes, impostos, etc. O que aconteceu ou não aconteceu em questões de austeridade é matéria de contabilidade pública, coisa orçamental, documentada, não é matéria de opinião.

    caramelo

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  6. Acho que deve explicar tudo isso ao Assis. Ele é que é socialista e os socialistas é que têm dúvidas sobre o início da austeridade e a canonização de Sócrates.

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  7. Oh, well, acho que correu mal esta tentativa de transformar o Assis numa espécie de pequena reserva moral e responsável e lúcida do PS, à lá Henrique Neto. Vá, de volta para o redil.

    caramelo

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